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Junji Ito fala sobre folclore brasileiro e até solta umas palavrinhas em português em entrevista

Não há dúvidas que um dos grandes mestres do terror é Junji Ito, mesmo obras como Nas Montanhas do Terror, que tem foco em mostrar várias faces do horror japonês, ele acaba sendo um dos grandes brilhos. Ao mesmo tempo, provou seu valor com aquele mangá que ganhou o prêmio Eisner. E já vimos que ele pode mergulhar em lendas urbanas e folclores como aquela sua obra baseada em histórias reais. Mas será que o autor teria algum interesse em lendas brasileiras? Ele falou sobre o assunto durante a entrevista na CCXP23.
 
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Todo mundo que conhece a obra do Junji Ito e vai atrás do autor, não demora para descobrir que é um amor de pessoa. Isso acaba sendo muito engraçado, especialmente porque ele apresenta coisas macabras demais. Porém, só o torna mais cativante, e ele rapidamente mostrou isso em 2023, quando veio pela primeira vez ao Brasil e rapidamente vazou um vídeo de Junji Ito bebendo caipirinha e chupando cana.
Mas, naturalmente, ele não veio só para curtir. E assim, deu uma entrevista. Infelizmente já adianto que, embora tenham saído algumas coisas boas, assumo que achei algumas perguntas bem estúpidas e um desperdício de tempo do autor. Sinto até que ele mesmo não sabia o que responder, de tão bobinhas que foram algumas das perguntas feitas.

Coisas como "Você acha que mangá é a melhor forma de contar uma história?" é o tipo de coisa genérica que não consigo entender qual o ponto ou pra que serve. O que o cara iria responder? "Não"? E independente do que ele responder, meio que... E daí? Poxa, o cara veio ao Brasil! Mesmo que os entrevistadores não entendessem nada, se for pra fazer pergunta genérica, que façam perguntas genéricas que envolvam o público nacional.
Por exemplo, poderiam perguntar o que ele achou do país, como ele via o Brasil antes de vir aqui, se teve algo que o surpreendeu, se ele já conhecia alguma obra brasileira, etc. Coisas que poderiam criar uma conexão nossa com o autor, e que nunca vão perguntar pra ele se estiver na França ou na Inglaterra, por exemplo, mas que aqui teríamos a chance única de saber. Mas ao invés disso, fizeram perguntas como "Desenhar mangá te dá prazer?". É brincadeira, né?

Mas, felizmente, tivemos também algumas perguntinhas mais temáticas e acabamos vendo algumas curiosidades. Por exemplo, o autor comenta sobre o seu tão falado "jeito fofo", e que na juventude, ele não era assim. Também temos ele comentando sobre figuras folclóricas brasileiras, que acho que poderia ter sido algo mais elaborado e com mais opções, mas ainda assim foi bem melhor do que as perguntas genéricas. E ainda vemos que o autor se deu o trabalho de ver algumas palavrinhas em português, que ele solta ocasionalmente, pra dar aquela alegrada no público. Confira (A legenda é atrasada por causa da tradução simultânea):

Antes da entrevista colocaram ele para fazer algumas coisas interessantes que têm bastante conexão com o público nacional. No caso, foi expor ele a alguns filmes de terror brasileiro, como o clássico do Zé do Caixão, "À meia-noite levarei sua alma". E os comentários dele foram os seguintes:

À meia-noite levarei sua alma: “Nunca tinha visto horror brasileiro. É impressionante” e “Me deu vontade de assistir tudo”. E eu não acho que ele mentiu pra ser simpático, embora o Zé do Caixão seja frequentemente uma figura de meme, esse filme é maravilhoso e muita gente deixa passar.

O Cemitério das Almas Perdidas: “Aquele homem de olho e barba brancos… certamente alguém assim vai aparecer nos meus pesadelos”.

A Mata Negra: “Gostei muito e acho que é cada vez mais importante levar o horror brasileiro para o Japão. Acho que o terror brasileiro está cheio de criaturas encantadoras”.

Fora do tema "Brasil", perguntaram a ele se as suas obras eram todas no mesmo mundo, e sua resposta foi que “Essas histórias não nascem no mesmo universo, mas conforme os personagens vão evoluindo, vejo as semelhanças entre eles e decido se vale ou não colocá-los na mesma história”.
 
