Dare to Spread | Alimentar e hidratar Stalin enquanto invade os EUA é a proposta desse jogo

Vez ou outra posto no Blog Nerd Maldito algum jogo com uma visão diferenciada das coisas. E hoje vou falar sobre um jogo onde você não é os Estados Unidos metendo bala adoidado. Ao invés disso, dessa vez você assume o papel dos comunistas! Não é algo que nunca foi explorado antes, mas ainda assim é uma proposta que costuma aparecer em bem menor quantidade.

Dare to Spread é um jogo de estratégia de guerra que apresenta uma história alternativa onde os Estados Unidos estão divididos. Você assume o papel de Josef Stalin em pessoa em solo norte americano, tendo que usar toda a sua influência para conquistar as pessoas e dominar territórios através da guerra e investimentos em cada um desses estados.

Não é a primeira vez que apresentam propostas assim, mas é interessante ter mais opções. Por exemplo, já tivemos Homefront, que a Coreia do Norte invadiu os Estados Unidos e você precisa sobreviver dentro do país. Também tivemos Red Rush, em que você controla um país socialista que tenta sobreviver após a queda da União Soviética.

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Eu assumo que muito provavelmente eu não iria jogar esse jogo se a própria desenvolvedora, Pointless Interactive, não tivesse entrado em contato. Isso porque o visual não me encantou, e a jogabilidade não é muito clara através de imagens. Tanto que quando fui jogar, eu pensei que seria um jogo indie bem simples. Então foi um susto na hora que vi que tinha um certo nível de complexidade, já que eu entrei pra relaxar.

Felizmente o jogo não é tão complexo quanto imaginei ser na hora que vi. Pensei que seria um game do gênero 4X, o que me desesperou à primeira vista. Mas logo percebi que é algo mais simplificado, apesar de certas mecânicas um tanto bizarras presentes. O jogador deve controlar o comandante líder das forças armadas e mantê-lo vivo para continuar a guerra e vencer a batalha. Para isso, é necessário gerenciar o uso de alimentos e água, o que adiciona um elemento de sobrevivência ao jogo.

Então o que temos aqui, é algo que se um dia de cada vez, ou seja, é como se fosse em turnos... Tipo um jogo de tabuleiro. Você aperta o botão de passar o dia e ganha dinheiro baseado na quantidade de investimentos e terras que domina. Só que todos os outros estados também ganham dinheiro e ficam mais perigosos.

Cada estado que você controla tem um número de soldados. E os estados ao redor também têm números. Quando você move as tropas para outro estado, esses valores se subtraem e assim o que tiver mais, ganha, e o número que fica é o que sobrou. Por exemplo, se você tiver 100 e mover para um estado com 90, então vão te sobrar 10. Você pode aumentar a quantidade de tropas com dinheiro e é preciso mantê-las em um número maior que o dos estados vizinhos para não te invadirem ou eliminarem.

 

Também é preciso ficar de olho em cada estado de forma independente para ver como está a população. Você pode fazer investimentos nas mais variadas coisas. Quanto menos você investir, menor vai estar a satisfação popular e se eles se rebelarem de vez, você simplesmente perde o estado e aí vai ter que recuperá-lo de novo.

O jogo também conta com uma série de melhorias que podem ser adquiridas para facilitar sua vida. O mercado oferece a opção de adquirir gás venenoso, aviões, artilharia e unidades de paraquedistas para destruir as forças inimigas, o que aumenta a estratégia para alguns jogadores. O mesmo dinheiro usado pra adquirir tropas é usado para todo o resto. Isso te faz ter que escolher bem o que acha ser melhor.

Também está disponível a opção de ganhar pontos de diplomacia para aumentar as relações com outros países comunistas para obter ajuda financeira e militar. Isso pode adicionar uma camada de complexidade ao jogo, mas não chega a ser algo complicado. Basicamente em cada turno você pode escolher outro país para fazer parceria.

Está presente algumas opções morais, e você decide se quer ou não seguir um caminho criminosos, incluindo assassinatos de líderes rivais. No entanto, cada escolha tem reflexo na visão popular. Ou seja, se por acaso você decide sequestrar alguém, o seu apoio da população pode cair drasticamente, incluindo podendo te fazer perder estados revoltados.

Mas sem sombra de dúvidas a opção mais bizarra do jogo, é a de comprar comida e água. Eu não sei porque a desenvolvedora fez isso, já que o jogo não é tão complexo, mas colocaram esse detalhe que passa aquela sensação de "É tão complexo que você tem até que por comida e água fresca na boquinha do Stalin". Particularmente achei bem chata essa opção, já que faz parecer que você tá tendo que cuidar de um Tamagotchi.

Enfim, esse é um daqueles jogos para passar o tempo. Você pode se divertir bastante tentando assumir o controle de todos os estados e sempre vai ter um jogo diferente, já que a IA toma atitudes diferentes e assim tem vezes que você vai ter muita sorte e terá outras que você se lascará. Acredito que pode trazer muita diversão.

 

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