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Evil West | Vampiros no Velho Oeste retro-futurístico é a fórmula base desse jogo frenético

 
Existem alguns jogos eletrônicos que deixam suas marcas para sempre, tipo um  Grand Theft Auto: San Andreas da vida, já outros tem uma combinação de fatores como nome, desenvolvedora e outras coisas, fazendo ser atraentes automaticamente, como The Amazing Spider-Man 2. Mas pra novas franquias sem nada, o tiro precisa ser certeiro em chamar a atenção, alguns dão sorte, por encantar um público, como Five Nights at Freddy's e Minecraft, outros surpreendem com sua proposta como Limbo. E com certeza Evil West conseguiu fazer uma bela apresentação capaz de fazer pessoas procurarem os requisitos mínimos imediatamente.

Esse jogo foi desenvolvido pela Flying Wild Hog, mesma desenvolvedora de Shadow Warrior 1, Shadow Warrior 2 e Shadow Warrior 3, cada um com sua personalidade bem própria e mostrando que essa desenvolvedora é capaz de criar um jogo com gráficos maravilhosos e jogabilidade frenética. Mas também é a mesma desenvolvedora do maravilhoso Trek to Yomi, provando ter uma imensa capacidade criativa que sai da sua zona de conforto.

E, por falar nisso, ela saiu das asas da Devolver Digital, e dessa vez a produtora foi a Focus Entertainment, uma gigante publisher que acaba tendo uma certa peculiaridade na forma que seus jogos são feitos, costumando ser bem ricos em história, com gráficos maravilhosos, mas com jogabilidade limitada. A exemplo de comparação, temos The Surge 2, Call of Cthulhu, Vampyr, The Technomancer e outros com universos maravilhosos, mas que acabaram sendo jogos Duplo A, pela notável limitação no orçamento para mecânicas e interações maiores com o mundo.

A história de Evil West se passa em um universo alternativo durante o Velho Oeste Americano, onde existe um instituto ultra secreto focado em caçar vampiros, chamado Instituto Rentier. No entanto a praga vampírica acaba estourando na fronteira norte-americana, E assim o caçador de vampiros, Jesse Rentier é enviado para investigar e tentar deter com ajuda do agente aposentado Edgar Gravenor. Ambos passam a seguir o rastro de um vampiro de alto nível chamado Peter D'Abano.
A história em si não tem nada de muito inovador, me fazendo lembrar muito a primeira década de 2000, onde tínhamos vários ambientes de fantasia sombria que foram colocados personagens caçadores do sobrenatural, seja lobisomens, zumbis ou fantasmas e os protagonistas tinham armas futurísticas. Tipo Van Helsing, João e Maria Caçadores de Bruxas, e etc...
 
Na real, o jogo por completo me lembrou essa essência, parecendo muito um game de Sony Playstation 2 ou um lançamento perfeito para Microsoft Xbox 360. Tanto no universo, como na forma dos personagens agirem como personagens de filme de ações fodões, e até mesmo na própria mecânica. Me pareceu bem distante de suas obras contemporâneas com mecânicas mais diferenciadas, como Elden Ring ou Horizon Forbidden West.

Esses jogos citados, além de mecânicas, também têm universos diferenciados bem peculiares. E Evil West tem o universo próprio, mas passa muito aquela sensação de que poderia facilmente ser uma parte de alguma obra antiga já apresentada. Inclusive não me surpreenderia se alguém o considerasse como sequência espiritual do clássico game de vampiros de PS2, Darkwatch, lançado pela Capcom em 2005.

