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Senhor das Moscas | Crianças assassinas e o horror da natureza humana em um dos livros mais influentes da história

Já postei diversas obras que tem um toque meio perturbador aqui no Blog Nerd Maldito, no entanto enquanto muitas delas acabam sendo entretenimento com tom chocante, como as ilustrações bizarras que chamam a atenção em Contos Esmagadores e as histórias que deixaram pais chocados através dos séculos nos relatos horrendos de Noite na Taverna, tem algumas obras que se diferenciam e conseguem colocar o perturbador de mãos dadas com algo muito mais real ao apresentar algo filosófico e psicológico.
 
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Você já deve ter visto diversas obras relacionadas ao horror que humanos podem fazer uns com os outros quando são levados ao limites para sobreviver, podendo assim fazer as coisas mais horríveis uns com os outros. Alguns mais agitados, mas que atingem com força o grande público, como Jogos Vorazes, já outros violentos a ponto de causar repulsa em muita gente como o clássico japonês Battle Royale, que apresenta crianças assassinas.
Mas se você acha que o autor japonês Koushun Takami, foi completamente original em seu livro de 1999, saiba que ele mesmo assumiu que se inspirou em um outro livro de crianças assassinas! Só que esse outro é muito mais real e graças a isso acaba dando um toque extremamente perturbador para muitas pessoas. Imagine se um grupo de crianças ficasse isolado em uma ilha sem adultos por perto. Como elas se organizariam para sobreviver? Como elas lidariam com os conflitos e as diferenças entre si? Como elas manteriam a ordem e a civilidade?

Essas são algumas das questões que o escritor inglês William Golding aborda em seu romance Senhor das Moscas, publicado originalmente em 1954, com uma visão extremamente pessimista da humanidade. O livro conta a história de um grupo de meninos britânicos que sofre um acidente de avião durante a Segunda Guerra Mundial e cai em uma ilha deserta. Lá, eles tentam criar uma sociedade própria, mas acabam se dividindo em facções rivais e entrando em uma espiral de violência e selvageria.
Senhor das Moscas é considerado um dos romances essenciais da literatura ficcionais mundial, tendo sido adaptado duas vezes para o cinema e traduzido para 35 idiomas. O livro já foi visto como uma alegoria, uma parábola, um tratado político e até mesmo uma visão do apocalipse. Mas acima de tudo, é uma obra que explora a natureza humana e seus aspectos mais sombrios.

O título do livro faz referência ao personagem do Senhor das Moscas (em inglês, Lord of the Flies), que é o nome dado pelos meninos a uma cabeça de porco espetada em uma estaca como oferenda para uma suposta besta que habita a ilha. O Senhor das Moscas representa o mal, o medo e a corrupção que toma conta dos meninos à medida que eles perdem sua inocência e sua humanidade.
Graças a isso livro também pode ser relacionado com outros exemplos da cultura pop que abordam temas semelhantes, como o gêneros Battle Royale, que tanto se popularizou nos jogos, e Jogos Vorazes (Hunger Games), que mostram jovens sendo obrigados a lutar até a morte em arenas controladas por forças opressoras; ou mesmo a série brasileira 3%, que retrata um futuro distópico onde apenas 3% da população tem acesso ao lado bom da vida após passar por um processo seletivo brutal.

Esses exemplos mostram como Senhor das Moscas é um livro atemporal, pois reflete sobre questões universais como o poder, a liderança, a moralidade, o conflito, a cooperação, a identidade e o instinto de sobrevivência. O livro também nos faz questionar até que ponto somos capazes de manter nossa civilização diante de situações extremas ou adversas. E é extremamente ousado ao propor que a inocência de uma criança pode ir embora quando exposta ao medo, fome e ausência de regras. Claro, é uma ficção, mas acaba sendo um tanto perturbador por isso.
Senhor das Moscas é um livro que nos faz pensar sobre nós mesmos e sobre nossa sociedade. É um livro que nos faz confrontar nossos medos e nossos demônios internos. Ele nos faz ver o quanto somos frágeis e vulneráveis diante do caos e da violência. É uma obra que nos faz repensar sobre a fina linha da civilização e selvageria. E vocês, já chegaram a ler? Foi lançado baratinho no Brasil, confira:
 
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O Clima Perturbador nas Obras Ambientadas em Tempos de Guerra: Explorando a Alma Humana e os Horrores

A literatura, o cinema e outras formas de expressão artística frequentemente mergulham nos tempos de guerra para explorar os aspectos mais sombrios da condição humana. As narrativas ambientadas em cenários de conflito muitas vezes oferecem um olhar incisivo sobre os horrores da guerra, o impacto psicológico nos indivíduos e as profundezas perturbadoras da alma humana. Obras como "Coração das Trevas", "Senhor das Moscas" e o filme "O Império do Sol", de Steven Spielberg, são exemplos marcantes que exploram os desafios morais, a decadência da humanidade e as experiências traumáticas vividas em tempos de guerra.

