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OS vergonhosos jogos com design genérico feitos por desenvolvedoras gigantes

Eu acho inacreditável como em tempos modernos, desenvolvedoras grandes conseguem de vez em quando só apresentar um projeto que parece ser algo feito por algum indie que está começando, mas não tem muita noção de nada, só que tem vontade de criar seu jogo. A diferença é que existe perdão para o indie, já que é apenas alguém no começo, mas ver gigantes lançando jogos genéricos é algo que só me faz ficar perdido. Isso é ainda pior quando um design de um jogo é extremamente vagabundo, mas veio das mãos de uma empresa que fez obras primas.

É muito fácil imaginar um visual genérico de jogo. Se você for à steam, vai achar inúmeros jogos que até saem do seu campo de visão, de tão bobinhos que parecem. Mas no geral, são desenvolvedores indie que apenas querem se destacar e não sabem o que fazer. Em tempos modernos é fácil criar seu próprio jogo com engines que já fazem tudo pra você, tipo o GameGuru Max, mas obviamente tem suas limitações.
Você já deve ter visto jogos que têm os mesmos visuais de um jogo de outra empresa. Isso acontece porque às vezes o cara só sabe programar, mas não sabe ou não tem tempo pra fazer modelos. Então ele compra um pacote de elementos gráficos prontos. O problema é que outra pessoa pode comprar e também terá autorização.

Lembra de quando Slender virou moda? Esse jogo foi um verdadeiro estouro e ajudou muito a impulsionar a engine Unity. No entanto, começaram a aparecer tantos jogos com visuais parecidos, que muita gente começou a chamar de "Gráfico de Unity", já que era notável as coisinhas iguais. Mas isso só acontecia porque era mais fácil usar elementos prontos na engine. árvores, texturas de chão, etc.
Ao ver as techdemos de Unity, é notável o diferencial e como a coisa pode ser única. Exemplos são o alucinado Butterfly Effect ou o completamente atmosférico The Blacksmith, que mostram personalidades muito únicas e completamente opostas, sendo ambos feitos em Unity. E como exemplo de jogo mesmo em Unity, temos Layers of Fear, que realmente brinca com o universo, ou a obra prima visual que é Ghost of a Tale.

Mas como falei, indies não precisam se destacar. Às vezes é só uma pessoa que está estudando uma engine, viu que conseguiu fazer algo funcional e decidiu lançar na Steam pra ver se consegue algum dinheiro. Mas me dá uma agonia quando empresa grande aparece fazendo umas obras que não parecem ter nem sentido.

Eu sei que arte é algo que pode ser visto de maneiras diferentes. E o que é genérico pra alguns, pode ser bonito para outros. Mas levando em consideração a tonelada de coisas que são lançadas no mercado, existe um senso comum entre o que é ou não algo muito padrão. E não estou dizendo que se deve gostar do visual só por não ser genérico, mas a tentativa de fazer algo diferenciado de um elemento que parece ter sido comprado em pacote gráfico já é fazer alguma coisa, né?
Quando eu joguei Diablo II: Resurrected em live, não faltavam elogios de quem assistia. Isso porque os gráficos do jogo são simplesmente belos. É um design sombrio elegante muito fantástico. Facilmente dá pra identificar que aquilo ali é D2: Resurrected apenas dando uma olhada rápida, já que ele tem um charme muito único. E o mais irônico é que foram meramente os gráficos do Diablo 2 original refeitos de forma mais moderna, mas usando o mesmo design, paleta de cores, etc.
 
Agora se você pegar uma screenshot de Diablo 3, retirasse os menus e tacasse na internet dizendo que é um jogo de celular chamado Medieval Heroes, será que seria tão difícil assim fazer alguém acreditar? Com aquele visual todo colorido, lotado de coisas na tela brilhando e uns modelos de armaduras que facilmente se encaixariam em um MMORPG coreano, será que é tão fácil olhar e não acreditar?
Bom, pelo menos a Blizzard tem uma desculpa válida em relação a isso. Ela pode afirmar que como Diablo 2 era 2D e tínhamos entrado em uma nova era, em 2012 era preciso lançar um jogo 3D e esse visual tinha um toque mais único naquele tempo. No entanto isso entra em outra questão que é Diablo Immortal, que seguiu um padrão semelhante. É porque é free to play que tem que  ser genérico? Uma empresa como a Blizzard, que mesmo em tempos remotos fez maravilhas sombria como Blackthrone? como?

E não dá pra dizer que ela não tem noção de evolução não, já que se você olhar para Starcraft Alpha, vai ver que o jogo era claramente Warcraft 2 no espaço, usando o mesmo design, mas ao invés de medieval, a temática era futurística. Ainda assim ela pensou além e modificou tanto a coisa, que no fim das contas tivemos a maravilha que é Starcraft.
Mas a sensação é que a empresa só se perdeu... Eu sei que toda a equipe original já saiu de lá, mas é bizarro não ficar um legado. E eu falo em relação a tudo, parece que chegou um momento que virou uma empresa de jogo free to play focada em vender item dentro do jogo porque era mais fácil. E isso em relação a tudo. 
 
Eu lembro que quando joguei Warcraft 3, que por mais que o visual não surpreenda mais hoje em dia, a ousadia da história com reviravoltas e traições ainda me deixa abismado. Mas chegou a um ponto que eu simplesmente parei de acreditar na Blizzard fazendo uma história intensa assim, a última vez que vi foi em Starcraft 2: Legacy of the Void, que ao meu ver parece ter sido a última grande obra da Blizzard feita com carinho real.

