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The Witcher | Netflix expulsou Henry Cavill pra pôr Liam Hemsworth como Geralt de Rivia?

O mundo das adaptações é cheio de suas particularidades. Vimos diversas obras surgirem de outras mídias. O RPG de Mesa de Dragon Age, com sua imensa liberdade, o mundo dos quadrinhos de Cyberpunk 2077, que conseguiu criar um público diferente dos jogos, ou coisas que o sucesso ultrapassa completamente os limites, como Pokémon TCG. Naturalmente, as adaptações que mais chamam a atenção acabam sendo as cinematográficas, mas enquanto algumas mudanças surgem desde o início, no caso de séries às vezes elas aparecem bem depois, e assim foi com The Witcher.
 

A série de televisão The Witcher, produzida pela Netflix e baseada na obra do autor polonês Andrzej Sapkowski, se tornou um fenômeno global desde sua estreia. Com uma narrativa rica em fantasia, intrigas políticas e personagens marcantes como Geralt de Rívia, Ciri e Yennefer, a adaptação conquistou fãs dos livros e dos jogos eletrônicos da franquia, como Thronebreaker. No entanto, uma das mudanças mais comentadas na produção foi a substituição do ator Henry Cavill, que interpretava o protagonista Geralt, pelo australiano Liam Hemsworth.
 
Henry Cavill sempre demonstrou grande respeito pelo universo criado por Sapkowski. Fã declarado dos livros e dos jogos da CD Projekt Red, Cavill se envolveu profundamente com o personagem, trazendo à tela um Geralt introspectivo, sarcástico e fiel à essência literária. Inicialmente a série se destacou muito no universo em geral, inclusive chamou a atenção dos fãs com sua forma de aplicar efeitos especiais, mostrando a elegância da coisa. A dedicação do ator ao papel foi elogiada por críticos e fãs, tornando sua saída um dos assuntos mais discutidos entre os admiradores da série de televisão. A decisão de substituí-lo não foi tomada de forma impulsiva, e diversos fatores contribuíram para essa mudança.

Um dos principais motivos apontados foi o conflito criativo entre Cavill e os roteiristas da série. O ator era conhecido por defender uma adaptação mais fiel aos livros de Andrzej Sapkowski, enquanto a equipe criativa da Netflix buscava liberdade para explorar novos caminhos narrativos. Essa diferença de visão teria gerado tensões nos bastidores, especialmente em relação ao desenvolvimento de personagens como Ciri, que desempenha um papel central na saga. Essa personagem se destacou muito em The Witcher 3, jogo por onde muita gente conheceu a saga, e por isso, fãs acabaram exigindo dedicação especial a ela.
 
Ciri, também conhecida como Cirilla Fiona Elen Riannon, é uma das personagens mais importantes do universo de The Witcher, e sua trajetória é essencial para a evolução da história. Apesar do ator não ter confirmado oficialmente, existem rumores de que Cavill teria expressado preocupações sobre como certos arcos estavam sendo tratados, o que contribuiu para sua decisão de deixar o projeto. Inclusive a própria showrunner chegou a explicar o motivo de ter mudado a história de Yennefer, outra personagem-chave.
 
Mas uma coisa é bem certa! Além das divergências criativas, a agenda de Henry Cavill também pesou na balança. O ator estava envolvido em outros projetos de grande escala, incluindo produções relacionadas ao universo cinematográfico da DC Comics e novos filmes de ação e ficção científica. Ele conseguiu chamar muito a atenção no filme O Homem de Aço, e tudo indicava que a coisa seria um estouro, antes de substituí-lo e reiniciarem esse universo.
 
Mas a questão é, conciliar esses compromissos com as exigências das gravações de uma série de televisão como The Witcher se tornou cada vez mais difícil. A produção da série exigia longos períodos de filmagem, muitas vezes em locações internacionais, o que limitou a disponibilidade dos atores para outros trabalhos. Não é incomum séries medievais exóticas como Camelot, The Bastard Executioner e The Last Kingdom, serem gravadas fora dos EUA e dificultarem que os atores façam outros trabalhos.

Com a saída de Cavill, a Netflix anunciou que Liam Hemsworth assumiria o papel de Geralt de Rívia a partir da quarta temporada. Hemsworth, conhecido por seu trabalho na franquia Jogos Vorazes, trouxe uma nova abordagem ao personagem. A escolha gerou reações diversas, mas a produção garantiu que a transição seria feita com cuidado, respeitando a continuidade da narrativa e mantendo a essência do bruxo. 
 
A mudança de ator em séries de televisão não é incomum, especialmente em produções de longa duração, e pode representar uma oportunidade de renovação criativa. Mas é preciso ser algo delicado, e acaba sendo complicado, normalmente sendo personagens que não são protagonistas. Um exemplo que fez isso de forma magnífica foi Spartacus: Blood and Sand. O ator do protagonista morreu, e ao invés de fazerem a segunda temporada, fizeram a espetacular Spartacus: Gods of the Arena, uma mini-série cabulosamente interessante que era um prólogo da história, e só depois fizeram a segunda temporada. O público abraçou muito bem a coisa.

Apesar das tretas, a série The Witcher continuou sendo uma das produções mais populares da Netflix, com milhões de espectadores ao redor do mundo. Infelizmente, a nota foi, no geral, extremamente negativa. A presença de personagens icônicos como Ciri, Yennefer, Jaskier e Vesemir, somada à ambientação medieval e aos elementos de magia e monstros, manteve algum interesse do público. Mas a irritação parece ter sido maior, e grande parte do público e da própria mídia desceu o pau em Liam Hemsworth.
 
