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Valorant | O maior rival de Counter Strike e o incrível feito de conseguir desafiar a Valve!

Odiado por uma penca de gente, mas também idolatrado por muitos fãs, Valorant é um jogo de tiro tático em primeira pessoa desenvolvido e publicado pela Riot Games, empresa norte-americana conhecida principalmente por League of Legends, um dos maiores fenômenos dos esportes eletrônicos. Fundada em Los Angeles, a Riot já tinha experiência com jogos competitivos antes de entrar no FPS. Valorant foi anunciado em 2019 como Project A e lançado em 2 de junho de 2020, chegando a um mercado dominado há quase duas décadas por Counter-Strike, algo que por si só já parecia uma missão ingrata.

Counter-Strike não era apenas mais um jogo popular. Ele moldou gerações de jogadores de PC, criou padrões de competitivo, consolidou ligas, equipes e até uma cultura própria em lan houses e campeonatos. Muitos tentaram disputar esse espaço ao longo dos anos, de CrossFire a Warface, de Point Blank a Rainbow Six Siege, mas poucos realmente ameaçaram o trono. Quando Valorant surgiu, a desconfiança era natural.

O jogo se destaca por misturar mecânicas clássicas de tiro, muito próximas de Counter-Strike, com personagens que possuem habilidades únicas, algo que lembra Overwatch. Essa combinação trouxe algo novo sem romper totalmente com o que o público competitivo já conhecia. A mira, o controle de recoil e o posicionamento continuaram sendo essenciais, mas agora dividiam espaço com habilidades que mudavam o ritmo das partidas.

Essa decisão foi crucial para o sucesso. Em vez de tentar copiar Counter-Strike de forma direta, a Riot optou por respeitar a base do gênero e, ao mesmo tempo, criar uma identidade própria. Cada agente tem funções claras, estilos diferentes e impactos reais nas rodadas, o que ampliou a profundidade estratégica e atraiu jogadores que buscavam algo além do “atira e planta bomba”. 

Outro ponto decisivo foi a infraestrutura. A Riot investiu pesado em servidores estáveis e em um sistema anti-cheat agressivo, que mesmo sendo alvo de críticas (algumas pessoas descem o cacete com força), conseguiu reduzir bastante problemas comuns em FPS competitivos. Isso ajudou Valorant a ganhar credibilidade rapidamente, algo essencial para convencer jogadores acostumados a anos de Counter-Strike a ao menos dar uma chance.

O cenário competitivo também não demorou a ganhar forma. Em pouco tempo, Valorant já contava com torneios relevantes, times profissionais migrando de outros FPS e uma base sólida de espectadores. No primeiro ano, o jogo chegou a reunir cerca de 14 milhões de jogadores ativos por mês, um número que deixou claro que não se tratava de uma moda passageira.

Visualmente, Valorant escolheu um caminho funcional. Sem buscar realismo extremo, o jogo aposta em mapas limpos, cores bem definidas e personagens fáceis de identificar, algo que favorece a leitura rápida das partidas. Essa escolha lembra abordagens vistas em jogos como Team Fortress 2, onde a clareza da informação importa mais do que gráficos ultrarrealistas.

A estratégia de localização da Riot também fez diferença. A empresa sempre teve cuidado em adaptar seus jogos para diferentes regiões, e com Valorant isso ficou ainda mais evidente. No Brasil, o jogo chegou com dublagem completa, vozes conhecidas, eventos locais e atenção constante à comunidade, criando uma conexão que muitos concorrentes nunca conseguiram estabelecer.

Valorant foi construído na Unreal Engine 4 (depois rodando na 5), e apesar das críticas que a engine recebe em uma penca de projetos, a Riot conseguiu entregar um FPS competitivo estável e acessível até para máquinas mais modestas, o que a destacou como uma das empresas que usou bem esse motor gráfico. Atualizações frequentes de agentes, mapas e ajustes de balanceamento mantiveram o jogo em constante evolução, seguindo uma filosofia parecida com a de League of Legends.

O impacto no cenário de eSports consolidou de vez o feito. Com o Valorant Champions Tour, ligas regionais bem estruturadas e um mundial que distribui prêmios milionários, o jogo se firmou como um dos principais competitivos da atualidade. Iniciativas como o Game Changers também mostraram que o projeto vai além de apenas competir com Counter-Strike, buscando ampliar o público do gênero.

Com o tempo, Valorant provou que desafiar um reinado de duas décadas não era impossível, apenas extremamente difícil. Muitos tentaram e fracassaram rápido, mesmo com grandes investimentos. Gostando ou não, o mérito existe. Conseguir espaço, manter jogadores ativos e criar um ecossistema competitivo sólido em um mercado tão cruel é um feito impressionante.

Enfim, assumo que não é meu estilo de jogo, mas é curioso ver o nível que o projeto chegou. Valorant foi lançado originalmente para Microsoft Windows, fora da Steam, com distribuição direta e também pela Epic Games Store. Depois, acabou chegando aos consoles PlayStation 5 e Xbox Series X/S, ampliando ainda mais seu alcance. Em um gênero onde poucos sobrevivem, a Riot conseguiu o improvável: não substituir Counter-Strike, mas finalmente dividir o trono.

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