Ofertas do dia no link de afiliado Amazon!

A colina das almas esquecidas - Parte 39

Esse é um conto medieval interativo onde os leitores escolhem como será a continuação por meio de votação ao final de cada parte, antes de ler essa parte é recomendável que leia os capítulos anteriores.
Um grito de um dos gêmeos pôde ser ouvido por Lothar e Tanmir, que estavam separados procurando por sobreviventes. Eles correram em direção ao grito para ver o que estava acontecendo e ao chegar, se surpreenderam ao ver a cena. Um dos meninos havia se enforcado em uma árvore. À baixo dele, o irmão gritava desesperado, segurando suas pernas e tentando empurrar. O ladrão rapidamente lançou um dardo na corda, que a partiu, fazendo o corpo do garoto cair, os dois correram em direção a ele e tentaram salvá-lo, porém ele não tinha mais pulso. O irmão gritava sem parar:

-Enio! Enio! Por favor, não me deixa também Enio!

No primeiro dia, o menino não quis se separar do corpo do irmão e não respondia nada a ninguém, no outro, Tanmir já conseguia falar com ele e tentar o consolar pela perda, eles enterraram o corpo do garoto. Durante a noite, ele não dormiu e na manhã seguinte, o ladrão e o mago já estavam preocupados com o atraso que aquilo havia causado e pensavam em falar com o garoto, sobre partir, mas para a surpresa dos dois, quando acordaram, Elmet estava de pé, bastante sério e já pronto, e esse disse:

-Eu perdi tudo que eu tinha na vida, vocês são a única coisa que eu tenho agora. Eu os acompanharei à colina das almas esquecidas. Sei uma forma de sair da ilha sem ter que passar pela água.

O garoto mostrou uma funda passagem subterrânea que aparentemente passava por baixo da água e levava até o outro lado. Tanmir pensou em perguntar por que ele não tinha falado antes daquele lugar, mas levou em consideração o estado mental do garoto, e preferiu ficar quieto. O grupo pegou a carroça e partiu. Naquela noite, o ladrão falou com Lothar:

-Como você pôde fazer aquilo?
-O que?
-Torturar uma pessoa daquela forma, você não podia ter apenas matado ele?
-Não! Aquele desgraçado merecia ter sofrido mais! - Disse o garoto, surpreendendo os dois, pois ele estava muito calado até o momento. Mas logo depois se calou.
-Ele mereceu aquilo Tanmir... - Continuou o mago -Você acha que bastaria arrancar a cabeça dele fora? Depois de tudo que ele nos fez? Você não estava com raiva dele? Não queria vingança?
-Sim, mas eu jamais teria coragem de fazer aquilo a uma pessoa, tudo bem em torturar ele um pouco, mas você fez isso durante toda uma noite e arrancou braços e pernas.
-Nunca faria isso a uma pessoa... Mas aquilo não era uma pessoa mais... Era um demônio, que causava morte e destruição por pura diversão, precisava ser detido. Estou estranhando você, não é o ladrão de mal coração que não se importa com os outros.
-Você confunde muito do que eu realmente sou. Eu posso sim ser um ladrão, mas quando eu mato uma pessoa, é de forma rápida e eu nunca teria coragem de torturar alguém, no máximo um pouco. Deixar de salvar alguém, não é a mesma coisa que matar, eu apenas vivo minha vida, só que eu não sou sangue frio da forma que você imagina. Mesmo com muitas coisas me irritando, eu não guardo muito rancor, eu já disse, sou um sobrevivente, vivo minha vida agora, não vivo de passado. Eu conseguiria esquecer o que o Lorde me fez, você pelo jeito não...

Na primeira semana de viajem, todos tinham ficado muito calados, mas finalmente o ladrão não aguentou mais e começou a fazer perguntas ao garoto:

-Então você era um mago da terra o tempo todo...
-Sempre fui...
-E por que nunca tinha usado suas habilidades.
-Não houve nenhum momento em que eu precisasse, além do mais, eu estava como espião.
-De que?
-De vocês... Os boatos correram, tinham duas pessoas procurando pelos magos da terra. Nós não vivemos em uma ilha isolada por águas tão perigosas sem motivos. Quando nossa vila ficou sabendo disso, meu irmão e eu, por termos aparências indefesas, fomos enviados para nos juntarmos a vocês oferecendo nossas habilidades em alquimia.
-E nós caímos direitinho...
-Precisávamos ver o objetivo de vocês, poderiam ser um perigo. As duas vilas de cada lado do lago, nos informam muitas coisas em troca de proteção quando necessário e medicamentos.
-Então vocês estavam fingindo ser quem eram...
-A maioria das coisas que falamos foi natural, sem mentiras, apenas ocultamos verdades.
-Entendo. Olha, eu lamento por seus pais e...
-Você não precisa fingir que se importa, eu entendo que precisem de um mago da terra, e agora vocês tem um, eu não sou mais apenas o garoto das poções, mas o que vocês procuravam, portanto sei que sou necessário no grupo. Você não precisa fingir que está triste ou algo assim só porque agora sou útil, eu prefiro você agindo naturalmente.
-Olha, eu só to tentando ser legal, tudo bem? Sei que está chateado e que perdeu tudo na vida. Mas não confunda as coisas.

A viajem prosseguiu por mais dois dias, até que viram no horizonte, surgir uma enorme catedral, Tanmir se levantou na carroça e disse:

-Sim! Nós chegamos! Aquela é a Catedral de Fantarne!

Logo o grupo chegou ao lugar, era cheio de monges, a catedral era toda branca, cheia de vidros, muito bonita, seu formato lembrava, estranhamente, algo congelado, com várias pontas para cima.  Os monges do lugar passavam olhando os aventureiros, que entraram e pediram informação sobre o líder do lugar, logo o indicaram, e o homem estava em um altar, lendo um livro, o grupo se aproximou e logo Tanmir disse:

-Sem segurança? Eu esperava um exército até conseguirmos chegar ao líder. Vocês não tem medo de ladrões entrarem aqui e roubarem tudo ou matarem alguém?
-E depois o que? Iam roubar nossas túnicas? - Disse o homem, sem olhar para o ladrão.
-Até que elas são bonitinhas, devem valer uma nota - Respondeu dando um sorriso apenas com os lábios.
-O que vocês querem?
-Queremos a benção para entrar na colina das almas esquecidas.

Nesse momento o homem fechou o livro e finalmente olhou para o grupo os analisando, e então disse:

-Basta beber o líquido daquela taça ali do lado. - Ele disse, apontando para uma enorme taça de cristal, com um líquido azul dentro.
-Ótimo, obrigado - Disse Tanmir indo em direção à taça.
-No entento, vocês não são puros o suficiente para eu permitir que bebam desse líquido sagrado.
-Temos uma boa causa pra ir lá.
-Nenhum de vocês tem, eu posso ver a alma de cada um, é negra... Até mesmo essa macaca que você carrega escondida parece ter sido contaminada.
-Ei monge, não fale assim da Jâner.
-Vão embora, esse lugar não é pra vocês.

1 - Bebem sem ligar pra ele reclamando.
2 - Matam o monge e bebem o líquido.
3 - Imploram para que ele os permita beber pois precisam salvar uma jovem em perigo.

Votem até a meia noite ou não vão beber do liquidozinho gostoso ù_u