Visual de Return to Silent Hill vira chacota entre fãs e é comparado a cosplayers

 

Atualização: A Konami entrou em contato, afirmando que o trailer não deveria ter sido lançado, por isso removi as imagens do post. Da mesma forma ela removeu toda a informação de suas redes. Também não é possível mais assistir o trailer, que foi tornado privado no Youtube, sendo possível assistir apenas o "Behind the scenes" que está ali embaixo e dá pra ver algumas cenas rápidas. Isso pode indicar que talvez haja um novo tratamento.

 

Quando você mergulha em obras como O Livro da Psicologia, percebe que isso abre portas para histórias fenomenais. E o terror se torna extremamente elegante quando foge de meros jumpscares e decide tocar a alma. É o tipo de horror apresentado em obras como Twin Peaks e O Iluminado. E no mundo dos games, Silent Hill se destacou bastante. Porém, mostrou também que é preciso uma extrema delicadeza par se fazer uma obra do tipo, e às vezes não conseguiu agradar a todos.

Não existe dúvidas de que Silent Hill 2 é um dos mais amados da franquia, sendo considerado um dos melhores jogos de terror de todos os tempos. E a Konami deixou o jogo esquecido por muito tempo, mas quando resolveu abocanhar essa fatia, atirou para todos os lados, com coisas que vão desde os esquisitos extras de Silent Hill 2 Remake, até o filme Return to Silent Hill, que adapta o segundo jogo.

Logicamente, quando foi anunciado, o filme empolgou os fãs. Especialmente porque muitos deles gostaram do trabalho do diretor Christophe Gan em 2006, onde fez a primeira adaptação da franquia. Obviamente, quase duas décadas depois, acabaram mudando certas coisas, como o visual do Pyramid Head. Mas, quando finalmente revelaram o visual geral, a coisa deu um baita falatório, virando alvo de chacota de alguns fãs.

 

Se um dos pontos mais fortes do primeiro filme é o visual que se destaca de forma absurda e mostra uma delicadeza enorme do diretor de fotografia, muitos gamers não acharam tão impressionante o estilo adotado no terceiro filme da saga. O resultado foram várias pessoas falando que parecia um filme feito por fã e que os personagens estavam com caras de cosplayers, apontando coisas como a Maria usar uma peruca claramente barata e o ator de James Sunderland não ter sido tão bem aceito por todos.

Apesar de tudo, é notável que o filme se esforçou bastante pra pegar o que é apresentado no jogo e reapresentar em formato cinematográfico. Você vê isso por cenários muito semelhantes aos originais, cenas refeitas com os atores imitando exatamente o que os personagens dos jogos fazem, e até ângulos de câmera iguais ao do game da Konami, a trilha sonora do Akira Yamaoka, que marcou tanto a saga. entre outras coisas. Confira:

 

E aí, o que achou? É do seu agrado? Ou passaria? Ainda no clima de adaptações, confira também Pacificador fazendo uma chacina no anime de Esquadrão Suicida. Mas se prefere se manter no terror, confira o livro do Stephen King que inspirou Half-Life. E se você é do tipo que não gosta de andar sozinho, confira como STALKER se tornou um dos games coop mais amados de PC.

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Sobre Silent Hill

 

Silent Hill é uma série de jogos de terror psicológico que conseguiu criar um universo sombrio e complexo, cheio de mistérios e horrores que mexem com a mente dos jogadores. Desde o seu lançamento em 1999, o primeiro jogo da série já mostrava que não seria apenas mais um jogo de sustos baratos. Em vez disso, Silent Hill oferece uma experiência profunda e perturbadora, explorando temas como traumas, culpa e arrependimento. A atmosfera densa e opressiva da cidade de Silent Hill é um personagem por si só, com sua névoa constante, ruas desertas e uma sensação de isolamento que aumenta a tensão a cada passo.

Os personagens de Silent Hill são igualmente complexos e bem desenvolvidos. Harry Mason, o protagonista do primeiro jogo, é um pai desesperado à procura de sua filha adotiva, Cheryl, que desapareceu misteriosamente na cidade. Sua busca é cheia de perigos e encontros com criaturas grotescas que parecem saídas de pesadelos. Além disso, Harry descobre que Silent Hill é mais do que apenas uma cidade assombrada; é um reflexo dos medos e traumas das pessoas que entram nela. A cada descoberta, Harry se aprofunda mais em um labirinto psicológico, onde a realidade e a ilusão se misturam de forma assustadora.

Outro personagem inesquecível é James Sunderland, protagonista de Silent Hill 2. James recebe uma carta de sua esposa falecida, Mary, pedindo que ele vá a Silent Hill, onde eles passaram momentos felizes. A partir daí, o jogo se transforma em uma jornada introspectiva, onde James confronta a verdade sobre a morte de Mary e seus próprios demônios internos. Os monstros que ele encontra, como o icônico Pyramid Head, são manifestações de sua culpa e desejo de punição. Silent Hill 2 é frequentemente considerado o ponto alto da série, graças à sua narrativa profunda e personagens multidimensionais que exploram a psique humana de forma brilhante.

Silent Hill 3 traz Heather Mason, a filha de Harry, como protagonista. Este jogo conecta diretamente com os eventos do primeiro, revelando segredos sombrios sobre a origem de Heather e sua ligação com a cidade. Heather é uma personagem forte e resiliente, mas também vulnerável, enfrentando horrores inimagináveis enquanto tenta escapar do destino que Silent Hill reserva para ela. O jogo mantém a atmosfera aterrorizante da série, com cenários perturbadores e inimigos que refletem os medos e ansiedades de Heather.

A série também apresenta uma variedade de personagens secundários que enriquecem a trama. Lisa Garland, a enfermeira do primeiro jogo, é uma figura trágica presa em um ciclo de sofrimento eterno. Angela Orosco, de Silent Hill 2, é uma jovem mulher que sofre abusos e busca um fim para sua dor. Esses personagens não são apenas obstáculos para os protagonistas, mas sim peças essenciais no quebra-cabeça complexo que é Silent Hill. Eles trazem profundidade e humanidade à história, tornando cada encontro significativo e emocionalmente carregado.

Silent Hill não seria o mesmo sem suas criaturas icônicas. Os monstros são representações físicas dos medos e culpas dos personagens. Pyramid Head, com sua presença ameaçadora e simbolismo de punição, tornou-se um símbolo da série. As enfermeiras monstruosas, com seus movimentos erráticos e aparência distorcida, representam o medo da enfermidade e da perda de controle. Cada criatura é projetada para causar desconforto e repulsa, mas também para fazer o jogador refletir sobre seu significado mais profundo.

Silent Hill é uma obra-prima do terror psicológico, com um universo rico e detalhado que continua a fascinar e assustar jogadores ao redor do mundo. Seus personagens complexos e histórias envolventes são um testemunho da habilidade dos desenvolvedores em criar narrativas que vão além do simples susto, explorando as profundezas da mente humana. Cada jogo é uma viagem única ao coração das trevas, onde os verdadeiros monstros são os que carregamos dentro de nós.