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A Plague Tale: Requiem | Enfrente a peste negra e uma legião de ratazanas

Não é surpresa pra ninguém daqui do Blog Nerd Maldito, que eu sou apaixonado por obras que utilizem o gênero Dark Fantasy. que apresenta uma era medieval que não é focada em histórias com magos, fadas e princesas, mas sim na parte horrível dessa época, mais especialmente pensando em como seria viver no período da peste negra. E assim, quando saiu A Plague Tale: Innocence, não tive dúvidas de que eu precisava testar e amei. Da mesma forma foi com a sequência Requiem, e agora chegou o momento da review!

A Asobo Studio é uma desenvolvedora francesa que teve uma saga discreta desde sua fundação em 2002, e mesmo tendo uma participação na criação de Quantum Break, da Remedy Entertainment, ela só foi brlhar mesmo em 2019, quando a Focus Home Interactive a colocou como desenvolvedora de A Plague: Tale, que nem ao menos era pra ter uma continuação, mas sim um jogo feito pra ser único. Porém o sucesso foi tão cabulosamente estrondoso, que não teve outra, foi encomendada uma sequência.
É claro que isso dá um certo medo, afinal de contas, um jogo com história fechada já não tem o que mexer, certo? Felizmente uma das maiores características dos jogos da Focus, é a alta capacidade de criar universos com boas histórias. Não é à toa, que ela fez uma parceria com a White Wolf para desenvolver obras no Mundo das Trevas, que é aquele mesmo universo do tão absurdamente aclamado RPG de Mesa Vampiro: A Máscara.

A história se passa pouco tempo após os acontecimentos do primeiro game, ocorrendo ao sul da França, após os eventos caóticos com a doença dominando parte do país e uma invasão gigantesca de ratos famintos capazes de atacar e matar humanos. Amicia e seu jovem irmão Hugo chegam a um novo lugar, onde prometem estudar o garoto e arrumar uma cura para sua condição. Mas é então que a bela cidade começa a ser atacada e a praga chega para seus habitantes.
Antes de tudo, tenho que assumir que me surpreendeu um pouco o fato da história não se passar anos depois. Eu jurava que era Amicia e Hugo já grande, pelas imagens. Mas não é ele, mas sim o jovem aprendiz de alquimista Hugo, que aparece no primeiro jogo também. E aqui, ele acaba sendo muito mais útil, já que é um rapaz mais velho e  pode te ajudar de maneiras que Hugo não conseguia, por ser um menininho e não ter força para certas ações.

O jogo é realmente algo no mesmo estilo do primeiro, onde você assume o papel de Amicia e precisa ajudar Hugo, inicialmente fazendo missões para a cura do irmão em um local onde está lotado de ratos e soldados que por algum motivo estão muito agressivos. Tudo sempre acompanhado de uma experiência narrativa, com os personagens conversando o tempo todo. Então não é aquele tipo de jogo morto, ele segue o padrão do anterior com uma história sempre acompanhada de diálogos, dando um toque cinematográfico constante.
Então temos aqui um jogo que conta como foco especialmente o gênero stealth com resolução de quebra-cabeças. Portanto você tem que atravessar furtivamente alguns ambiente com inimigos, que são tanto humanos quanto ratos, e também tem que passar por certos lugares onde você usa Lucas pra te ajudar e precisa usar sua funda (aquela mesma arma que Davi usou contra Golias pra atirar pedras) pra atirar em certos pontos e ir fazendo coisas como quebrar correntes.

Em relação aos quebra-cabeças presentes, assumo que achei eles um pouco mais difíceis que o primeiro jogo da franquia. Eles frequentemente estão relacionados a luz e sombra, visto que a legião de dados não gosta de luz, e assim se você tiver tochas, pode utilizá-las para andar por aí, mas também pode acender lugares para que os ratos fiquem afastados. Da mesma maneira, você pode usar a funda pra arremessar pedras nas tochas dos inimigos para apagá-las, fazendo com que sejam atacados.
Muitos truques envolvendo munição modificada também podem ser utilizados, indo desde pó capaz de apagar o fogo de uma área inteira, até piche para que depois você possa atear fogo em uma área, aproveitando a característica inflamável desse tipo de liquido. E assim, você vai observando os ambientes e vendo formas de passar por eles. Ficou muito boa a opção de passar de diferentes maneiras.

Mas tem alguns puzzles que estão relacionados a fazer determinadas coisas na hora certa. Como você pode dar ordens a Lucas, é possível colocar ele para fazer coisas como girar uma roda que abre um lugar para que você possa passar e então abrir pra ele. Da mesma forma tem muitos ambientes onde é preciso acertar e derrubar coisas, permitindo assim que certos objetos pendurados sejam alcançados.
Já em relação aos inimigos, a protagonista está dessa vez bem mais violenta quando entra em combates com humanos. Ainda é fácil morrer e o stealth é recomendado, não sendo algo como Assassin's Creed Valhalla ou algo do tipo, mas o personagem Lucas fica chocado quando ela mata soldados, e sempre pede para que não faça isso com outras pessoas. Normalmente as mortes são com pedras, mas você pode também dar facadas pra reagir a ataques. Sem sombra de dúvidas a coisa que mais se destaca é a presença de uma besta, que vai permitir eliminações muito mais agressivas, atirando diretamente nos inimigos, os eliminando na hora.

