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Rainbow Six Extraction | Aqui você morre até aprender a trabalhar em equipe

A principio, um jogo desses não conseguiria me prender tanto, pois como se trata de um título de tiro em primeira pessoa online, acabo não me interessando em repetir várias vezes a mesma coisa, até porque sou bem ruim. No entanto o fator cooperativo acabou pesando bastante e me prendeu a atenção. Não sabia tanto sobre, além das semelhanças com Rainbow Six Siege, então fui de mente aberta dar uma olhadinha.

A história apresenta uma ameaça que surge na terra do nada. Um ser gosmento que começa a quebrar o chão e destruir tudo, consumindo seres vivos e gerando criaturas horrendas que perseguem e atacam. A equipe anti-terrorismo, Rainbow lança então uma nova divisão chamada "Rainbow Exogenous Analysis & Containment Team" ou REACT, focada em selar as áreas e mandar equipes de três operadores para analisar, abater alvos e coletar amostras e diminuir a expansão do parasita.

Bom, a história em si não tentou se segurar nem um pouco nos clichês e começou já apresentando a cidade de Nova Iorque sendo invadida e coincidentemente logo a Estátua da Liberdade é que se dá mal e mais uma vez perde a cabeça. Algo meio Cloverfield, e pareceu não rolar muita preocupação da Ubisoft com isso, mas realmente não dá pra dizer que era muito o foco da coisa, já que obviamente trata-se de um jogo focado no online. Mas seria bacana se tivesse esse diferencial.

Assumo que fiquei com um pouco de medo de não gostar, já que Rainbow Six Siege é um jogo que eu frequentemente me sinto atraído, mas simplesmente não consegue me prender de verdade e canso rápido. Sei que a franquia se expande muito além de Siege, mas mesmo sem saber nada, eu já tinha notado o quanto esse era semelhante especificamente ao Siege, e depois vi que não foi por acaso.
Uma das críticas mais fortes em cima desse jogo é que ele não é uma expansão do Siege. Ao dar uma pesquisada, vi que ele nasceu inspirado em um evento que rolou em 2018 chamado "Outbreak", em que os jogadores tinham que entrar em missões cooperativas exatamente para lidar com um evento relacionado a uma infecção fora do controle.

Felizmente, a coisa acabou se mostrando no meu estilo. Gostei bastante das partidas que participei, presenciei um jogador tóxico me xingando descontroladamente somente como Troll, o que me fez ver que é um verdadeiro "filho" de jogo competitivo onde isso é bastante frequente, mas no geral a comunidade foi agradável.

Algo que talvez não agrade tanto, é o quanto o jogo é desafiador e isso sinceramente me surpreendeu especialmente se tratando de um jogo cooperativo, onde muitas empresas frequentemente focam no tiroteio descontrolado, dando a sensação de super heróis, com personagens que tomam tiros ilimitados e se escondem para recuperar a vida.

Então foi uma surpresa descobrir que você não apenas toma um dano cabuloso e com poucos ataques pode cair, como existe uma simulação realista sobre "o que é a cura". Ou seja, se você tomasse um tiro na rua e colocasse bandagens, não se recuperaria. E é desse jeito que rola aqui, você pega um item de cura e tem uma vida extra temporária que vai baixando sem parar, igual as pílulas de Left 4 Dead.
Sendo assim, o jogo automaticamente te educa a ficar atento e trabalhar em equipe. Se você sair correndo feito um louco pelo mapa, deve também saber que depois não adianta ficar gritando com os outros porque morreu. É algo semelhante ao que tivemos em Overkill's The Walking Dead, apesar de não ser tão desafiador aqui. Parece uma versão um pouco mais tranquila do fantástico GTFO.

As missões te colocam para entrar no jogo e ir passando as áreas. Cada área nova, é algo mais difícil. Quanto mais fundo você for no parasita, mais difícil fica e também existe uma contagem regressiva onde ele começa a se proteger e mandar uma quantidade enorme de criaturas pra te pegar. Sendo assim, o grupo vota até onde é interessante continuar.

