É bastante comum ver empresas modificando conteúdo para poder lançar na China, algumas no desespero, como My Hero Academia após o banimento em território chinês, mas como o mercado é gigantesco e gera dinheiro adoidado, as empresas já se preparam para fazer as alterações para que possam lançar por lá, às vezes gerando coisas bizarras como o final alternativo de Clube da luta na China. Porém com "Spider-Man: No Way Home" a coisa parece ter passado dos limites.
Assim como existe aquela lista de coisas que devem ser seguidas pra jogos serem lançados na China, isso também se aplica a todo tipo de conteúdo que aparecer por lá. Além do mais as autoridades avaliam o conteúdo e veem coisas que acreditam que devem ser retiradas. E no caso do terceiro filme do Homem-Aranha com Tom Holland, quiseram tirar um dos principais elementos da cidade de Peter Parker... As cenas com a Estátua da Liberdade.
Mas indo além, esse também é um símbolo dos Estados Unidos e é frequentemente associado à liberdade, como o próprio nome diz. Sendo assim, retirar essa estátua, iria ser algo além do comum, não sendo meramente mais um item qualquer, mas algo com potencial para gerar uma discórdia absurda com ocidentais.
O resultado foi que a Marvel Studios e Sony Pictures decidiram simplesmente ignorar. Ironicamente o filme foi vazado na China antes do lançamento, portanto passou a vagar pelo mercado pirata do país. E apesar de tudo, o longa-metragem quase chegou a arrecadar 2 bilhões de dólares no mercado global e teve um destaque cabuloso.
A China é uma nação gigante que se tornou extremamente atraente para o mercado global. Trata-se do local com a maior população do mundo e com poder aquisitivo o suficiente para consumir muita cultura pop. O resultado disso é que muitas empresas passaram a já criar conteúdo com o pensamento sobre o que evitar para facilitar mais na hora de lançar no mercado chinês.
Apesar de tudo, também é um lugar com muitas polêmicas e diversas pessoas passaram a fazer exatamente o contrário e simplesmente não têm vontade de se envolver. Um exemplo disso foi o criador de God of War dizendo que negou projeto de U$100 milhões por ter ligação com o governo chinês.
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