Porém o recomendado mesmo é agir pelas sombras, se esconder no mato, atrás de paredes e observar inimigos passarem, pra aproveitar o momento certo de se esgueirar por trás. Ainda sendo possível atirar objetos para fazer barulho em algum lugar e chamar a atenção dele, o que dá aquela ótima sensação de manipulação, no entanto existe limite de munição, que precisa ser encontrado pelo cenário.
Agora em relação às ratazanas, continuam sendo absurdamente letais. Elas basicamente são aquele tipo de ameaça em que se você tocar de forma prolongada, já era. Às vezes até que você encosta sem querer e recebe umas mordidas, mas muitas dessa vezes parece que vai dar pra passar e quando menos espera, sua personagem tá sendo engolida. Porém às vezes dá pra arriscar passar rapidinho.
 
Esses são inimigos que você deve evitar a todo custo, sempre mantendo uma tocha acessa ou ficando perto da iluminação. Também é possível distrair elas com carne, então se você chegar a um lugar como um açougue, onde tem carne pendurada, é possível usar a funda pra atirar nas correntes e derrubar a comida, atraindo uma legião pra lá.
Existe um pequeno sistema de upgrades onde você pode melhorar certos atributos de Amicia. Não é algo muito impressionante, mas guia a sua forma de jogar, sendo esses atributos, Prudência, Agressividade e Oportunismo. E assim vai desde você conhecer os pontos fracos dos inimigos, facilitando as eliminações, até poupar recursos.
 
A dublagem do jogo retornou com os dubladores de A Plague Tale: Innocence, como Amicia e Hugo, na real é meio surpreendente o Logan Hannan continuar com a voz de menininho, levando em consideração que criança muda tons de voz tão rapidamente. Já Lucas mudou de voz, mas ficou muito bom. No geral a dublagem tá bacana e em especial a Charlotte McBurney, que faz a Amicia, parece ter ficado bem mais à vontade. Ela tá super agressiva, mostrando muito bem a ira da personagem que perdeu a paciência com tanta coisa rolando.
Os gráficos do jogo estão maravilhosos! O primeiro já era muito lindo, e esse segue bem a linha. Joguei em live, então senti muito peso, infelizmente, mas mesmo com os gráficos no mínimo, o jogo ainda consegue ser muito tunado. Eu me peguei algumas vezes indo até certos pontos do cenário para dar uma olhada em determinados locais.

É notável que o jogo recebeu um investimento bem mais pesado e está bem mais robusto. Não é que tenha a grana de um The Last of Us ou mesmo Xenoblade Chronicles liberada, mas a Focus é especializada em jogos duplo A (Veja a diferença entre games Single A, Duplo A, Triplo A e Quádruplo A), e aqui, acho que foi a grana de um Triplo A liberada. Um dos maiores exemplos de comparação é Vampyr, também da Focus, que tem um gráfico lindo, mas NADA se mexe no jogo, parece uma cidade petrificada, diferente daqui, que é um ambiente muito vivo e que obviamente exigiu muito mais recursos.
E se você gosta de saber de detalhes em relação à duração, ao todo, A Plague Tale: Requiem é composto de 17 capítulos, mas a duração acaba variando. Alguns são mais curtinhos, outros bem longos, mas  também depende da sua habilidade em conseguir passar dos inimigos e resolver os puzzles presentes. Segundo o How Long to Beat, a média geral de  tempo que o povo levou pra zerar fazendo a campanha principal e pegando alguns extras (não todos, aleatoriamente), foi 19h 19m. Agora se você for correndo, ignorando tudo, zera em 17 horas, mas se quiser pegar tudo e liberar o Troféu Platina no PS5, aumenta pra 27 horas.
 
A data de lançamento de "A Plague Tale: Requiem" foi em 17 de outubro de 2022 para Sony PlayStation 5, Microsoft Xbox Series X, Microsoft Xbox Series S, Nintendo Switch, Microsoft Windows, Xbox Cloud Gaming (Que está incluso no Xbox Game Pass Ultimate). Consoles mais antigos como Xbox One e Playstation 4 ficaram de fora, apesar da versão de Switch rodar em nuvem, ou seja... O PS4 poderia ter conseguido também, já que o XONE tem acesso ao xCloud. 
As notas tanto no Metacritic, quanto no OpenCritic ficaram acima de 80%, além de notas "Muito Positivas" na Steam, indicando que quem tem um computador pessoal, gostou bastante, apesar de eu ter achado o jogo bem pesadinho. Tenho os requisitos mínimos, mas suei pra jogar em live, com baixíssimos quadros por segundo, e embora a NVIDIA Geforce GTX 1060 tenha carregado bastante, suei com meu processador i5 6400 (Que é acima dos requisitos mínimos, mas com live é outra coisa). Sendo assim, se você estiver esperando rodar abaixo dos requerimentos mínimos, saiba que esse não é daqueles jogos que fazem milagres igual a Doom Eternal.

Enfim, apesar de ficar longe de sagas como Resident Evil, esse é um título que mostrou bem a beleza de uma franquia em ascensão, ficando distante também de jogos duplo A como Scorn. Não é à toa que rivalizou com Elden Ring e God of War Ragnarok no The Game Awards 2022. Caso queira comprar jogos baratinhos, recomendo sempre dar uma olhadinha no preços das keys da Steam (e outras lojas) à venda na GMG, muitas vezes os preços deles estão bem abaixo do normal, e comprando keys lá, você acumula XP, que gera várias vantagens como descontos extras nas próximas compras e até jogos grátis! Dê uma conferida aqui.

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