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The Council | Seja membro de uma sociedade secreta

Todo mundo cresce ouvindo falar sobre Sociedades Secretas, grupo como os Illuminati e os Gnomos de Zurique deixam pessoas encantadas e apavoradas ao mesmo tempo. Naturalmente a cultura pop não perdoa e assim vemos filmes como Anjos e Demônios, jogos como The Last Door e outras coisas esquisitas como I, Pet Goat II. E hoje irei falar exatamente sobre uma obra que te coloca na pele de um dos membros de uma dessas ordens, o elegante The Council.




A história se passa no ano de 1793 , e você assume o papel de Louis de Richet, membro de uma sociedade secreta que recebe um convite para ir a uma ilha misteriosa onde outros membros irão se encontrar. No entanto o seu principal objetivo é descobrir o que aconteceu com sua mãe, que foi até o lugar, mas simplesmente desapareceu e ninguém parece entender o motivo.

Esse é daqueles jogos elegantes, que remonta uma época antiga com um clima macabro, algo carregado de ocultismo que faz pensar em sociedades secretas que realmente existiram, como a Ordem Hermética da Aurora Dourada. Então existe aquele climinha natural de mistério sobre o envolvimento de membros com o além, mas também algo político e uma manipulação enorme.

A princípio a jogabilidade pode fazer a maioria dos jogadores lembrar dos jogos da Telltale Games como The Wolf Among Us, Minecraft: Story Mode e Game of Thrones. Então é aquela coisa entre um jogo com foco na história, cheio de cutscenes e que é apresentado de forma episódica. Por outro lado o ambiente não é limitado às cenas em que a ação está acontecendo. Nesse existe uma liberdade maior de exploração, você pode ir e vir nos lugares.

Mas apesar dos detalhes da narrativa e forma de apresentação, acho que é mais fácil comparar com os jogos do Sherlock Holmes como Crimes & Punishment e The Awakened. Digo isso porque você realmente vê aquele ambiente grande para ir e vir, tem lugares para decorar e detalhes para observar. No fim das contas é preciso começar a lembrar de detalhes, pois o jogo não se limita a quick time events.

Então basicamente o jogo pega a premissa dos point and clicks clássicos e dá uma tunada onde ao invés de você ter que clicar em portas para sair delas, é realmente um jogo em que você anda por aí com uma câmera que pode mover à vontade e é preciso se posicionar na frente da porta e abri-la. Dessa forma você pode vagar pela mansão.

Apesar de tudo, colocaram limitações dependendo do que você está fazendo no momento, para uns isso pode ser ótimo e para outros pode ser irritante. Essas limitações acontecem quando você está em uma missão e assim a mansão não fica completamente aberta. Por exemplo se procura algo em seu quarto que vai fazer rolar um evento, você não vai poder sair do quarto. Existe um momento em que você tem que ir até a sala de jantar e se anda demais para um outro lado, o personagem se vira e fala "Não é por aqui".

Ou seja, é aberto, mas você acaba sendo limitado, é bom não se perder, mas dá aquela sensação de estar amarrado que pode desagradar alguns. Existem sim momentos em que você se vê em uma área bem maior para poder vagar, mas não é a qualquer momento, portanto é preciso aproveitar bem para fazer tudo o que quer logo.

Algo muito legal no jogo é o clima de paranoia, o medo de contar coisas erradas para a pessoa errada. Se alguém te perguntar algo você pode dizer, mentir, enrolar. Dependendo das habilidades que voce desenvolver para o seu personagem, ele terá novas respostas e pode gastar pontos de ação para fazer certas coisas como arrombar fechaduras ou fazer uma mentira cabulosa.

É muito legal ver que dependendo da situação você pode perder oportunidades, e também é possível ver certas coisas de pontos de vista diferentes. Por exemplo tem uma carta que li e usando o ponto de vista ocultista, ele olhou a coisa como um ritual de exorcismo, mas olhando do ponto de vista lógico, olhou como uma descrição sobre epilepsia.

Dependendo dessas habilidades você também pode ou não saber o que certas coisas são e existe uma parada que o jogo dá de vez em quando e você tem alguns segundos para olhar a cena, e colocar o mouse em cima de coisas que possam ter a ver com o que acabou de acontecer. Se você posicionar o mouse sobre algo relevante, pode encaixar as peças e descobrir algo novo.

Por exemplo, cada personagem tem pontos fortes e vulnerabilidades. Em um certo ponto um personagem conversou com outro e após a conversa, deu essa pausa e eu observei uma lágrima discreta no olho, o que fez com que eu descobrisse que aquele tema era delicado e assim notei uma vulnerabilidade que poderia usar em assuntos futuros.

Da mesma forma os personagens tem pontos fortes, e apelar para certas coisas pode simplesmente não ter efeito algum. Como o jogo é contínuo, você tem que ser rápido nas escolhas, pois uma oportunidade perdida pode ser permanente, e os personagens se lembram bem de certas coisas que você fez, o que pode dificultar tudo no futuro.

O jogo também tem itens, alguns para usar em locais pré-determinados, outros para recuperar pontos de ação ou efeitos negativos que você possa estar sofrendo por ter feito algo que não devia, como por exemplo certa vez que achei o remédio de uma personagem e tinha a opção de provar, fiz isso e meu personagem ficou com um efeito negativo.

Graficamente o jogo é maravilhoso, infelizmente notei uma certa queda de FPS, parece que fizeram um ambiente grande demais e isso acabou pesando no final das contas. Mas no geral os efeitos são incríveis, assim como o horizonte, as expressões dos personagens, é tudo muito bem detalhado e dá um charme bem próprio.

Enfim, The Council é um ótimo jogo para o público certo. Se você é do tipo que gosta de história e sabe inglês ou uma das línguas suportadas, certamente vai se apaixonar pela forma que a coisa é conduzida. Agora se você não domina nenhuma das línguas aí a coisa já começa a complicar um pouco, então pense bem.

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