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A terra em que Deus mentiu - Capítulo 13

Esse é um conto interativo onde após a leitura de cada capítulo, os leitores votam na decisão que o personagem tomará para a continuação. Antes de começar, leia o que veio anteriormente:


Por favor, leiam e apontem qualquer erro de português ou digitação, não precisam dizer em que linha está, apenas escrever o trecho e o acharei, isso garantirá que leitores que venham depois, possam ter uma leitura mais agradável.

Capítulo 13

Ensis observa o prisioneiro com um dos olhos praticamente arrancado, agonizando no chão, o homem está fora de si, após isso ela retorna o olhar a Rulter, um dos Mestres de Casa de Xibalba, e inimigo mortal de seu próprio mestre Ogumir. O homem carrega um sorriso malicioso e novamente pergunta:

-O que está fazendo aqui?
-Eu ouvi os gritos que estavam vindo desse lugar.
-Estranho você vir aqui primeiro, ao invés de sair correndo direto ao seu mestre, obviamente há algo acontecendo aqui, não é mesmo?
-Se estivesse não seria da sua conta ainda assim.
-E da conta de Ogumir? Seria? Porque, por acaso, eu posso acabar deixando isso escapar sem querer, já pensou?
-Você pode falar o que bem entender. - Diz Ensis, mantendo-se inexpressiva, porém está bastante nervosa, tenta pensar em uma solução, pois as consequências podem ser gravíssimas, especialmente se seu mestre descobre que ela foi visitar o prisioneiro primeiro.
-Seu amiguinho aqui disse que você o poupou por precisar de ajuda, dá pra acreditar? Quero dizer, não é preciso ser um gênio fora de Xibalba para saber que nossos guerreiros não precisam de ajuda, aqui ou você vence, ou você morre, simples assim. Não que você seja de tão alto nível assim, mas quando se é um campeão, há honra a ser mostrada em frente a uma multidão.
-E foi o que fiz, honrei com minha palavra em mantê-lo vivo, por isso não o matei no último instante.
-Não finja que não compreende o que quero dizer, garotinha! - Rulter fala, mudando sua expressão para desprezo.
-O que você quer?
-Simplesmente a verdade.
-Eu o poupei, sofrerei as consequências por isso, importa o motivo?
-Então certamente não há problema se eu decapitá-lo nesse exato instante, não é mesmo? - Diz o mestre de casa sacando uma espada e encostando a lâmina no pescoço do prisioneiro.

A mulher fica observando por um instante e logo o mestre de casa levanta a lâmina e baixa com velocidade de volta em direção ao pescoço do ferido, mas antes que chegue a acertá-lo, Ensis exclama:

-Espere!

Isso faz com que um sorriso brote do rosto de Rulter, que logo mira o olhar para a guerreira e diz:

-Então é melhor você parar de me enrolar.

Ensis olha o corredor atrás dela para se certificar de que não há guardas no lugar, ela sabe bem que provavelmente eles não estão ali por intervenção de Rulter, deduz que o homem deve tê-los pago para deixá-los a sós e assim poder retirar alguma informação útil. Inicialmente ela ficou temerosa ao passar pela prisão sem ver ninguém vigiando, mas agora sente-se aliviada de não ter ninguém ali. Ao virar o rosto de volta, fala em um tom um pouco mais baixo:

-Ele me prometeu uma saída desse lugar.
-Que lugar?
-Xibalba.
-Você está testando minha paciência... Quero a verdade, ou a cabeça desse homem vai rolar.
-Eu estou falando a verdade, olha... Eu sou uma prisioneira aqui e quero sair.
-Não seja ridícula, você não é uma prisioneira e sabe disso.
-Eu sei que vocês de Xibalba tem todo esse negócio de glória, combate e tudo mais, e que Ogumir e todos de minha casa me consideram da família. Para quem nasceu aqui e é acostumado com toda aquela história de ódio aos alados, ódio a outras casas e combates constantes, isso pode ser algo que impregna na alma, mas eu não sou daqui. Se eu quiser sair, não poderei, sou da família apenas enquanto estiver aqui dentro.
-E um prisioneiro de repente te prometeu uma saída e você simplesmente aceitou, mesmo sabendo que está prestes a sair.
-Prestes a sair? Isso pode levar anos! Estou cansada e farta desse lugar.
-Vocês da família de Ogumir são mesmo patéticos, nenhum membro da minha casa jamais pensaria em algo assim, que bando de cobras venenosas.
-Cobras venenosas? Não venha com esse joguinho pra cima de mim, você não está fazendo nenhuma negociação política aqui ou qualquer coisa do tipo, sabe que pessoas ficam insatisfeitas por motivos variados, além do mais eu não preciso de lição de moral de alguém que não devo nada.
-Aí é que você se engana, com isso que acabou de me contar, você sabe bem que tenho um ótimo argumento contra você, não é? Mesmo que você fale que eu esteja mentindo, isso pode plantar a semente da dúvida sobre você e inicialmente ir consumindo aqueles de sua casa.
-Sei bem disso, no entanto podemos negociar.
-Ah, e nós vamos querida, pode ter certeza que vamos.
-É notável que você está pensando em me chantagear e apenas usar essa informação para abalar meu relacionamento com Ogumir, mas não prefere algo que beneficie a nós dois?
-Prossiga... - Diz Rulter de forma inexpressiva.
-Por mais que você fale tanto sobre fraquezas da casa de Ogumir, você sabe bem quais são os verdadeiros aspectos positivos e negativos, então você sabe que sou uma guerreira de alto nível.
-Já terminou de se gabar? - Ele pergunta cruzando os braços e dando um sorriso de lábios com um olhar de desdém.
-Então imagina que escândalo não seria, saber que uma guerreira daquela casa fugiu? Que desonra não seria para eles?
-E suponho que você quer que eu acredite que você pretende fazer isso com sua casa.
-Você ainda está descrente quanto a isso? Eu já falei, não sou daqui, você sabe que não, normalmente quem não é de Xibalba, morre rapidamente e é esquecido, mas eu lutei, lutei e sobrevivi, e isso faz com que todos me vejam como se eu sempre fosse desse lugar maldito, mas eu não sou! E você sabe bem disso. Eu já tinha planejado fugir há muito tempo, você acha que não? E agora me aparece uma oportunidade.
-E então o quê?
-Então você me ajuda, fica calado, eu fico calada, me tira daqui, nunca mais volto a esse lugar, e você faz o que quiser, humilha minha casa, tanto faz, além do mais a força de Ogumir vai diminuir sem a minha presença. Se eu morrer em arena, serei lembrada como uma guerreira gloriosa, se eu fugir, vai ficar apenas a vergonha pra minha casa, e ela ainda terá menos guerreiros. Se trabalharmos juntos, você pode facilitar pra mim, e ficar com a felicidade de ver minha casa desmoronar.

