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Desperados 3 | O Velho Oeste em estratégia tática deliciosamente difícil

Existem alguns momentos da história da humanidade que se destacam absurdamente, e é impressionante como se tornou encantador o caótico ambiente que a exploração dos Estados Unidos no século XIX apresentou e assim vimos surgir inúmeras obras no Velho Oeste, aparecendo nos mais variados tipos de mídia da cultura pop, indo desde filmes fantásticos como Era Uma Vez no Oeste até revistas em quadrinhos como o atmosférico TEX. E obviamente não poderia faltar presença nos video games, eu cheguei a fazer uma lista de jogos no Velho Oeste, mas algumas franquias se destacam mais que outras e hoje vou falar sobre um título de uma dessas franquias símbolo do gênero, Depserados III.

Essa é a história de John Cooper, um homem com muitos inimigos que vaga pelas terras injustas do Oeste, cheias de bandidos e homens cruéis que matam sem piedade qualquer um que negue a obedecer. Isso faz com que muitos conflitos surjam e também aliados com objetivos diferentes, mas que estão em sincronia com a jornada de Cooper, o que faz com que unam forças e usem suas habilidades únicas para seguir em frente.

O clássico Desperados, surgiu na era em que os jogos isométricos eram símbolos de títulos focados no PC. Inúmeros clássicos eram desse tempo, o fim dos anos 90 e começo dos anos 2000. Age of Empires 2, Diablo 2, The Sims, Stronghold, entre diversos outros títulos, são clássicos que marcaram demais essa época e entre eles estava essa pérola do gênero Western.

O primeiro jogo da franquia saiu em 2001 e encantou demais com sua jogabilidade viciante de estratégia tática super robusta, misturada com gráficos naturalmente agradáveis e super bem detalhados, e o toque final da própria ambientação do Velho Oeste que garantia um pacote simplesmente muito atraente e viciante. Apesar de tudo, demorou demais para vir Desperados 2, que saiu em 2006 e um ano depois teve Helldorado, que é desconhecido por muitos. E após 13 anos finalmente tivemos Desperados 3, pelas mãos da Mimimi Games.

A primeira coisa que me chamou a atenção no jogo, não foram os gráficos, que apesar de muito bonitos, tem tanto jogo com visual isométrico bem feito, que acaba tendo que ser muito cabuloso pra realmente se destacar. Então o que logo me deixou surpreso, foi a movimentação dos personagens, que é diferente de qualquer coisa que eu lembre de ter visto até então em um jogo isométrico.

Eu tenho quase certeza que usaram atores para captura de movimentos, pois normalmente jogos assim apresentam uma movimentação mais mecânica, personagens andam normal, mas são com movimentos super pré-definidos. Mas aqui, no começo você já vê Cooper e seu filho conversando e se movimentando com uma naturalidade fantástica.

No entanto, infelizmente é algo que só dura realmente durante as apresentações. Isso dá um novo nível de realidade ao jogo e deixa a coisa muito mais viva, porém durante o jogo em si, você volta a ver aquele jeito comum que tanto conhecemos em jogos em geral. Ainda assim não é algo que dá pra deixar de lado.

Outro tipo de movimentação muito legal é o da câmera, que você tem liberdade para girar completamente e inclusive é obrigado a fazer isso, pois existem lugares que não é possível enxergar determinadas coisas e somente se você virar a câmera é que vai conseguir cumprir. Apesar de tudo, o foco não é obrigar o jogador a fazer isso, mas sim dar possibilidades para elaborar estratégias diferentes.

O próprio cenário oferece oportunidades que você não precisa obrigatoriamente usá-los, pode fazer tudo do seu jeito. Então é opcional você matar três inimigos atirando em cada um deles ou se esgueirar para uma parte mais alta com uma pedra enorme e empurrá-la para matar os três de uma vez. E assim é interessante sempre observar tudo e tentar localizar coisas que podem ser úteis. 

Outra coisa interessante, é que apesar de ser um jogo de estratégia tática, ele não é em turnos. Você pode pausar se quiser, mas pode só sair usando as habilidades loucamente por aí, e inclusive existem cidades com áreas de civis e áreas particulares e você pode andar normalmente por áreas de civis e passar na frente de inimigos sem acontecer nada, mas se for invadir uma área particular, aí é hora de preparar o plano.

Existe uma ótima narrativa, bem gostosa de se ver acontecendo. Enquanto você vaga pelos cenários, os personagens conversam sempre, e existe aquele climinha meio cinematográfico na coisa, seja na introdução e finalização, que é quando a coisa tem um formato mais "filminho" de uma maneira muito divertida, seja em eventos durante a jogabilidade, que mantém um cenário aberto a possibilidades.

Cada personagem tem habilidades próprias e é uma boa quantidade, desde o cara grandão com uma armadilha de urso, até o médico com uma maleta chique que pode deixar no chão e fazer com que os inimigos vão pegá-la. As combinações de habilidades fazem com que seja emocionante montar estratégias e colocá-las na prática. 

Os inimigos tem um campo de visão em forma de cone que aparece se você clicar neles com o botão direito do mouse e ao te verem, não detectam atualmente, é gerado uma "onda" da cor amarela que parte dos olhos dele até a parte do cone que estiver tocando o personagem. Se ele sair da frente antes da "onda amarela" o tocar, o inimigo o perdeu de vista. Existe também uma área do cone que é verde listrada e são locais ruins de se ver, como atrás de pedras, se o personagem se abaixar nas áreas listradas, ele não é detectado.

E uma coisa muito gostosa dessa mecânica de onda de cone, é que se você for detectado, notar que não vai dar pra sair antes dela o acertar, você pode pausar o jogo imediatamente e usar a habilidade de outro personagem, como por exemplo o tiro a longa distância de um dos personagens, que mesmo longe, pode se livrar do inimigo antes que ele chame atenção.

Como disse, os gráficos não são surreais e algo nunca visto antes, mas ainda assim são bonitos pra caramba, super detalhados e digno de ser Desperados 3, pois você nota bem que existem detalhes pra todos os lados e inclusive coisas em movimento e eventos que acontecem enquanto você vaga. O jogo não tem legendas em português e acho que é uma baita falta de atenção da desenvolvedora, afinal de contas se a Sony, Microsoft, Ubisoft e Blizzard são empresas que sempre lançam jogos dublados, é óbvio que o mercado nacional é interessante. Então ter legendas em português deveria ser algo óbvio.

Enfim, uma delícia de jogo, se você gosta de obras como Hard West e Westerado, esse aqui cai muito bem como um híbrido entre os dois. Por um lado é estratégia tática, por outro não é em turno e pra quem gosta de obras desafiadoras, esse aqui consegue ser bem difícil. Bom demais! Recomendo sempre dar uma olhadinha no preço dele na Greenman Gaming antes de comprar na loja direta, algumas vezes os preços deles estão bem abaixo do normal, e sempre lembre de olhar os cupons de desconto que eles espalham pelo site, que deixa a coisa mais barata ainda, dê uma conferida aqui.

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