Por outro lado, isso não é ruim, até porque acredito que tenha sido exatamente esse universo que fez o jogo não ser apenas mais um. Pode não ser totalmente inovador, mas conseguiu entrar na onda de jogos sombrios com essa ambientação e ao mesmo tempo apresentar algo com uma atmosfera diferente de outros jogos do gênero "Velho Oeste Estranho".
Aqui temos um jogo de vampiros que certamente vai atrair alguns fãs. Mas existem inúmeras obras de vampiros na cultura pop, indo desde o anime Blood: The Last Vampire, com uma personagem estilosa nos anos 60 enfrentando abominações, até um ambiente gótico moderno como o mundo de Vampiro: A Máscara com personagens elegantes. Mas, uma subdivisão é a área de ficção científica com experimentos e tudo mais, daí temos obras como Morbius e Blade Trinity. Acredito que Evil West acaba se encaixando melhor junto ao estilo desses últimos.

Esse é um gênero que vimos ganhar uma certa popularidade em jogos como Hard West, com ambientação lovecraftiana, Weird West, que simula de forma maravilhosa um caçador de criaturas sobrenaturais, Blood West, um Velho Oeste amaldiçoado com mecânicas de soulslike, Shot in the Dark, com seu mundo repleto de demônios, Hunt Showdown, com seu coop árduo ao extremo, ou mesmo obras muito mais antigas, como Alone in the Dark 3, que não é só sombrio, mas um verdadeiro survival horror no velho oeste.

E, durante a publicidade do jogo Evil West, eu não cheguei a assistir os trailers de gameplay, apenas vi imagens e detalhes sobre. Então o que eu esperava, era algo mais semelhantes a clássicos do nosso bom e velho Old Wild West, como Dead Man's Hand ou Outlaws. Ou seja, algo bem focado no tiroteio sem parar. Ou quem sabe, com alguma sorte, algo do tipo Call of Juarez: Bound in Blood, ou com muita sorte a liberdade de GUN.

É claro que, eu já sabia que o orçamento seria limitado, e que muito dificilmente o jogo teria a ousadia de tentar ser um Red Dead Redemption 2, no máximo um Red Dead Revolver, mas a grande surpresa, foi que acabei lidando com algo que definitivamente não esperava... Um hack and slash! Eu estranhei muito quando comecei a sentar a porrada nos monstrengos.
Ou seja, apesar da temática de Velho Oeste ser um tanto óbvia para o uso de armas de fogo, o que temos aqui é realmente um meio termo. O que, levando em consideração que esse jogo saiu durante a época de lançamento e hype extremo em God of War Ragnarok, talvez seja um agrado, até porque tem certas coisinhas aqui e ali que lembram, como abrir baús descendo uma porrada na parte de cima, bem semelhante à animação do jogo de Kratos e Atreus.

Mas os caras não focaram completamente na pancadaria, apenas colocaram esse elemento forte o suficiente pra ser tão marcante quanto o tiroteio. É algo mais ou menos semelhante ao que tivemos em Devil May Cry. Você até pode sair descendo o tiro em todo mundo, mas a ideia é que haja uma alternância constante entre armas de fogo e pancadaria, dependendo da situação.

Ou seja... Ao mesmo tempo em que não é um jogo de luta beat 'em up do tipo SIFU da vida, completamente focado em combate corporal, também tá muito distante de jogos de tiro como Call of Duty: Modern Warfare II. É mais para aquele tipo de jogo em que se você vê uma penca de inimigos correndo em sua direção, você não espera se aproximarem para começar a causar dano, apenas atira. E ao se aproximarem, pra que ficar recarregando, enquanto você pode iniciar uma sequência rápida de ataques com aquela física exagerada de filmes de ação em que os personagens quicam no ar?
 
O ângulo de câmera é aquele tão popular lateral meio em cima do ombro que se popularizou demais e vimos virar padrão na indústria e retornar sem alterações em jogos como Resident Evil 4 Remake  e Dead Space Remake, além de parecer meramente natural aparecer em jogos como The Callisto Protocol. Eu acho que combinou bastante e é mais agradável do que os hack and slash de câmera isométrica, mas aí é questão de gosto.
Os gráficos do jogo são muito bonitos, e apesar de ser uma obra lançada entre gerações, disponível tanto para PS4 quanto para PS5 na  Sony Playstation Store, não acho que ficou um visual todo limitado, ao menos no meu caso, que sou da galera do computador pessoal ao invés de consoles, haha, mas mesmo colocando as configurações mais limitadas porque joguei no meu canal na Twitch e pesou muito, é aquele tipo de jogo eletrônico que você nota muitos detalhes no cenário.

