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Cool Air - Um filme com uma forte atmosfera de conto

Normalmente um filme baseado em uma obra faz com que as sensações sejam bem diferentes, especialmente contos de mistério onde o personagem narra o que aconteceu, isso gera uma atmosfera um tanto intensa, já uma adaptação desse tipo de história faz com que a coisa seja convertida para a versão cinematográfica, onde a trama pode ser a mesma, mas a sensação é um tanto diferente devido às técnicas usadas. Em Cool Air a coisa muda um pouco, pois o filme transmite demais a sensação de conto, mas ao mesmo tempo é uma adaptação que modifica a história original.

A história apresenta um jovem chamado Charlie Baxter, que escreve contos de terror e ficção científica para viver, e que em uma de suas pesquisas para escrever uma obra, acaba alugando um quarto em uma mansão que fica em uma montanha, tudo parece normal até então, porém logo ele começa a achar esquisito as coisas envolvendo um outro inquilino, a pessoa que mora um andar acima e que a anfitriã deixou claro para não incomodá-la, um forte ar frio sai constantemente do lugar e ele não entende o motivo, mas logo começa a entender quando as coisas esquisitas passam a acontecer.

Bom, esse filme é baseado em um conto de H.P. Lovecraft chamado Vento Frio, segue o padrão da maioria das adaptações de obras do autor, onde apresenta um monte de referência a outras histórias. No caso desse já começa indicando algo relacionado ao conto A cidade sem Nome, e o próprio nome do personagem é baseado em um outro conto de Lovecraft, além disso há certas mudanças, como fato do Doutor ser uma Doutora aqui, e existir um baita toque direcionando a coisa ao misticismo, sendo que no conto é mais voltado para o lado da ficção científica.

Mas apesar das mudanças, eu não diria que é uma distorção realmente grave do conto, pra falar a verdade eu senti que tiveram bons toques, não melhores nem piores apenas bons, mas vi um fã revoltado com o resultado final, mas acredito que o que o irritou mesmo foi o baixo orçamento da coisa, pois a atmosfera ficou muito semelhante a de um conto mesmo, com narração constante do personagem, fazendo algumas cenas parecerem bem simbólicas, algo que está ali mais para apresentar o que o narrador está dizendo, e não para ser o foco principal do momento, o que é exatamente a forma que um conto é apresentado.

Como falei, o filme é de baixo orçamento e parece ter sido filmado com uma câmera comum de alta definição, não passa aquela sensação de filme do cinema, parece mais um trabalho de faculdade. Apesar disso acho que ficou bem legal, tem um certo peso na coisa, você sabe que tem algo muito esquisito acontecendo e aos poucos vai descobrindo, além das bizarrices que de vez em quando surgem, que não são muito exageradas, mas chamam a atenção, tipo quando o personagem está comendo e ao olhar para o seu prato, por um momento vê uma criatura se mexendo.

Enfim, o filme é bastante parado, nada de monstrões correndo atrás de alguém, é bem focado na narrativa mesmo e somando isso com a sensação de filme amador, pode ser uma experiência tremendamente cansativa para algumas pessoas, portanto se for assistir, já saiba que você tem que estar em um daqueles momentos bem animados, ou pode acabar dormindo. Já se você adora filmes mais lentos, talvez se apaixone bastante, especialmente se for fã do Lovecraft.

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