Porém voltando a design em si, felizmente a maioria das empresas não parece ter mergulhado no genérico de vez em todos os aspectos, mas ainda assim temos obras aqui e ali que são só inacreditáveis mesmo que foi alguém gigante que já fez tanta coisa e trabalha diretamente com o mercado. Eu sei que às vezes é só visão de um leigo que não tem dados pra entender a estratégia, mas tem outras que realmente é incompreensível.
A Square Enix tem como exemplo Babylon's Fall, jogo feito com foco no modo online, que obviamente exigia ter uma base de jogadores pra coisa fluir, que facilmente poderia ser um visual de jogo free to play coreano. Apresentando um mundo de fantasia com aquele bando de personagem magrelo com roupas e armaduras super justas ao corpo ou extremamente enfeitadas (Se diferenciando apenas pela paleta de cores harmônicas ao invés do típico colorido descontrolado). E ainda assim quis cobrar uma fortuna.

A desenvolvedora lançou um beta do jogo que teve várias pessoas descendo o pau, apresentou um preço caro e mesmo assim subiu o preço depois. Mesmo lá fora estava caro para os padrões, por exemplo na Europa estava 70 euros,  o que gerou reclamações especialmente dos beta-testers que já tinham visto como era a coisa! Já no Brasil veio pela bagatela de R$ 299,90 e a edição completa R$ 499,50 na steam.

O resultado disso foi que em apenas dois meses a desenvolvedora conseguiu fazer a façanha de Babylon's Fall ter apenas 1 jogador online no mundo. O que se fosse um jogo gratuito, até que estava ok, mas forçando tanto o preço, faz eu me perguntar o que diabos ela queria... Quero dizer, parecia até que ela tava forçando o povo a só pagar e ir embora logo pra não ter que manter servidores ou atualizar.
Eu nem vou citar a Ubisoft em relação a visuais, porque eu acho que o problema dela é muito mais nas mecânicas. Parece que quando ela descobre algo novo, tem que usar até ser impossível não desgastar. Tipo Far Cry Primal que introduziu a visão de águia, que virou o drone em Watch Dogs 2, que foi copiado em Ghost Recon Wildlands e virou elemento básico em Assassin's Creed Origins.

Mas apesar das mecânicas que usam até desgastar o jogo, acho que ela consegue mandar muito bem nos visuais de seus jogos e ironicamente talvez seja exatamente por isso que cada jogo novo atrai tanta atenção, já que quando olham, visualmente parece ser outra coisa, só que ao se ver a mecânica, nota-se que é só externamente e poderiam ser DLCs de jogos já lançados.

E a Capcom é outra que simplesmente não dá pra entender... Acredito que Exoprimal foi o jogo que eu mais vi fãs descendo o pau desde o anúncio e a cada coisinha apresentada no marketing. Primeiro ela revoltou os fãs de Dino Crisis, mas depois, a cada Gameplay, era só o povo esculhambado sem parar os aspectos do jogo.
Lembro que assisti a uma Capcom Showcase em que foram apresentadas coisas sobre Resident Evil Village e outras obras da empresa. Mas quando começaram a passar o trailer de Exoprimal, nos comentários você só via gente descendo o cacete. Pessoas xingando, pessoas mandando o emoticon de vômito, gente dizendo que não acreditava que a Capcom tava lançado algo tão genérico e assim ia.

O mais bizarro é que o visual do jogo chega a ser espalhafatoso de tão básico. Parece um futuro feito com pacotes de assets comprados. Sério, tem como olhar pra qualquer um daqueles personagens e reconhecer facilmente que é de Exoprimal? Se você pegasse um deles e tacasse no fundo de qualquer jogo futurístico, se encaixava bem.
Não estou falando que um visual deve ser 100% único, mas que deveriam ter elementos o suficiente pra você identificar que jogo é. É só ver outras obras futurísticas da própria gigante japonesa, como Lost Planet, que o planeta gelado em si já é uma ambientação própria e o visual dos inimigos com grandes pontos amarelos dá uma personalidade. Ou jogos que não foram sucesso, como Dark Void, que tinha um visual retrofuturístico.

Mesmo muitos jogos indie de dinossauros conseguem ter uma personalidade maior, como Dino D-Day, que apresenta dinossauros durante a segunda guerra mundial. Ou mesmo coisas bem mais simplórias, mas que parecem mais genuína em sua essência, tipo Carnivores, que você é colocado como um caçador que deve caçar dinossauros em uma ilha.
Agora Exoprimal a sensação foi que falaram "Cara... Vamos criar um jogo de tiro no futuro com umas armaduras radicais... Mas o que nós vamos colocar pra eles atirarem? Já sei... DINOSSAUROS!", e aí foram na loja de packs 3D ali, compraram modelos de robôs e modelos de dinossauros, e pronto, tacaram tudo junto, multiplayer online!

Enfim... É bizarro ver como empresas gigantes conseguem dar carta verde pra certos jogos serem lançados. É completamente compreensível ver empresas de jogos Duplo A fazendo isso, já que às vezes elas sonham alto e saem fórmulas genéricas como jogos do grupo de personagens esculhambados e descolados que precisam mostrar que são muito loucos no trailer vão ter que competir online e 2 meses depois o servidor fechou porque ninguém mais quis, mas empresas gigantes. E vocês? Qual o jogo mais genérico que já jogaram?

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