"Coração das Trevas" - Joseph Conrad

Publicada no final do século XIX, "Coração das Trevas" de Joseph Conrad é uma obra-prima que retrata a jornada do protagonista, Marlow, pelo rio Congo durante a ocupação europeia na África. Conrad mergulha na escuridão da alma humana, explorando não apenas os horrores do colonialismo, mas também a depravação moral que a guerra e a exploração podem incitar nos indivíduos. A ambientação em uma África colonialista e os impactos psicológicos da exploração dos nativos tornam a narrativa profundamente perturbadora.

"O Diário de Anne Frank" - Anne Frank

Um dos relatos mais comoventes sobre a Segunda Guerra Mundial, "O Diário de Anne Frank", é um testemunho íntimo da vida de uma adolescente judia escondida com sua família durante a ocupação nazista. O diário de Anne revela os medos, as esperanças e os desafios enfrentados por ela e sua família enquanto tentam sobreviver e manter a humanidade em meio à brutalidade e à perseguição implacável.

"O Paciente Inglês" - Michael Ondaatje

Tanto no romance quanto no filme dirigido por Anthony Minghella, "O Paciente Inglês" oferece um retrato emocionante e angustiante da Segunda Guerra Mundial. A história gira em torno de um homem gravemente queimado, conhecido apenas como "o paciente inglês", e sua relação com uma enfermeira durante o conflito. O enredo não só explora o impacto físico e psicológico das guerras, mas também mergulha nos relacionamentos e nas consequências do conflito armado na vida das pessoas envolvidas.

"A Vida é Bela" - Roberto Benigni

Este filme comovente de Roberto Benigni apresenta a história de um pai judeu e seu filho durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto estão confinados em um campo de concentração nazista. Utilizando a imaginação e o humor, o pai tenta proteger seu filho do terrível ambiente em que estão inseridos. A obra retrata a beleza da esperança e do amor em tempos de extrema adversidade e desespero, oferecendo uma visão comovente e dolorosa da crueldade da guerra e suas implicações nas relações humanas.

"Além da Linha Vermelha" - Terrence Malick

O filme de Terrence Malick é uma exploração poética e filosófica dos efeitos da guerra na alma humana. Situado durante a Segunda Guerra Mundial, a obra segue um grupo de soldados americanos lutando na Batalha de Guadalcanal. Malick mergulha na mente dos personagens, explorando suas dúvidas, medos e anseios em meio à brutalidade do conflito. A narrativa visual e introspectiva oferece um olhar profundo sobre os dilemas morais e as experiências traumáticas vividas pelos soldados em meio à guerra.

"O Império do Sol" - Steven Spielberg

O filme de Spielberg, lançado em 1987, baseado no livro de J.G. Ballard, conta a história de um menino inglês, Jim, que vive em Xangai durante a Segunda Guerra Mundial. Capturado e separado de sua família, Jim enfrenta sozinho os horrores da guerra e os campos de prisioneiros japoneses. A narrativa retrata a luta pela sobrevivência, as dificuldades emocionais e psicológicas enfrentadas por Jim enquanto testemunha a brutalidade da guerra e a perda de inocência.

Outras obras

Além desses exemplos, outras obras exploram os temas sombrios dos tempos de guerra, como "A Lista de Schindler" (filme dirigido por Spielberg), que retrata o Holocausto, a desumanização e a coragem diante do horror. "A Estrada da Noite" (romance de Cormac McCarthy) mergulha em um cenário pós-apocalíptico, explorando a luta pela sobrevivência e a natureza brutal da humanidade.

Em comum, todas essas obras revelam a capacidade da guerra de desencadear o pior da natureza humana: a crueldade, o medo, a desolação e a perda da esperança. Elas nos lembram que, em tempos de conflito, a linha entre a civilidade e a barbárie pode ser tênue, evidenciando os dilemas morais, os traumas psicológicos e a luta pela sobrevivência que assolam aqueles que vivem nessas circunstâncias.

Em conclusão, as obras ambientadas em tempos de guerra servem como um espelho para a sociedade, desafiando-nos a confrontar as sombras mais profundas da condição humana. Ao explorar essas narrativas, somos instigados a refletir sobre os impactos devastadores da guerra na alma humana e a buscar maneiras de evitar os horrores que elas incitam.

 

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