Ofertas do dia no link de afiliado Amazon!

Death Note Special One-Shot | O volume lançado 14 anos depois gratuitamente

Sem sombra de dúvidas o mangá Death Note foi uma das obras mais badaladas de seu tempo. Lançado entre 2003 e terminado em 2006, o mangá gerou uma legião de fãs e se tornou uma grande influência na cultura pop, recebendo uma adaptação para anime que foi o grande BUM da coisa, ainda recebendo adaptações live action japonesas e uma adaptação americana da Netflix.

A dupla responsável pela obra, Tsugumi Ohba e Takeshi Obata continuou junta após o fim, mas em algo com uma atmosfera completamente diferente, Bakuman, e então em 2015 deu um pouco mais de alegria aos fãs ao aparecer com Platinum End, que segue um estilo misterioso mais semelhante, embora não tenha tanta personalidade.

Por fim os fãs foram à loucura em 2020, com uma verdadeira surpresa, o Death Note Special One-Shot, que é um volume especial de 87 páginas que por algum motivo extremamente estranho, foi lançado gratuitamente na internet. Bizarro, não? Normalmente é o tipo de coisa que empolga demais os fãs e naturalmente gera uma bela de uma grana, mas os caras fizeram algo imenso só pra liberar gratuitamente.

Acho que isso acaba mostrando que existiu um carinho real durante a produção, não foram apenas vinte páginas para vender e ganhar uma tonelada de dinheiro, mas 87 e lançadas pra quem quisesse ler na internet. Então acredito que só por isso já dar pra dar um desconto, mas é preciso ficar atento em um detalhe, é um ONE-SHOT, sendo assim é algo limitado e que precisa ser compacto. É naturalmente complicado fazer algo extremamente complexo com a limitação.
A história se passa 13 anos após os acontecimentos do original e mostra Ryuk decidindo achar alguém como Light Yagami para entretê-lo novamente. Assim desce à terra e procura por alguém inteligente que possa imitar o Kira original. Acaba achando Minoru Tanaka, um jovem com potencial. No entanto o garoto não é um assassino, mas ao mesmo tempo sabe que não pode desperdiçar essa oportunidade.

Vi muitas crítica em cima desse one-shot, sobre o personagem não ser carismático e a história ser fraca. Mas a verdade é que me surpreendeu bastante, talvez pelo fato de que eu esperava algo muito mais genérico, como essas obras lançadas anos depois costumam ser. Porém tem um desenvolvimento que considero bem mais natural do que puro fan service.
Convenhamos, o que é de se esperar de um negócio desses? Normalmente se imaginaria que tacariam um novo personagem tão inteligente, ou até mais que o Light e uma imitação da história original, com ele matando bandido e o Near (sucessor do "L") investigando. A real é que seria algo meramente com cara de clone, com as mesmas ideias.

Mas os autores decidiram seguir pelo rumo de algo mais natural e óbvio. Não aconteceria isso de novo, não se acha um Light em cada esquina, não é qualquer pessoa que pegue o Death Note que vai conseguir fazer isso, nem todo mundo é sangue frio pra matar pessoas e muito menos pessoas próximas. E aqui é abordado exatamente isso. Minoru é um garoto inteligente em seu próprio jeito de ser.
Então a forma que o personagem conduz as coisas aqui é diferente, algo adaptado para como o mundo mudou, como a vigilância mudou e como certas coisas que aconteceram em 2006 não funcionariam em 2019. Ao invés da "magia" da coisa ser ver gente morrendo, o que tem de diferente é ver a reação do mundo se qualquer pessoa pudesse dar um lance em um leilão para obter o Death Note e qual seria o valor de um item desse, além de quem iria comprar.

Talvez se fosse maior, essa história poderia dar uma sensação mais agradável, porém existe sim a sensação de algo corrido, mas levando em consideração as condições da coisa, achei bem bacana e acho que foram colocados elementos que dão um gosto amargo ao leitor que nem todo mundo gostou, mas que ao meu ver tornou a coisa bem melhor. Não creio que seria legal tudo dar certinho e todo mundo se dar bem. O visual como sempre maravilhoso, quem se interessar pode ler gratuitamente aqui, mas acredito que já deve ter traduzido por aí.

Postar um comentário

0 Comentários