Mas, apesar do meu PC não aguentar muito, eu não achei um jogo pesado. Na real, achei ele super bem otimizado, porque inúmeras vezes enquanto jogava, comentava com o público sobre a beleza visual. Eu gostei demais da variação que existe de fase pra fase. Às vezes você está em uma floresta, em outras fases em um ambiente de gelo, já em outros momentos, você está em uma casa toda elegante ou em uma vila do Velho Oeste.

Apesar do jogo não ter já saído sendo lançado no Xbox Game Pass ou alegrar a galera PS Plus, ele ficou disponível via Geforce Now, e depois acabei assinando para jogar Warhammer 40,000: Darktide, o que me fez já aproveitar para jogar outros disponíveis. Sendo assim, se você por acaso não tem um PC Gamer, e muito menos um console pra encarar a Playstation Network e Microsoft Store, talvez seja interessante pegar a versão de PC e uma assinatura do Geforce Now pra jogar sem precisar de equipamento.

O jogo me impressionou também no quesito de variação de habilidades destravadas. Ele não é aquele tipo de game em que você já tem tudo no começo e depois só repete. É impressionante como continua aparecendo mais e mais habilidades pra você sair usando. Uma das críticas pesadas do jogo Gungrave G.O.R.E (Que segue o mesmo padrão desse aqui), foi sobre ser enfadonha a jogabilidade. Mas nesse aqui tem realmente uma boa variedade.
Então aqui, além de só atirar e bater, você tem uma série de detalhes, como lançar inimigos no ar e arremessá-los contra espinhos, usar habilidades especiais como eletricidade para puxar inimigos para perto ou se teletransportar em alta velocidade, atirar em pontos fracos na hora certa para causar um enorme dano, usar o rifle, a escopeta, o revolver, cada um na situação mais adequada, e assim vai.

Apesar desse ser um jogo eletrônico para um jogador, ele também é um jogo multijogador! E isso foi uma surpresa pra mim. Quando avisaram em live, pensei até que estavam zoando, porque convenhamos... Normalmente hack and slash é uma experiência um tanto solitária. Mas aqui temos um jogo cooperativo!

Infelizmente acabei não testando Evil West coop, mas imagino que como jogo coop, deve ser aquele tipo de obra perfeita para passar o tempo com um amigo sem muita preocupação com algo complexo. Cheguei a dar uma olhada em vídeos em que demonstravam e nele, ambos os personagens assumem o papel do protagonista. Sendo assim, é aqueles games cooperativos com um toque meio gambiarra. Não é nenhum GTA 5 Online, Fortnite ou algo assim. Simplesmente tem uma cópia sua ali disponível, mas parece bem legal como jogo on-line.
 
Apesar de tudo, e de ter sido lançado com uma nota relativamente decente no Metacritic, ficando na casa dos 70% tanto na crítica quanto no público, esses 30% de desaprovação, certamente refletem os problemas do jogo. Claro, eu não esperava que fosse um jogo que tivesse um orçamento monstruoso de Triplo A, tipo Horizon Zero Dawn, assim como não dá pra dizer que chega a ser um jogo de Android com baixo orçamento. Mas dá pra ver que a equipe perdeu muitas oportunidades.
A Focus já lançou jogos de orçamentos limitados que conseguiram se destacar muito, tipo A Plague Tale, que foi feito para ser um jogo único, mas foi tão aclamado, que gerou A Plague Tale: Requiem. Da mesma forma, Styx: Shards of Darkness foi um jogo de stealth cooperativo que conseguiu levar os jogadores à loucura.

