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Observation | Jogo de ficção espacial extremamente intenso

Nossa, tá aí um joguinho que eu esperei com gosto, viu? Eu simplesmente adoro ficção espacial com suspense e terror. É de longe um dos meus gêneros favoritos, pois parece tender a histórias bem escritas, com elementos que tendem mais a se tornar reais do que Space Operas. Não é simplesmente um mistureba, usam coisas reais com mistérios do universo. Isso dá aquele toquezinho tão gostoso de "Nossa, essa coisa pode rolar...". E Observation me encantou assim que foi anunciado.


A história se passa e 2026 e apresenta uma missão na órbita da terra em uma estação espacial chamada de SAM, que é a combinação de vários módulos de vários países. No entanto algo acontece, e a Dra. Emma Fisher desperta sem saber cadê o resto da tripulação. Mas você não assume o controle dela, e sim da própria nave, que é também uma inteligência artificial.

Como falei, sou encantado por histórias do gênero. Parece que quem escreve tramas assim, sempre faz com tanto amor e usa elementos reais misturando com coisas que podem acontecer. No fim, acaba sendo algo que me confunde. Tem muitas coisas que não sei se existem ou se foram conceitos inventados no jogo e que cairiam muito bem no mundo real.

Por exemplo, a ideia de módulos feitos por nações diferentes e encaixados juntos, só que cada estação é chamada pelo nome de seu país e tem as fronteiras, inclusive com bandeirinhas. Parece algo tão incrível. Eu sei que muitas obras como The Cloverfield Paradox e Vida já mostraram grupos internacionais indo ao espaço. Assim como em 2006 teve a Missão Centenário que Brasil e Rússia foram juntas ao espaço. Porém sempre vi isso como algo que todos davam a grana, a nave era construída em um lugar e pronto. Mas aqui temos módulos e achei isso demais (Seja ou não real).

E o jogo em si, é cheio dos detalhes, simplesmente algo muito atmosférico. Se encaixa mais no suspense do que no terror, não é uma obra que procura dar sustos, e me lembrou um bocado a narrativa de SOMA, que também é um jogo de atmosfera pesadona onde dá pra sentir a tensão e parece que algo logo vai te assustar pesadamente, mas no geral se mantém nisso mesmo. Acaba sendo ótimo para quem ama histórias assim, mas tem medo.

Uma das coisas que ajudou a levantar demais a expectativa pra esse jogo foi o fato de que é dos mesmos criadores de Untold Stories, que é um jogo que me encantou porque a equipe provou que com simplicidade conseguiam criar uma atmosfera absurda. E no caso, tomar um susto com um jogo de texto foi um marco narrativo pra mim. Então imagina um jogo completamente 3D?

Pra falar a verdade me surpreendeu o 3D do jogo, pois eu pensei que você só ia controlar câmeras mesmo. Eu sei que Untold Stories tem partes 3D e você controla o personagem, mas passou muito a sensação de que como se trata de uma equipe indie, a grana era pouco e as habilidades dos caras, em relação a algo agitado, eram limitadas, portanto se concentraram mais na narrativa. Porém com certeza eles conseguiram dar um belo de um passo.
A verdade é que a jogabilidade pode ser um pouco complexa demais para alguns, pois os caras usaram de tudo e não é o tipo de jogo que segura na sua mão. Se você não estiver atento, pode ficar mais de uma hora tentando entender o que é pra fazer. Realmente quiseram simular que você é uma máquina, e assim tem uma série de protocolos, coordenadas, hacking, restaurações de arquivos danificados e mais.

Inicialmente a inteligência artificial SAM está danificada, e portanto perdeu um monte de utilidades e acessos. Assim tem uma cooperação entre ela e a Dra. Emma,que vaga pela nave fazendo coisas fisicamente e precisa da ajuda de SAM para certos acessos. Por exemplo, se uma sala estiver trancada, ela pede para SAM "entrar" lá e destravar.

E assim você usa câmera para observar certas coisas, enviar informações à Dra, e às vezes receber informações. É possível dar zoom e analisar arquivos de papel com códigos, ligar e desligar a eletricidade que ativa certas máquinas, hackear dispositivos, etc. Cada documento que você pega, contém informações que você pode usar em ambiente virtual para liberar certas coisas.

Aos poucos novos módulos vão sendo liberados e você tem acesso a outras áreas, mas nem sempre Emma está presente, e por isso SAM pode assumir o controle de esferas espalhadas pela estação, e quando for necessário, pode ir diretamente a lugares e ter acesso a determinados tipos de coisas que não podem ser feitas virtualmente. Inclusive às vezes você vai pra fora da estação para consertar certas coisas.

Os gráficos do jogo são lindos demais! Existe um toque retro na coisa que muitas vezes quando iniciava, eu sentia que estava olhando para um lugar real. O negócio, é que aplicaram um filtro semelhante a de vídeos antigos, dos anos 80. Isso faz com que a perda de qualidade aumente a sensação de realidade, dando um resultado muito maneiro.

Mas sem sombra de dúvidas, o que realmente acaba roubando a cena, é a narrativa. O jogo é muito tenso, e parece muito com a atmosfera de O Enigma do Horizonte, Alien 1 e O Enigma do Horizonte. Sem o gore de nenhum desses, mas com aquele climinha de história sólidas, pessoas com um jeito real de agir, tecnologia com sentido, e algo muito macabro acontecendo. As posições de câmera fazem dar um frio na barriga às vezes quando certas coisas são reveladas, é muito cinematográfico. E o jogo tem legendas em português, então todo mundo pode entender (Ao menos em partes haha).

Enfim, tá aí um baita de um jogão lindo e gostoso que foi um prazer imenso jogar. Varia muito de pessoa pra pessoa porque tem uns puzzles que alguns locais que podem ser resolvidos de primeira, ou a pessoa pode levar um bom tempo. Eu tive umas dez horas de jogo, mas sei bem que tem quem consiga em bem menos. O jogo é exclusivo da Epic Games e PS4, então acho que vale a pena ver se sites como a GMG não tem keys, pois às vezes o desconto sai bem melhor que comprando direto, dê uma conferida aqui.

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