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Elden: Path of the Forgotten | Um mundo medieval lovecraftiano

Em meio a inúmeras histórias lovecraftianas, às vezes é fácil esquecer que o horror cósmico não se resume a tramas que se passam nos anos 20 e 30. Na verdade pode se encaixar em qualquer universo, já que o foco é realmente algo além da compreensão e não preso à nossa realidade. E em "Elden: Path of the Forgotten" temos um gostinho disso.

Você é Elden, um rapaz que vive em uma cabana com a mãe, no entanto ela costuma ler e se envolver com conhecimentos antigos. Certa noite, em meio aos estudos, um ritual abre um portal e a leva para algum lugar. Agora você vaga por antigas fortalezas, desertos e florestas em meio a seres misteriosos para tentar descobrir algo que a traga de volta.

Esse é um jogo que carrega cabulosamente a essência de uma obra indie. Isso porque ele tem uma apresentação simplória e muitos dos elementos presentes são direto ao ponto e que você entende mais pela essência da coisa e conhecimento de outros jogos. É aquele tipo de jogo que você acha simpático pelo visual, tem um mundo desafiador e não te ensina ou explica nada. A narrativa é sem explicação, a língua que aparece no jogo é em uma escrita misteriosa.

Então o que temos aqui é você iniciando na cabana e saindo dela, então andando pelo mundo. Não há guia algum e nem explicação dos comandos. No máximo quando você encontra algo de um poder novo, aparece o botão de usar ele, agora um tutorial não. Você vai deduzindo e o mesmo acontece com itens. Você não sabe pra que servem e não há um tutorial, é preciso usá-los para entender.

Apesar de facilmente se associar esse jogo a um Soulslike, ele apenas é difícil, mas não se encaixa nesse gênero e nem ao menos chega a ser um Roguelike. É apenas um jogo difícil à moda antiga mesmo. Você chega a certos símbolos de pedra no chão e se ficar tempo o suficiente, destrava um checkpoint. E se morrer, recomeça dali, até chega ao chefe do ambiente e passar para a próxima área que também deve ser explorada.

É preciso andar em busca de inimigos, abrir portões para facilitar acessos e coletar itens e magias. Às vezes você encontra NPC's que podem te dar alguma vantagem, como te curar. No geral eles tem um clima tristonho e falam a língua estranha ou simplesmente não falam nada. Lembra a atmosfera de Dark Souls nesse quesito.

Aliás, em relação ao elemento lovecraftiano da coisa. Apesar da própria descrição colocar essa temática, ter personagens como um Cthulhu do deserto, rolar os rituais macabros e ter abominações e o próprio nome do protagonista, que é algo bem lovecraftiano, tipo Elder Sign e Eldritch. A atmosfera não é pesada e esses são elementos poderiam ser mais concentrados. Não é como Darkwood, por exemplo.

Por outro lado, não dá pra desmerecer o jogo por não ser pesado, afinal de contas já vimos muitas propostas lovecraftianas que chegam até mesmo engraçadas, como Army of Tentacles ou Pokéthulhu. Talvez o jogo peque em prometer muito algo lovecraftiano, enquanto outras obras que variam, deixam claro sobre essa variação. Mas acho que se abrir a mente, cai bem. É um universo que se encaixaria perfeitamente à ambientação de Dark Fantasy, mas que acaba ficando muito amistoso por s eu visual pixelizado simpático, sua jogabilidade simples e alguns inimigos chegando a ser fofos.

Quanto à jogabilidade, acho que o problema dela é aquela falta de sensação de impacto e precisão. Você ataca os inimigos, mas não sente muita precisão se está alinhado com o local onde ele está, já que só existem as posições cima, baixo, esquerda e direita, nada de diagonal (e isso é meio incômodo) e a distância certa para acertá-lo (o que é chato, mas dá pra relevar e levar como parte da dificuldade).

Agora se você se jogar completamente, certamente vai gostar bastante da proposta simples. Existe um inventário rápido. Joguei inicialmente com mouse e teclado e não gostei, achei bem horrível, com controle melhorou um pouco. Os direcionais digitais mudam os itens de usar e armas, enquanto você controla pelo analógico esquerdo e mira pelo direito. Existe estamina que é usado pra correr, rolar e atacar. Você também destrava algumas magias que usam mana. O jogo é simples assim e somado ao seu visual simpático, mas grande dificuldade, pode ser viciante.

Visualmente é maravilhoso! Esse toque pixelizado dele é fantástico demais, cheio de detalhes por todo o cenário e apesar de tudo é usado de uma maneira simples, sem ser poluída. É com certeza um daqueles jogos que encantam inicialmente por seu visual peculiar e depois a pessoa vê se gosta da jogabilidade ou não.

Enfim, não digo que é um jogo pra todo mundo, mas pode ser algo  bem viciante e um ótimo passatempo, depende mesmo da pessoa. Se você não procura uma mecânica inovadora, mas apenas algo bonito e com jogabilidade simples, porém desafiadora, esse aqui é todo seu. Recomendo sempre dar uma olhadinha no preço dele na Greenman Gaming antes de comprar na loja direta, algumas vezes os preços deles estão bem abaixo do normal, e sempre lembre de olhar os cupons de desconto que eles espalham pelo site, que deixa a coisa mais barata ainda, dê uma conferida aqui.

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