E aqui, eu vejo um jogo no Velho Oeste que se tivesse uns adicionais, poderia ter sido valorizado a outro nível. Mas antes, um ponto que talvez não agrade alguns, mas que não foi problema pra mim, foi a jogabilidade datada. Ele não tem nada de inovador e nem parece tentar. Basicamente é um game de vampiros andar e bater. Como é todo bem polido, achei agradável e divertido como passatempo, mas para quem espera algo mais pra dar aquele tempero especial à coisa, vai ter que se contentar com o que ele tem, belos gráficos e ação frenética.

Agora o que achei um verdadeiro desperdício, foi o fato de que esses grandiosos ambientes foram muito mal aproveitados. Os caras poderiam aumentar o tempo de gameplay e ainda dá uma satisfação a mais ao passar pelos ambientes, sem precisar criar locais novos, pois o próprio cenário apresentado já tem detalhes o suficiente pra ser usado como puzzles. Mas ao invés disso a maioria dos puzzles são atirar em um lugar pra abrir uma porta, e então seguir o caminho reto. Quando finalmente chegou em um lugar que eu tive que andar pra abrir o caminho, me surpreendi até, porque o jogo foca muito em algo reto demais.

Eu não estou falando que gostaria que deveria ser um jogo de Velho Oeste com estratégia complexa tipo Desperados 3 ou que consiga inovar como SteamWorld Dig, mas seria muito mais satisfatório se deparar com uma barreira e então ter que ir para um outro ponto do mapa pegar uma peça e então retornar a esse ponto. Mas não... Os "caminhos alternativos" do jogo são basicamente um cantinho com um baú.
Isso sem contar que mesmo esses cantinhos são um problema às vezes, pois se você for pelo caminho certo, já era! Não dá pra voltar! E diversas vezes eu vi dois caminhos, e não sabia qual deles era o cantinho com o baú (com dinheiro pra fazer upgrades) e o caminho de ir embora. E quando errava, pronto, o personagem só não pode pular de volta na plataforma que ele acabou de subir e precisa continuar seguindo reto.

Não precisava ser uma baita simulação realista de mundo para deixar o personagem voltar em alguns cantos que ele acabou de passar. Isso dá aquela sensação claustrofóbica de que você tá extremamente preso a paredes invisíveis e que a linearidade foi ao extremo. Coisa que não precisava acontecer... O jogo certamente não ia explodir só porque você voltou um pouco, ao invés disso, daria muito mais liberdade.
 
Outra coisa é que a história é genérica DEMAAAIS, os personagens em si são super caricatos. O fodão de filme de ação que fala com a voz de macho que vai metralhar uma galera, e uma trama que, apesar de eu aplaudir os caras fazerem vários documentos colecionáveis, simplesmente é clichê demais. Uma agência caçadores de vampiro em um passado retrofuturístico... Dependendo da condução, isso podia até ficar bom, mas infelizmente a história não conseguiu me prender.
 
Bom... Com altos e baixos, esse é um game que gostei, acho que jogos no velho oeste tem tendência a um visual elegante, indo desde o belíssimo visual pixelizado de Westerado Double Barreled até coisas grandiosas como RDR2, e aqui o toque sombrio estilo blockbuster da década de 2000 até que dá um charme. O problema é que o jogo é só pra passar o tempo mesmo, ao menos para o meu gosto, portanto se espera algo super detalhado, talvez se decepcione.
 
Enfim, Evil West foi lançado em 21 de novembro de 2022 para Sony PlayStation 5, Sony PlayStation 4, Microsoft Xbox One, Microsoft Xbox Series X, Microsoft Xbox Series S e Microsoft Windows (Via Steam). Caso queira comprar jogos baratinhos, recomendo sempre dar uma olhadinha no preços das keys da Steam (e outras lojas) à venda na GMG, muitas vezes os preços deles estão bem abaixo do normal, e comprando keys lá, você acumula XP, que gera várias vantagens como descontos extras nas próximas compras e até jogos grátis! Dê uma conferida aqui.

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