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A colina das almas esquecidas - Parte 32

Esse é um conto medieval interativo onde os leitores escolhem como será a continuação por meio de votação ao final de cada parte, antes de ler essa parte é recomendável que leia os capítulos anteriores.
Lothar respondeu:

-Sim, nós o vimos.
-Sério?! - Disse Elmet em um tom de susto e empolgação.
-Sim, caído no meio da estrada.
-E vocês não o pegaram? - Disse o garoto com uma voz desconfiada.
-Nós imaginamos que os pais dele estivessem por perto e que se o pegássemos, só iríamos piorar as coisas, pois o afastaríamos dos pais.
-Entendo... E ele está há quanto tempo daqui?
-Mais ou menos cinco quilômetros.
-Muito bem, obrigado. - Disse o garoto saindo rápido da loja.

O vendedor olhou com uma cara ruim para Lothar, e o mago logo disse para o garoto:

-Ei, espera, vamos te dar uma carona até lá.
-Você só pode estar de brincadeira né? - Disse Tanmir.
-É muito perto daqui, não vai custar nada...
-Não até descobrirmos que o irmão do moleque vendeu a alma e há ataques de demônios naquela floresta, quem sabe você não perca o outro braço pra combinar? - Disse o ladrão irônicamente.

Os dois saíram e subiram na carroça, com o garoto, e então Tanmir disse:

-Aliás! Tenho uma melhor idéia, você vai, e eu fico aqui sequinho e em segurança, e quando você voltar da floresta escura, eu estarei aqui comendo e bebendo, te esperando.
-Comendo e bebendo? Onde? Da taverna limpinha ali?
-Claro que não! A velha cega tava preparando algo bem gostoso, não sentiu o cheirinho? Vou lá fazer uma visita, até logo, se tiver logo... - Disse o ladrão saindo com um sorriso desagradável.

Lothar partiu com o garoto, que disse:

-Muito obrigado por estar fazendo isso senhor, eu estou realmente agradecido, meu irmão sumiu faz dias e nossos pais haviam partido em busca de trabalho, mas não voltaram mais. Como sabemos cozinhar, e nos virar, ficamos sós.
-Seus pais abandonaram vocês?
-Não! Eles sempre saem assim, nós vendemos poções para viajantes, então conseguimos dinheiro com isso.
-Vocês vendem comida também.
-Sim, por algum motivo alguns viajantes não querem comer na Taverna e muitas vezes passam em nossa casa para prepararmos algo. O dono da taverna não gosta que façamos isso então tentamos evitar, mas às vezes os viajantes insistem demais...
-Eu consigo entender...

Após isso os dois ficaram em silêncio, até chegar ao lugar. O mago ficou surpreso ao ver que o corpo não estava mais ali, só um pouco de sangue. Ao ver aquilo, o garoto se assustou e pulou da carroça, correndo e gritando:

-Enio! Enio! Cadê você Enio?
-Acalme-se - Disse o mago descendo e se aproximando tranqüilamente - Ele estava aqui, se não está é porque foi levado, ou se arrastou para algum lugar. Não faça tanto barulho porque se o levaram, não queremos que saibam que estamos aqui.

Ao dizer isso o mago olhou ao redor e logo viu há uns cem metros de distância, o garoto dentro da floresta. Ele segura bem o cajado e começa a caminhar para dentro da floresta. Deixa seus ouvidos bem atentos e não demora muito para ouvir uma movimentação no meio do mato. Com certeza há alguém ali. O mago pára e olha ao redor, mas o som também para de ser emitido.Então ele percebe que aquilo é mesmo uma armadilha, mas continua a andar e quando está bem em frente a Enio, ele o observa por um instante. Elmet, atrás do mago, segurando seu manto, pergunta sussurrando:

-O que está esperando?

O mago faz um movimento para que ele se cale e então se abaixa lentamente, nesse momento um alto som de rugido pode ser ouvido e de dentro do mato uma fera enorme que lembra um puma, só que com dois metros de altura, salta em cima dele. O mago desvia, mas a fera logo gira e começa a fazer um som ameaçador. O mago começa a andar em círculo e a fera também, os dois estão prontos para lutar, mas Lothar sabe que está em total desvantagem. Ele logo pergunta:

-Garoto, com suas poções, se alguém estivesse com um buraco no braço que foi feito há meia hora e perdeu muito sangue, se houvesse uma forma de fazer o sangue voltar ao corpo, você conseguiria tratar facilmente?
-O que isso tem a ver?
-Sim, ou não?
-Sim eu acho...
-Ótimo!

