Um novo relatório da Shonen Jump, amplamente repercutido por veículos internacionais como Screen Rant e IGN, aponta para uma queda livre contínua nas vendas do mangá "Boruto: Naruto Next Generations", não agora, mas desde o seu lançamento em 2016. A sequência da popular obra de Masashi Kishimoto tem enfrentado desafios para manter o interesse do público, especialmente no formato físico.
Segundo dados da Oricon, o volume #5 de Boruto: Two Blue Vortex vendeu 10.301 cópias na semana de 14 a 20 de julho de 2025, totalizando 76.566 cópias em três semanas. Embora esse número ainda seja expressivo, representa uma leve queda em relação aos volumes anteriores — como o primeiro volume de Two Blue Vortex, que vendeu cerca de 79.932 cópias no mesmo período. Essa performance coloca o mangá de Boruto entre os de menor vendagem física no Japão. A diferença de pouco mais de 3 mil cópias pode parecer pequena, mas no mercado japonês de mangás físicos, ela indica uma tendência de desaceleração. Desde 2016, Boruto vem perdendo força nas bancas, e esse volume marca o pior desempenho físico da franquia até agora.
Embora Masashi Kishimoto, o criador de Naruto, esteja envolvido na obra, a responsabilidade principal pela trama recai sobre seu assistente, Mikio Ikemoto. Muitos fãs da obra original de Naruto têm abandonado "Boruto", citando uma narrativa que consideram fraca ou que ainda não encontrou seu rumo. A queda nas vendas físicas tem levado a especulações sobre um possível cancelamento da obra, o que seria um golpe para a franquia Naruto.
No entanto, nem tudo são notícias ruins para Boruto. Apesar da baixa performance nas vendas físicas, o mangá mantém uma forte presença no ambiente digital. Na plataforma Manga Plus, "Boruto: Two Blue Vortex" figura na 3ª posição entre os mangás mais lidos, ficando atrás apenas de gigantes como "One Piece" e "Chainsaw Man". Isso sugere que, embora o público japonês possa estar menos interessado em adquirir cópias físicas, a leitura digital ainda é um ponto forte para a série, especialmente entre os fãs internacionais. A discrepância entre as vendas físicas e a leitura digital levanta questões sobre as mudanças nos hábitos de consumo de mangás e a importância crescente das plataformas digitais.
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