Se você sair, fica com tudo o que pegou, no entanto, se continuar, terá recompensas melhores. Isso causa aquele efeito de tentação e quanto mais você segue, mais fica pensativo se vai valer a pena prosseguir. Dependendo do quão bem os operadores trabalharem em equipe, a coisa pode deixar você ir bastante fundo. Para os fãs do gênero roguelike, é um elemento que pode chamar a atenção.

Esse é um jogo de repetição, sendo assim, você vai entrar nos mesmos mapas várias vezes, porém existe muito aquela sensação de que você não conseguiu terminar e por isso está repetindo. Acredito que para boa parte dos jogadores isso não será um grande problema. Por outro lado, imagino que para outros pode dar uma certa frustração e enjoo por tentar tanto finalizar um mapa e não conseguir.
Existem missões alternativas dentro de cada área, e você precisa conseguir cumprir e lá, seja resgatar alguém, capturar um dos espécimes vivos para análise, matar um dos bichos, etc... Falhar nelas não vai acabar com a missão, no entanto você é recompensado se conseguir executá-las com sucesso, portanto acabam sendo mais importantes do que só matar bichos.

Cada agente tem suas próprias habilidades. Eles são os mesmos operadores vistos em Rainbow Six Siege, o que deve dar uma facilitada absurda para os jogadores que já estavam acostumados com esses personagens. Apesar de tudo, acredito que o fato de ser um coop, acaba atraindo mais um novo tipo de jogador, não focado no competitivo.

Existe uma evolução de personagens, e dependendo do seu performance nas missões, mais XP você vai recebendo. Portanto fazer coisas como matar inimigos de forma sigilosa e fazer um estrago sem fazer muito barulho ou cumprir mais objetivos te darão bônus. Isso é contado individualmente e não em grupo, sendo assim você pode ganhar muita experiência enquanto outro pode não ganhar quase nada.

Também tem itens que você vai liberando aos poucos na medida em que passa de nível. Pontos vão sendo recebidos. Alguns desses itens só podem ser destravados quando chegar a um certo nível e isso garante que você tenha uma variação no seu operador, e também se sinta melhor equipado para ir mais fundo em uma expedição.
Existe uma curiosa mecânica que te obriga a usar operadores variados. Nela, se você perder uma missão, precisará entrar novamente o mapa e resgatar o agente caído. Enquanto você não fizer isso, ele vai ficar indisponível a não ser que você perda todos os operadores, se isso acontecer o primeiro agente caído irá retornar pra você poder jogar com alguém.

Outra coisa interessante é que se você tomar dano, ou um operador acabar de ser resgatado, ele não vai poder ser usado na próxima partida. Primeiro vai ter que ficar um tempo se recuperando dos ferimentos e somente depois é que estará disponível mais uma vez para ser usado. Achei bacana a simulação de restauração que funciona como incentivo para experimentar as habilidades de outros agentes.
Os gráficos do jogo foram bem decepcionantes pra mim, não parecem como nas screenshots, inclusive fiz uma postagem mostrando rodando em uns PCs bem ruins. Eu sinceramente esperava algo muito mais robusto, porém é um tanto limitado. Mesmo no Ultra é algo que não me deixou maravilhado. Talvez seja para poder ser jogado por mais pessoas ou talvez seja porque foi construído usando R6 Siege, que é de 2015.

Enfim, esse é um jogo que me divertiu bastante e acho que pode ser um ótimo passatempo, ainda contando com evolução de história. Apesar de tudo, vi que nem todos gostaram tanto, sendo assim é meio que um tipo de obra que divide opiniões. Não tive problemas em achar gente pra jogar e ele tem uma versão "Trial" para que os jogadores possam testar por tempo limitado, além de um convite pra jogar 14 dias que todo mundo que comprou tem.

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