Rulter olha pensativo para a guerreira, ela percebe que fez uma proposta que lhe pareceu interessante, mas sabe que também é algo que ele não quer demonstrar ter gostado, pois é uma ideia que foge completamente de seus padrões onde se ganha batalhas em combate e não através de planos traiçoeiros. Então ele finalmente se manifesta:

-Muito bem, supondo que eu vá te ajudar, o que fazemos com ele?
-Ele disse que alguém de fora quer me tirar daqui, não tenho ideia de quem seja e vim aqui para descobrir.
-Ele não vai falar agora, está agonizando, mas posso conseguir tirá-lo desse lugar, como todos sabem que odeio sua casa, a desculpa de que é meu protegido cairá bem, afinal de contas todos te odeiam por tê-lo salvo.
-Se você não der algum tratamento, ele não vai falar agora e nem nunca.

O homem retira um molho de chaves e abre a cela da prisão, Ensis entra rapidamente e se abaixa, o homem parece delirar. A visão de seu olho para fora é horrenda e a guerreira acredita que está perdido. Ela então pergunta:

-Você tinha mesmo que fazer isso?
-Ele não queria falar.
-Merda... Você acha que ouro rubro é capaz de curar?
-Fechar a ferida, sim, fazer o olho voltar ao normal, não.
-Onde estão os guardas?
-Eles voltarão daqui a pouco.
-E vamos deixar ele assim sem ajuda? Você podia ao menos ter arrancado de vez.
-Podia, mas não fiz, não dou a mínima pra esse homem.
-Mas é melhor começar a dar, pois ele pode ser o que vai facilitar tudo, e você quer que isso dê certo tanto quanto eu. Droga, me dá essa espada, eu vou arrancar de vez esse olho pendurado, depois vou atrás de um pouco de ouro rubro, você fica cuidando dele, e já que pagou os guardas, não preciso dizer que deve manter a boca deles fechada.
-Eu não sabia que você era minha mais nova mestra...

Rulter entrega a espada para Ensis, ela se abaixa e observa o homem desesperado, ele parece prestes a desmaiar. A guerreira então fala:

-Você acha que daria tempo de sair daqui com ele antes que os guardas voltem?
-Sim, vão demorar um pouco ainda.
-Ótimo!

Ao dizer isso, Ensis se levanta rapidamente, virando e dando uma estocada com a espada, a ponta atinge a cabeça de Rulter com tanta violência que é possível ouvir um estalo emitido pelos ossos de seu crânio despedaçando e o barulho é seguido por um irritante som da lâmina deslizando pelos ossos e cérebro. Ela solta a espada sem retirá-la e o corpo cai no chão, e então diz:

-Você tem razão, somos todos cobras venenosas aqui, devia saber que nunca deve confiar em uma.

1 - Levar Acarium e escondê-lo onde ninguém saiba, fazendo assim com que esteja seguro, mas com o perigo de alguém descobrir e desconfiar do motivo dela estar se esforçando tanto para ajudar um escravo.
2 - Levar o homem até Ogumir, dizer que foi atacado por Rulter e pedir proteção do mestre, mas sem saber qual será sua reação e se ele ficará feliz em saber que seu inimigo mortal foi eliminado.
3 - Deixar Acarium onde está e sair como se nunca tivesse ido até o lugar para assim fazer com que pensem que foi legítima defesa, já que ele é um simples escravo e ao mesmo tempo humilhar a casa de Rulter, por ter sido morto por alguém tão fraco.

Nossa, nesse capítulo eu quase cometi um vacilo enorme, eu escrevi o capítulo todo chamando a Ensis de Kenpra, que é o nome de uma das personagens do O céu não existe kkkkk, vocês iam acabar achando que era uma nova personagem, sorte que notei Ò_Ò! Enfim, vocês tem até meia noite para votar! E por favor, apontem os erros safados que sei que cometi! *-*

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7 Comentários

  1. - Porque, por acaso,
    - E então o quê?
    - não der algum tratamento
    - como se nunca tivesse ido

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  2. Arrumei, valeu *-* mas eu não entendi a parte do "-E então o que?", está do mesmo jeito no texto. :o

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  3. Kkkk Ah! Mas não está do mesmo jeito, não!
    Kd a indicação gráfica do "quê" p/ perguntas em final de frase?

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  4. Ahhh bom, agora sim kkkkk, valeu! Arrumei. *o*

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