A obra de Andrzej Sapkowski, que começou com contos publicados nos anos 80 e evoluiu para uma saga épica, permanece como a base sólida da adaptação televisiva. Mesmo com mudanças no elenco, o universo de The Witcher continuou vivo e em constante expansão, com spin-offs, animações e novos projetos sendo desenvolvidos. Existem várias adaptações nesse universo, e inclusive a própria Polônia teve a série Wiedźmin, que adaptou os livros. Também rolou a mini-série italiana A Witcher's Tale.
 
Mas sem dúvidas a primeira grande adaptação que chamou a atenção mundialmente foi o jogo The Witcher 1, que ainda era nichado, mas, diferente da série polonesa, teve alcança global. Apesar de tudo o autor sempre foi rabugento e chegou a criticar a CD Projekt Red por ter adicionado um elemento que ele mesmo criou

A substituição de Henry Cavill por Liam Hemsworth como Geralt de Rívia representa os desafios e as decisões que envolvem grandes produções baseadas em obras literárias consagradas. Alguns abandonaram a coisa, outros fãs continuaram acompanhando cada novidade. No fim é aquela coisa, depende muito do gosto mesmo.

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Sobre The Witcher 

The Witcher nasceu da mente de Andrzej Sapkowski, um escritor polonês que criou contos sobre um caçador de monstros chamado Geralt de Rívia, também conhecido como Lobo Branco, Butcher of Blaviken, ou Gwynbleidd. Esses contos começaram nas páginas de revistas e logo se transformaram em uma das sagas de fantasia mais famosas da literatura europeia, com títulos como O Último Desejo e A Espada do Destino.

Com o sucesso dos livros, a história foi crescendo, ganhando personagens marcantes como Yennefer de Vengerberg, Triss Merigold, Ciri de Cintra, Vesemir, Dandelion (ou Jaskier), Zoltan Chivay e Regis. O universo expandiu com os Reinos do Norte, Nilfgaard, Kaer Morhen, e as Caçadas Selvagens que inspiraram tantas histórias sobre magia, alquimia, e o destino.

Quando a CD Projekt Red decidiu transformar esse mundo em jogo, ninguém imaginava o impacto que viria. The Witcher (2007) foi o primeiro passo, cheio de escolhas morais, poções, espadas de prata, sinais mágicos como Aard, Igni, Quen, Yrden e Axii. Apesar das limitações técnicas, o game já mostrava um mundo denso e maduro, onde nada era totalmente bom ou mau.

Com The Witcher 2: Assassins of Kings, o tom ficou mais político, com batalhas entre reis, traições e dilemas que moldavam o destino de Geralt e do continente. As cidades, os vilarejos e as florestas pareciam vivas, com monstros como wyverns, noonwraiths, drowners e kikimoras aterrorizando as estradas. A trilha sonora sombria e os diálogos bem escritos fizeram o jogo ganhar respeito no mundo todo.

Mas foi The Witcher 3: Wild Hunt que transformou a série em um fenômeno global. Com gráficos impressionantes, missões profundas e personagens cheios de camadas, o jogo trouxe locais como Velen, Novigrad, Skellige e Toussaint, além de expansões aclamadas como Hearts of Stone e Blood and Wine. Geralt se tornou um símbolo dos games modernos, e a CD Projekt Red ganhou prêmios como Jogo do Ano em várias premiações.

O impacto cultural de The Witcher 3 foi tão grande que o universo chegou à televisão. A Netflix produziu a série The Witcher, estrelada por Henry Cavill, mostrando novamente Geralt, Yennefer e Ciri em versões live action. A série trouxe cenas épicas, lutas coreografadas, a música “Toss a Coin to Your Witcher” e ajudou milhões de pessoas a conhecerem o mundo de Sapkowski.

O sucesso, claro, também trouxe problemas. Houve desentendimentos entre o autor e a CD Projekt Red sobre direitos autorais, discussões sobre a adaptação da Netflix, e críticas ao rumo que a empresa tomou depois, especialmente com o lançamento de Cyberpunk 2077. Mesmo assim, The Witcher manteve seu lugar entre as franquias mais respeitadas, tanto nos livros quanto nos jogos.

O universo também se expandiu com spin-offs como Thronebreaker: The Witcher Tales, o card game Gwent, e até animações como The Witcher: Nightmare of the Wolf. Essas obras ajudaram a mostrar diferentes períodos da história, outros bruxos, e até o passado de Vesemir, mentor de Geralt. O mundo de The Witcher parece infinito, cheio de monstros, reinos em guerra, poções, contratos e dilemas morais.

Mesmo com o tempo passando, o nome The Witcher continua sendo lembrado entre fãs de fantasia, RPG, e histórias sombrias. Seja nos livros de Andrzej Sapkowski, nos jogos da CD Projekt Red, nas adaptações da Netflix, ou nas canções de bardo de Jaskier, o legado de Geralt de Rívia continua vivo. É uma saga sobre monstros, mas também sobre humanidade, escolhas, e o peso do destino.

O mais curioso é que tudo começou com um simples conto enviado para um concurso literário. De lá nasceu um universo inteiro, cheio de espadas, feitiços, reinos, e personagens que marcaram gerações. The Witcher se tornou mais do que uma história de fantasia: virou um mito moderno, misturando folclore eslavo, ação, drama e filosofia, sempre lembrando que o verdadeiro monstro nem sempre tem presas ou garras.