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Serial Cleaners | Se livre de evidências de crimes através da década de 90

Não dá pra negar que o primeiro jogo de Serial Cleaner tem um charme muito único, apresentando uma proposta completamente inusitada. A ideia de ser um faxineiro profissional da máfia era bem incrível, afinal de contas nem todo mundo é o maluco com uma pistolinha, né? E alguém tem que fazer os outros serviços. Porém eu não imaginava o quanto ia amar a sua sequência e agora chegou a hora de analisar Serial Cleaners!

Dessa vez a história é ambientada nos anos 90, ao longo de toda a década. No entanto, a "história principal" acontece na véspera de ano novo de 1999, com quatro criminosos faxineiros profissionais se encontrando para relembrar os velhos tempos e compartilhar com os colegas de profissão as suas façanhas e maus bocados que passaram através dos anos.
Tenho que dizer logo que amei muito essa ambientação de uma forma que até mesmo eu me surpreendi. Quero dizer, eu gosto sim bastante de obras ambientadas durante a década de 90, mas isso tem de montão né? Porém aqui foi mostrado algo que acabou realmente fazendo eu sentir um clima atmosférico fantástico e talvez isso tenha a ver com a atmosfera noir que foi adicionada.

Normalmente ao se ambientar coisas na década de 1990, é mais fácil só colocar uma estética VHS sombria. Mas aqui existe uma elegância, temos sim a estética VHS, com algumas partes contando com aquela imagem desgastada, mas também uma paleta de cores aconchegante, acompanhada de jazz e frequentes cutscenes apresentando o mundo urbano daquela época.
O resultado disso foi algo realmente muito gostoso. Eu sei que já fizeram obras como Road 96, que passam muito bem uma sensação aconchegante nesse tempo, mas aquele lá tinha uma jogabilidade mais grandiosa e esse aqui eu já tinha experimentado o mundo do jogo anterior, que se passava nos anos 70 e sabia que era algo mais limitado. Mas realmente a coisa vai além, deixando uma narrativa bem mais ampla.

Enquanto no jogo original temos apenas o personagem Bob, que era um lobo solitário, indo fazer as suas missões e depois caia fora, aqui temos mais três personagens, Viper, Lati or Psycho. E a forma que cada um é mostrado, com uma boa narrativa faz com que não pareça apenas um jogo de puzzle em que cada fase é só algo para fazer do jeito certo, agora além de fazer do jeito certo, você realmente quer ver a história avançar.
Viper é uma artista de rua, que acabou entrando acidentalmente no mundo da limpeza de cenas de crime, e tem habilidades de parkour para fugas rápidas. Viper é uma hacker que usa a tecnologia disponível para controlar o ambiente e criar distrações enquanto rouba dados. Já Psycho, é um personagem insano, que usa uma motosserra pra abrir caminho nos lugares ou fatiar corpos.
A trama vai variando entre cada um deles, às vezes você está em 1999 vendo conversas casuais, às vezes está em missões onde recebe detalhes sobre o que aconteceu no lugar onde você vai limpar, e às vezes está em uma fase linear mostrando a vida comum de cada personagem, seja Bob com sua mãe, seja Lati em seus dilemas e assim vai.
Graças às habilidades dos personagens, isso também faz com que as missões precisem de uma forma diferenciada de agir. Por exemplo, a Viper tem um estilo mais semelhante a Watch_Dogs 2, sendo uma personagem jovem e descolada e usando a tecnologia disponível para ativar e desativar coisas, não tendo o aspirador. Já Psycho, se um policial pega ele fatiando um corpo, desmaia imediatamente com a cena, te permitindo usar isso pra passar por lugares ou mesmo usar as fatias de corpo como arma.

E naturalmente isso gera as situações mais esculhambadas, já que você é um maluco com um aspirador de pó limpando cenas de crime. No geral você tem três coisas pra fazer, se livrar de evidências, coletar cadáveres e passar o aspirador no sangue até um certo ponto pra amenizar um pouco a chacina que ocorreu ali. E naturalmente isso fará com que às vezes dê uma baita agonia com eles na sua cola.
De certa forma me lembrou Hotline Miami, talvez por esse climinha urbano em uma época passada, com toda a atmosfera de que a noite chega e os loucões saem para fazer as suas coisas estranhas. Porém o que temos aqui não é psicodélico e sim algo com uma paleta de cores muito mais pálida. Mas ainda assim pelo jeito lembra outras pessoas também, já que joguei em live e comentaram.
 
Naturalmente não dá pra deixar de comparar ele também com Party Hard e Party Hard 2, dois jogos com a premissa semelhante e que parecem irmãos desse aqui. A diferença é que neles você precisa matar gente de forma discreta em um local cheio de civis e aqui você precisa se livrar de corpos de forma discreta no meio de um monte de policiais.
Não posso deixar de citar a mudança gráfica cabulosa que teve. Enquanto o primeiro jogo temos aquele visual super simples, que tem um estilo muito próprio, aqui temos algo completamente em 3D, embora com visão isométrica, e lotaaado de objetos que deixam cada cenário muito robusto com a quantidade de detalhes pra todo lado.

Enfim, joguinho fantástico, muito gostoso para passar o tempo. Apesar de eu ter repetido várias fazes diversas vezes, não posso dizer que achei tão desafiador, mas ainda assim bem viciante e atmosférico. Vale a pena demais! Recomendo sempre dar uma olhadinha no preço dele na GMG antes de comprar na loja direta, algumas vezes os preços deles estão bem abaixo do normal, e comprando keys lá, você acumula XP e vantagens que pode inclusive render outros jogos de forma gratuita, coisas que a Steam não tem, dê uma conferida aqui.

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