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A terra em que Deus mentiu - Capítulo 26

Esse é um conto interativo onde após a leitura de cada capítulo, os leitores votam na decisão que o personagem tomará para a continuação. Antes de começar, leia o que veio anteriormente:


Por favor, leiam e apontem qualquer erro de português ou digitação, não precisam dizer em que linha está, apenas escrever o trecho e o acharei, isso garantirá que leitores que venham depois, possam ter uma leitura mais agradável.

Capítulo 26

Acarium baixa sua cabeça para ocultar mais facilmente o rosto, Ensis entende imediatamente e faz o mesmo, os dois se calam e esperam, observando sorrateiramente Arkenpo, que mexe o pescoço passando os olhos pelas mesas e logo começa andar em direção à dupla. A guerreira se sente ansiosa e fica imaginando que tipo de atitude impulsiva ele tomará, além de que começa a se preocupar com a possibilidade de Acarium ser morto. Sua mão escorrega discretamente por baixo do manto, até encontrar a uma espada presa à cintura.

Os passos de Arkenpo continuam no que parece ser uma eternidade, até que finalmente chegam ao lado da mesa da dupla, mas para a surpresa de Ensis, ele passa reto em direção a uma mesa onde há uma única pessoa encapuzada. Logo é possível ouvir um sussurro seguida pela voz alta de Arkenpo, dizendo:

-Pra quê? Eu não tenho nada a esconder, não estou fazendo nada de errado, faço o que é melhor para a Casa de Ogumir e não tenho vergonha disso.

A outra voz novamente sussurrou algo, mas a partir de então, Arkenpo baixou a voz e começou a sussurrar também. A dupla aguarda quieta e em poucos minutos, ele se levanta novamente e sai do lugar, o outro homem não demora muito e sai pela porta contrária. Acarium pergunta:

-O que foi isso?
-Eu não tenho ideia, ele é mimado e inconsequente, pode ser qualquer coisa, não importa, mas foi sorte ele não nos ter visto, as coisas podiam piorar, agora você precisa ir comigo.
-Ele pode me matar...
-Ao menos por enquanto ele vai querer você vivo, além do mais as chances de você morrer são muito mais altas aqui fora, lá dentro ao menos terá proteção e podemos facilitar as coisas. Pense, se você não tiver que ficar se escondendo constantemente, vai ser mais simples planejar qualquer coisa, aqui fora você está correndo risco o tempo todo.
-Você fala isso porque não vai estar com a cabeça a contagem regressiva.
-Minha cabeça está em contagem regressiva desde o momento em que decidi não arrancar a sua fora, aliás, desde o momento em que coloquei os pés nessa cidade, então se começamos com isso, vamos até o fim.
-Você está sendo impulsiva, o plano tem que ser inteligente.
-Sabe de uma coisa? Estou cansada, esses últimos dias tem sido muito estressantes e está na hora de deixar as coisas claras. Você vem comigo querendo ou não, e se não quiser, vou desembainhar minha espada.
-Muito bem, se está tão convencida, é o jeito, mas é melhor se preparar para me tirar de futuros problemas, ou tudo isso terá sido em vão.
-Farei o possível.

Ambos se levantam e saem pela porta dos fundos da Taverna, permanecem calados nas primeiras ruas, eles estão atentos às sombras. Pessoas com olhares maliciosos se escondem nos becos de Xibalba, alguns olhares ameaçadores estão presentes, mas ninguém se aproxima, os próprios malfeitores da cidade se preocupam em acabar tentando assaltar ou matar a pessoa errada. Ensis normalmente não ficaria preocupada em uma situação assim, pois além de ser uma ótima guerreira, o manto da Casa de Ogumir sempre foi um bom aviso, porém não o está vestindo agora, além disso tem medo de um combate acabar deixando Acarium ferido. De repente ela é pega de surpresa por uma voz, dizendo:

-Os boatos são de que ainda tem alados à espreita, os mesmos que saíram da Casa de Ogumir.
-Eu duvido, se não foram mortos por membros de Casas, a própria população daqui iria adorar destroçar, mesmo com esses becos escuros, não tem como se esconderem.
-Mas você sabe... Estou falando de se disfarçarem como humanos, usando mantos.
-Você acredita que essas bestas podem fingir serem humanas?
-Inteligentes, eu sei que eles são, e já ouvi algumas histórias de casos assim.
-Parece besteira.
-Nem tanto, as pessoas pensam nessas coisas como animais, mas elas não parecem caçar para comer, mas simplesmente para se divertir com humanos, fazer maldades... Nos punir por algo. E os alados não parecem interessados em caçar animais, isso não tem cara de ser instinto, mas sim inteligência, a vontade de ser cruel.
-E o que isso tem a ver com se disfarçarem de humanos?
-Tem a ver que se tem inteligência o suficiente para selecionar suas vítimas, podem também ter para tramar coisas mais bem elaboradas, como fingirem ser humanos.
-Pode ser...

