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Gord | Simulador de colônias em reino de fantasia sombria com folclore eslavo

Universos de fantasia sombria têm um charme natural que encanta as pessoas. O fato de tanta gente ter enlouquecido com a edição de colecionador do volume 41 de Berserk, só mostra o quanto é naturalmente atraente a ideia de reinos do tipo. No entanto, é fácil ver essas obras terem influência de culturas que já foram usadas e abusadas. O resultado é que quando uma cultura diferenciada é usada, acaba se tendo obras únicas. Até mesmo no Brasil é possível ver isso com Despacho, que foca no horror e cultura nacional. E se você é do tipo que fica maravilhado ao ver coisas como o Box Mitológico Eslavo, se prepara, pois é exatamente esse o foco de Gord!
 
A história apresenta um continente onde a região chamada de Calanthia é dominada por um ambicioso rei, que quer dominar Lisatia, a região norte do continente. E pra isso manda um grupo, ordenando que dominem as terras selvagens, criem um assentamento e tornem o lugar habitável. No entanto, é uma terra cheia de povos selvagens e também de seres que estão além da compreensão, sendo fácil perder a sanidade.
Esse é um jogo que eu fui experimentar sem saber muito sobre. Sabia apenas que foi desenvolvido pela Convenant Studios, que tem como destaque o fato de que foi fundado pelo Stan Just, produtor de The Witcher 3. Além disso a proposta de mitologia eslava me atraiu, porém em relação ao gameplay, eu não me aprofundei, imaginando ser um RPG ou algo assim.
 
Acabou sendo uma experiência realmente muito diferente do que eu imaginava. Trata-se de um simulador de construção de comunidade, mas que se passa em fases. Ou seja, não é como se você fosse criar uma cidade gigante e ir até o fim com ela. Aqui você precisa criar um assentamento até um certo ponto e depois avançar. De certa forma me lembrou games como Stronghold e o tão amado Pharaoh. Mas sem ser em uma proporção de cidade ou fortaleza, sendo algo mais compacto.
Por outro lado, enquanto o ambiente a ser criado é menor, você tem um elemento RPG muitíssimo forte, podendo assumir diretamente o controle dos personagens e os mandar para aventuras através da floresta. No quesito atmosfera, acabou me lembrando o tenebroso Darkwood, ou mesmo o nosso tão amado Dredge. Isso porque tem aquela forte sensação de mergulhar na escuridão em busca de oportunidades, mas sabendo que entidades poderosas estão lá fora.

Primeiro você tem que achar um lugar pra começar a montar as instalações. Depois disso, as coloca na medida em que precisa de coisas. E vão desde coisas básicas, como um local para tratar madeira coletada, até coisas mais específicas para certos momentos, como uma torre com personagens com uma tocha para sair em expedições.
Ao construir um prédio, você pode mandar um dos aldeões ir até ele para pegar aquela profissão e ficar especializado naquilo. Apesar de todo mundo poder fazer qualquer coisa, você precisa ficar atento que cada personagem tem suas aptidões próprias, e assim podem ser melhores em certas coisas. Também é necessário saber que eles não podem fazer algo sem entrar na construção focada naquilo. Ou seja, se você estiver no meio da floresta e achar algo que exige um coletor e seus personagens são todos lenhadores, que pena! Só lutar que todo mundo pode, mas o guerreiro tem bônus em fazer isso.

Uma mecânica interessante é que, diferente da maioria dos jogos onde tem crianças, elas não são completamente inúteis. Ou seja, não são como no maravilhoso Timberborn, onde as simpáticas crianças-castores só brincam. Aqui, você pode pegar uma criança e mandar ela ajudar um adulto e ganhar habilidades naquilo, ficando um profissional melhor quando crescer. E isso é especialmente importante porque além de morrerem assassinados, os personagens também morrem de velhice.
Como o seu objetivo é fazer uma expedição por essas terras, os assentamentos são temporários. E assim são as fases. Cada vez que você cumpre os objetivos de um mapa, passa para o próximo. Sempre é preciso construir uma base nova, escolher as construções que interessam e explorar o local. Você também sofrerá ataques.

Além dos selvagens, existem os "Horrores", seres ancestrais caprichosos que você pode fazer acordos ou simplesmente tentar desafiá-los. Eles são extremamente poderosos, sendo assim, se você decidir enfrentá-los, é melhor se preparar para pagar um peso altíssimo em vidas, pois o Horror provavelmente vai matar muita gente. Agora se a escolha for fazer um acordo, o preço também é muito alto. O primeiro Horror, por exemplo, pede pra você sacrificar uma criança. Se você não conseguir cumprir o que foi acordado, eles vão tacar uma praga no seu povo e você sentirá o caos.
De certa forma esse jogo me lembra o universo de Age of Darkness com as mecânicas de escuridão. E aqui você tem que se preocupar com a sanidade dos seus personagens. Ao mandá-los para a floresta, você pode enviar alguém com uma tocha ou a sanidade vai começar a cair. Ao chegar a zero ele vai surtar. Também tem a fé, que é ganha com templos e te permite usar algumas magias. Essa escuridão dá uma agonia e adiciona elementos de terror.

