Jogo de plataforma é um daqueles estilos que sempre dá espaço pra ideias esquisitas, e ao mesmo tempo familiares. Seja pulando em barris em Donkey Kong Country, se transformando em animais com Kaze and the Wild Masks, ou resolvendo puzzles enquanto desce o cacete em inimigos, o que mais chama atenção é quando alguém pega esse formato básico e faz algo visualmente estranho. Aí vem jogos como Tearaway, que explora papel como ambiente, e mostra como dá pra deixar tudo com cara de artesanato interativo, misturando leveza estética com mecânicas engenhosas.
Hirogami joga o jogador dentro de um mundo que parece ter saído direto de uma caixa de dobraduras. Tudo lembra papel, com personagens, inimigos e cenários transmitindo a sensação de fragilidade, como se qualquer movimento em falso fosse suficiente pra tudo virar confete. No meio disso, existe uma história mais triste e cheia de mistérios, com um toque de drama melancólico amarrando o contexto das missões.
O protagonista é Hiro, um sujeito que domina a arte do origami e consegue alterar seu corpo pra virar diferentes formas animais. Cada transformação traz vantagens específicas que mudam a forma de explorar o cenário ou lidar com combates. Entre elas, dá pra virar um tatu e rolar por obstáculos, usar as forças de um gorila pra ataque bruto, ou até assumir a leveza de uma rã pra alcançar áreas altas.
O mundo está sendo invadido por seres digitais chamados Flagelo, que estão corrompendo os habitantes e quebrando o equilíbrio natural. Usando um leque especial, Hiro consegue combater esses inimigos com golpes variados, além de usar o ambiente ao seu favor, deslizando por armadilhas ou planando como um aviãozinho de papel. Tudo isso é embalado por uma trilha sonora que combina sons tradicionais japoneses pra reforçar o clima contemplativo do jogo.
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