Nesse momento, Lothar cravou com força a ponta do cajado, no ombro do menino no chão, esse soltou um grito imenso de agonia e um jorro de estranho sangue verde saiu de dentro dele em direção ao monstro. O som do sangue quente pôde ser ouvido ao tocar a cabeça da criatura, que a mexeu com ferocidade, saltou em Lothar, dando-lhe uma patada que abriu um enorme ferimento em seu braço, mas esse não soltou o cajado, continuou atacando, porém embora tivesse conseguido causar dano, não era o suficiente, e a criatura saltou em cima do mago, ele enfiou o cajado em sua barriga como se fosse uma lança, fazendo sair muito sangue e essa fazer um som ensurdecedor, mas logo depois a fera revidou e deu uma mordida com sua enorme cabeça, que atingiu um pedaço da perna e a barriga de Lothar, ele se esforçava pra fazer o sangue da criatura sair com mais força possível de dentro de seu corpo, fazendo ela perder as forças, no entanto, o próprio mago já não tinha mais forças, ele estava começando a perder os sentidos, a criatura o soltou e se afastou um pouco, mas logo depois partiu novamente na direção. Ele  se virou e viu o garoto em cima do corpo do irmão, desesperado, e logo depois olhou para Lothar, tirou um frasco estranho de dentro da roupa, e jogou com força na cara de Lothar, o frasco se quebrou e um liquido corrosivo pôde ser sentido. O mago gritou de dor ao sentir seu rosto queimando, era algum tipo de ácido que o menino havia lançado em seu rosto, por alguns segundos ele se contorceu, era insuportável, mas logo depois, a dor passou, e ele se sentia como se pudesse continuar lutando. Apesar de achar muito estranho aquilo, o mago se virou rapidamente e viu que a fera já estava bem em cima dele, com força usou o poder de seu cajado para fazer o sangue da criatura continuar saindo, e para sua surpresa o sangue saiu com tanta força, que fez um buraco muito maior na barriga da criatura, fazendo-a rugir e cair morta em uma poça gigantesca de sangue. O mago olhou surpreso para o cajado, e depois para o garoto, que disse:

-Rápido, o sangue do meu irmão, o sangue do meu irmão.

O mago, sem pensar muito, se concentrou e viu o sangue, do garoto levitar, então se concentrou para baixar a temperatura, e o colocou novamente no corpo do menino. Os dois foram em direção à carroça e o menino ia conduzindo enquanto o mago ia na parte de trás, mantendo o sangue do garoto em seu corpo. Ao chegarem na cidade, Tanmir esperava com um prato de comida, conversando alegremente com a velha cega e contando piadas, quando viu o mago descer e todo o sangue que tinha em seu corpo, e disse:

-Mas que surpresa! Eu nem imaginava que algo ia acontecer!

O mago disse:

-Rápido, pegue o garoto.

O ladrão correu para pegar o rapaz e Elmet os levou para dentro de sua casa, o lugar era cheio de ervas e poções, e esse começou a ajudar o irmão, e também mandou Lothar se deitar, esse perguntou o motivo, e ele disse:

-A poção que eu te dei só faz o seu poder aumentar, mas o seu corpo ainda está ferido, preciso cuidar de você também.
-E por que não usou essa poção antes da criatura me ferir?
-Você viu como dói? Você poderia ficar desconcentrado e o monstro te matar antes que o efeito surgisse.

O garoto seguiu cuidando dos dois durante o resto do dia, e Lothar parecia bem melhor, o irmão acordou bem também. Como era noite, o garoto os convidou para dormir ali e eles aceitaram. Durante a manhã,os dois estavam preparados para partir, quando Enio perguntou:

-Vocês vão para o Oeste não é?
-Quem te falou isso? - Disse Tanmir, desconfiado.
-Eu ouvi vocês conversando durante a noite. Nós também estávamos planejando ir naquela direção.
-Bom, boa sorte - Disse o ladrão dando um sorriso.
-E os pais de vocês? - Disse Lothar.
-Nossos país? Tem anos que eles partiram.

Elmet pareceu corar e se aproximou, dizendo:

-É, mas eles sempre voltam.
-Eles não vão voltar, você sabe que eles não demoram tanto, temos que ir procurar eles.

Elmet não disse nada, apenas saiu, aparentemente envergonhado.

-Se vocês nos levasse junto, nós não poderíamos lutar, mas nós somos muito bons em criar vários tipos de poções, há vários perigos que podem ser evitados.
-Como você evitou o problema na floresta com o monstrengo? - Perguntou Tanmir.
-Eu coloquei quatro daqueles para dormir antes que eu fosse atacado.
-E você supõe que nós vamos ficar de babá? Você não imagina os perigos que passamos, essa criatura aí não é nada. Você iria morrer antes da viajem começar.
-E quem é que pediu sua proteção, o que estou pedindo é para que nos deixa acompanhá-los.
-Sem chance. Lothar, o que você acha disso?Se já é difícil nos preocuparmos com nós mesmos, imagine ainda ter que prestar atenção nos pirralhos?

Lothar decide que:

1 - Serão úteis, é melhor levar os dois.
2 - Já é difícil sem crianças, imagine ter que se salvar e ao mesmo tempo salvar crianças? Poções ele compra e usa ele mesmo, é muito mais prático.

Vocês tem até meia noite para votar nessa bagaça Ò_Ò