Por falar em elementos, tem muito RPG presente e você vai ter coisas como encontros aleatórios onde precisará tomar decisões, assim como poderá achar personagens dispostos a fornecer informações para você melhorar algo que já tem. O jogo ainda conta com o "Livro das Crônicas", que apresentam pequenas histórias sobre esse universo e se você fala inglês, são dubladas e é bem agradável.
E por falar em "falar inglês", eu achei uma pena que a desenvolvedora simplesmente não colocou legendas em português! Tem dois tipos de espanhol, incluindo o da América Latina, o que me faz pensar que eles acham que falamos espanhol aqui. Mas o jogo é distribuído pela Team17, que conhece bem o nosso mercado e distribuiu jogos como Blasphemous 2 e Marauders aqui, que contam com legendas em português. Sendo assim, acho que deve ter sido confusão da desenvolvedora mesmo.

Graficamente o jogo tem um charme próprio! Enquanto existem obras como o cooperativo Crime Boss: Rockay City, com seu ambiente psicodélico e o brasileiro Pocket Bravery com seu charme em pixel art, Gord segue um visual bem obscuro e bonito. Você certamente vai sentir a pressão da densidade que é entrar na mata, com criaturas se escondendo nas trevas e aparecendo do nada. Tochas definitivamente fazem toda a diferença. E as cutscenes mostram os visuais dos personagens de forma muito detalhada. Inclusive a dublagem cai muitíssimo bem, com personagens super bem escritos.
Enfim, o jogo é cheio de outras pequenas mecânicas, mas no geral é essa a essência. Você deve criar uma colônia, mandar trabalhadores pra explorar, coletar recursos, crescer e lutar. É um jogo que me agradou. Achei ele bem atmosférico e acho que pode gerar uma experiência bastante gostosa especialmente pra quem gosta de administração. Recomendo!

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O Horror na Mitologia Eslava: Os Medos nas Eras Antigas

A mitologia eslava é rica e complexa, repleta de deuses, criaturas misteriosas e lendas que se desenvolveram ao longo de séculos na vasta região da Europa Oriental. Embora muitas dessas histórias sejam fascinantes e enriquecedoras, muitas delas também evocam um sentimento de horror profundo, algo que as pessoas das eras mais antigas da Europa Oriental certamente sentiam quando se aventuravam nas florestas sombrias e misteriosas que cobriam grande parte de suas terras.

O Medo das Criaturas Sombrias

Uma das figuras mais temidas na mitologia eslava é Baba Yaga, uma bruxa grotesca que vive em uma cabana que se move sobre patas de galinha. Ela é uma figura enigmática e assustadora, frequentemente retratada como uma velha de nariz adunco e dentes afiados. Baba Yaga é conhecida por devorar os incautos que se aventuram em sua presença. Seus métodos cruéis e suas características grotescas tornam-na uma personagem de pesadelos, frequentemente usada para assustar crianças.

Além de Baba Yaga, as lendas eslavas também estão repletas de outros seres sinistros. Os Leshy, por exemplo, são espíritos da floresta que adoram confundir e perder viajantes em suas terras, deixando-os perdidos e desorientados. Os Domovoi são espíritos domésticos que, quando desrespeitados, podem causar todo tipo de problemas na casa, desde coisas quebradas até doenças misteriosas. Essas figuras sombrias e seus comportamentos imprevisíveis contribuíram para o medo generalizado das pessoas nas eras mais antigas.

O Mistério das Florestas Eslavas

As florestas da Europa Oriental eram vastas e densas, e para as pessoas que viviam nas áreas rurais, elas eram um local de trabalho e, ao mesmo tempo, uma fonte de mistério e medo. Muitos eventos inexplicáveis ocorriam nas profundezas das florestas, como o desaparecimento de pessoas, o surgimento de animais estranhos e sons sinistros durante a noite. Esses acontecimentos misteriosos só aumentavam o medo que as pessoas tinham do desconhecido.

A escuridão densa das florestas era particularmente assustadora. À noite, com apenas a luz da lua para guiar o caminho, qualquer som poderia ser uma ameaça em potencial. Os uivos de lobos, os sussurros do vento nas árvores e o farfalhar de folhas secas eram suficientes para fazer o coração de qualquer pessoa acelerar.

A Relação com a Natureza e a Sobrevivência

O medo do desconhecido na mitologia eslava não era apenas um mero capricho. Para as pessoas que viviam nessas regiões, a sobrevivência muitas vezes dependia de seu conhecimento da natureza e de sua capacidade de lidar com os desafios que ela apresentava. As histórias de criaturas e espíritos sinistros eram uma forma de transmitir conhecimento e reforçar as normas sociais. Respeitar a natureza e suas criaturas era crucial para evitar conflitos e perigos desnecessários.

A mitologia eslava é rica em elementos de horror, com suas criaturas sinistras e lendas misteriosas que ecoam os medos das pessoas que viveram nas eras antigas. As florestas sombrias e densas da Europa Oriental eram repletas de mistérios e perigos, alimentando a imaginação das pessoas e contribuindo para a criação de histórias que perduram até hoje. Embora esses medos tenham se dissipado com o tempo, a mitologia eslava continua a nos lembrar do poder do desconhecido e da importância de respeitar a natureza que nos cerca.

 

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