E aí, o que acharam? Dá muita vontade de consumir conteúdo do autor, né? Já viram a inteligência artificial Pika? Com ela, você escreve uma frase e ela vira um vídeo. E dá pra escolher a estética, como ser um anime. Aposto que ainda vamos ver muitas animações feitas por fãs saindo de lá. Atualmente, uma penca de mangás do autor lançadas em português, incluindo vários com brindes e até efeitos únicos de capa. Confira:

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Sobre Junji Ito

Junji Ito, um mestre do horror japonês, é aclamado por sua habilidade única de envolver os leitores em um mundo de terror, medo e suspense por meio de seus mangás. Sua obra é inconfundível, marcada por um estilo artístico meticuloso que mergulha profundamente no grotesco e no macabro. O fascínio que Ito exerce sobre seus leitores é intrigante, pois transcende a aversão natural ao horror, atraindo-os para suas histórias através de um visual que desafia a norma estética.

A Arte do Grotesco e do Horror Visual

Ito é um mestre em criar um mundo de horror que vai além do medo comum. Seus desenhos não são apenas assustadores, mas também apresentam uma estética visual hipnotizante e cuidadosamente detalhada. Ele incorpora imagens perturbadoras e surrealismo grotesco, gerando uma fascinação inquietante.

Seus traços meticulosos dão vida a criaturas indescritíveis, paisagens distorcidas e personagens que evocam um misto de repulsa e fascínio. Ele brinca com a anatomia humana de uma maneira que desafia a lógica e cria uma sensação de desconforto e horror visceral. As expressões faciais, os detalhes anatômicos e os cenários distorcidos são representados de maneira tão minuciosa que é difícil desviar o olhar, mesmo quando o conteúdo é desconcertante.

A Complexidade das Narrativas de Junji Ito

O fascínio pelas obras de Ito vai além da pura estética visual. Seus enredos são igualmente complexos e cativantes. Ele mergulha nas profundezas da psique humana, explorando temas como a fragilidade da existência, a natureza do medo e os horrores que residem dentro das mentes humanas. Suas histórias frequentemente evoluem de maneira imprevisível, criando um senso de inquietação constante no leitor.

Além disso, a maneira como Ito funde o sobrenatural com o cotidiano é notável. Ele constrói mundos onde o horror se infiltra na realidade comum, transformando situações corriqueiras em cenários assustadores. Essa habilidade de extrair o medo do familiar adiciona uma camada extra de profundidade às suas narrativas, atraindo ainda mais os leitores para suas histórias.

O Papel da Estética Grotesca na Atração de Público

O fascínio de Ito pelo grotesco e pelo perturbador não é apenas uma estratégia para chocar, mas sim uma ferramenta que o ajuda a transmitir suas histórias de maneira impactante. A estética grotesca serve como um ímã para os leitores, atraindo-os para um universo onde o medo, o estranho e o inexplicável se encontram. A experiência de ler suas obras não é apenas visual, mas também emocional e psicológica, criando uma atmosfera única que ressoa com os fãs do horror.

Além disso, a habilidade de Ito em desafiar as noções convencionais de beleza e normalidade visual adiciona uma camada de autenticidade a suas histórias. Ele não apenas busca chocar, mas sim explorar os limites do que é aceitável, confrontando o público com imagens que desafiam suas sensibilidades estéticas.

Junji Ito é um mestre na arte do horror visual e narrativo. Seu fascínio pelo grotesco transcende o simples medo, envolvendo os leitores em um mundo de horror único, perturbador e hipnotizante. Sua capacidade de criar uma estética tão poderosa e perturbadora é o que torna suas obras tão cativantes para um público amplo e continua a estabelecê-lo como um dos maiores artistas do gênero do horror em mangá.

Seus mangás desafiam as expectativas, exploram os recantos mais sombrios da mente humana e deixam uma impressão duradoura naqueles que se aventuram por seus mundos grotescos. O fascínio pelo visual arrepiante de Junji Ito é, sem dúvida, um testemunho de sua genialidade em mergulhar no desconhecido e no perturbador, desafiando as fronteiras do que é considerado esteticamente aceitável no mundo do horror.


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