Os dois seguem calados pelas sombras, ninguém os incomoda, entram em uma área mais movimentada da cidade, porém apenas se misturam facilmente com a multidão sem parecerem suspeitos. E por fim seguem mais alguns caminhos até entrarem no imenso campo em frente às muralhas da Casa de Ogumir, que é onde ela explica como mentiu, tendo que improvisar e que era para ter cuidado com o que falasse. Assim que chegam, Ensis retira o capuz, revelando seu rosto, logo depois o portão se abre.

Ambos se dirigem ao encontro do líder do lugar, a guerreira olha para Acarium, que parece bastante ansioso, até que eles finalmente chegam e imediatamente Ogumir surge com um grande sorriso, dizendo:

-Finalmente! Ensis, espere aqui, quero conversar a sós com ele.

Acarium dá um olhar receoso para Ensis, mas ela faz um movimento positivo com a cabeça, e então os dois somem. A mulher decide se sentar e observar um pouco o lugar, poucas pessoas andam pelas ruas, ela pode ouvir ali perto pessoas tagarelando na taverna local, e um pouco mais distante o portão da muralha se abrindo e um homem da lenha entrando e puxando um cavalo com muita lenha presa. Ele se aproxima e a cumprimenta dizendo:

-Boa noite Morte, como tem passado?
-Estou bem na medida do possível Nalken, já você não parece não estar tão bem, o que aconteceu com seu ombro? Está sangrando...
-Bandidos, como sempre, você sabe não é? Escravos que fugiram de seus senhores, assassinos fugitivos da lei, e qualquer outro tipo de pessoa do tipo, vão para a floresta e ficam lá esperando viajantes.
-E tiveram o que mereceram?
-Eles nem imaginavam que eu era de Xibalba, os corpos dos três agora estão servindo de alimento para os abutres. Bom, agora tenho que ganhar um pouco de dinheiro, até mais Morte.
-Até...

Ensis fica pensativa sobre o que ele falou, fugitivos que tem que se esconder na floresta. Ela pensa se terá que fazer isso ou se simplesmente acharão que está morta. Mas lembra também que os cidadãos de Xibalba costumam ficar na cidade, não gostam de sair, acham o resto do Reino do Éden fraco e isso é uma enorme vantagem, talvez consiga voltar a ter uma vida tranquila, ser dona de si. E então sua mente é voltada para lembranças de seu irmão e isso a deixa tranquila. Alguns minutos depois, a porta ao lado dela se abre e Ogumir sai, Acarium está logo atrás e então o mestre de casa diz:

-Parece que as coisas estão resolvidas Ensis, mas teremos que resolver ainda o seu problema com a população, que precisa ser satisfeita. Amanhã haverá um grande dia de caça a alados, você poderá mostrar o seu valor lá e matar o máximo de alados possível, mas ao mesmo tempo poderá se redimir com a cidade e entrar na arena novamente, enfrentaremos a nossa maior rival, a casa de Rulter, como você sabe, é obrigatório o Mestre de Casa estar em um combate desses, e como ainda não revelaram que ele está morto, haverá uma grande satisfação em ver a vergonha daquela casa em ter perdido o Mestre para um escravo, eles terão que revelar da pior maneira. Claro, devem inventar alguma mentira, mas os boatos já correm por toda a cidade, todos saberão a verdade. O que você prefere?

Ensis fica pensativa e lembra da proposta de Acarium em simular sua morte, mas ao mesmo tempo imagina o quanto pode ser arriscado não planejar e pensa na arena. Ela pode estar a um passo da liberdade, ou a um passo de uma perda de tempo total.

1 - Ir para as caçadas.
2 - Enfrentar a casa de Rulter na arena.

Eita lasqueira ein? Pois é, demorei pra cacete dessa vez, mas é a vida né meu povo? kkkkkk, vocês tem até 1 de maio para votar, por favor apontem os erros de português. Esse conto se passa no mesmo universo do livro "O céu não existe".

Obs: Coloquei no menu lateral uma imagem que dá acesso direto as postagens do conto, portanto se você quiser conferir se tiver novas postagens é só clicar lá, não precisa ficar fuçando o blog. =)

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5 Comentários

  1. "De repente ela é pega de surpresa por sua voz, dizendo"

    o Certo não seria uma voz?

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  2. "Sua mão escorrega discretamente pelo man(t)o" primeiro parágrafo.
    PS: não seria melhor "por baixo do manto"?

    Muito bom os contos

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  3. Sim, seria, muito obrigado, atualizei aqui. =D

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