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Louca Obsessão | Obra de Stephen King que mostra o horror que fãs podem causar

Esse é mais um filme baseado em uma obra de Stephen King, dessa vez o livro Misery, que acredito que eu talvez morresse sem ficar sabendo, se não fosse por meu melhor amigo que desde sempre fala da história e atualmente finalmente me deu o ultimato de que eu teria que assistir com ele, e assim fizemos e foi realmente um momento muito bom, ainda mais pra uma noite fria, simplesmente uma ótima opção.

Essa é a história de Paul Sheldon, um renomado escritor que se destacou por sua série de histórias de uma personagem chamada Misery, mas que finalmente percebeu que era hora de mudar e seguir com algo novo. No entanto, durante uma forte nevasca, acaba sofrendo um acidente de carro enquanto leva sua mais nova obra para a editora, mas para a sua sorte, uma mulher chamada Annie Wilkes ou salva e leva para sua casa, onde passa a cuidar dele e lhe revela que é a sua fã número 1. Mas na medida em que os dias vão passando, ela se mostra cada vez mais obcecada por Misery.

Sabem, algo que eu vi em uma entrevista com o Kamaitachi comentarem sobre não importar o quanto você seja famoso, se fizer um mínimo de fama, já vai aparecer um maluco pra se destacar e mostrar que tem gente doida por aí. E eu me identifiquei na hora quando vi isso, porque realmente com o passar dos anos, vi umas pessoas com tendências psicopatas passando pelo blog e achava bizarro os surtos e como pessoas ficam obcecadas por você em relação ao que escreve e surtam quando não condiz com o que querem ler, chegando a falar sobre morte.

Tenho certeza absoluta que esse foi exatamente o ponto que Stephen King se inspirou para escrever esse livro, pois se as pessoas com fama mínima já conseguem ser farol para loucos, imagina quando você é um mega sucesso como ele? Deve ser só carta bizarra que o cara recebe. Muito provavelmente através dos anos ele foi perseguido e acumulando doido atrás de doido.

Misery foi publicado originalmente em 1987, chegando um ano depois no Brasil e por aqui já teve os nomes de Angústia, Louca Obsessão e por fim Misery. Mas sinceramente eu acho que Angústia é o nome perfeito, já que o nome da protagonista em português não podia ser Miséria né? "E aí Miséria, como é que vai?", agora Angústia poderia ser um nome bom, estranho, mas que se encaixava e passava uma sensação semelhante. Uma pena que não ficou... Mas é questão de gosto.

O filme veio já em 1990 e algo curioso é que a atriz Kathy Bates, que é aquela senhora de várias temporadas de American Horror Story, fez acontecer algo bem difícil, que é um filme de terror ser notado e premiado. Como vocês devem saber, esse é um gênero complicado e a maioria dos filmes são bagaceira, além de espantar parte do público que não gosta de sentir medo, sendo um tipo que é difícil receber prêmios, mas graças a essa atriz a coisa foi meio diferente.

Ela ganhou o prêmio de melhor atriz do Chicago Film Critics Association Awards, melhor atriz da categoria drama no Globo de Ouro, melhor vilã na lista de 100 maiores Heróis e Vilões do American Film Institute (ficou na 17ª posição) e não bastando isso ainda ganhou o oscar de melhor atriz por esse filme. Então imagina como o trabalho da mulher não foi reconhecido?

O filme é extremamente decente, e assim como Cujo, é algo que não foca no sobrenatural, mas sim em algo mais voltado para o mundo real. É um daqueles filmes com atmosfera pesada, porém elegantes pra caramba e com o charme de obras dos anos 80/90, aquela simplicidade que em conjunto com a narrativa acabou caindo muito bem.

É um filme extremamente grande pra aquela época, tendo quase duas horas de duração, que também é um tempo bem grande para filme de suspense/terror, que costumam ser mais direto ao ponto no que acontece, já que o normal desse tipo de gênero é um foco rápido em alguma maldade de um vilão, e aqui tinha tudo pra ser menor, já que o filme se passa quase todo no quarto em que o personagem está.

Pela história, imaginei que poderia ser um pouco morgante, mas achei que o tempo passou super rápido, e com o clima de neve presente em um lugar isolado, acabou sendo realmente perfeito para se assistir em uma noite fria embaixo das cobertas. O horror é mais psicológico do que visceral, apesar de estar presente também.

A sensação que o filme causa está mais voltada para aquela tensão frequente de uma personagem que está sempre com um belo sorriso, mas que a qualquer momento pode explodir violentamente e mudar para uma ira descontrolada. Então você sempre fica pensando sobre até que ponto ela vai levar a coisa e como a sensação do personagem nesse isolamento é claustrofóbica.

Enfim, esse é um filme bastante decente e maravilhoso para se assistir sozinho ou com um amigo, tem uma fotografia muito decente e mesmo o foco sendo no quarto, você não se sente entediado, ainda mais porque existem várias outras cenas mostrando o que está acontecendo no mundo externo e a busca pelo desaparecimento de um famoso. Recomendo demais!

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