Há centenas de jogos no mercado hoje em dia. Existem três consoles principais (Wii, Xbox 360 e PlayStation 3) e a nova geração chegando. Nessas três plataformas, você encontra uma enormidade de gêneros: jogos de tiro, jogos de estratégia e até mesmo jogos de poker.
Contudo, em 1997 as coisas não eram assim. Os computadores eram responsáveis basicamente por dois tipos de games: os de estratégia (simulação, como Sim City, ou de batalhas, como Command & Conquer) e de tiro (Doom e derivados, como Duke Nukem). Nos video-games a coisa era bem diferente. Reinavam absolutos os jogos de plataforma (Sonic, Mario, Mega Man, Contra e etc). Não havia, por assim dizer, um título de um game de tiro que cativasse suficientemente o público.
Foi aí que a Rare e a Nintendo entraram na parada. O Nintendo 64 era, de longe, o console mais potente da época. Com efeito, por mais que sua mídia (os cartuchos) não pudessem armazenar tantos dados (como filmes em CGI, presentes a granel em títulos do concorrente PlayStation, como em Resident Evil), havia uma compensação em termos de capacidade gráfica. E isso seria mais do que essencial para um jogo de tiro de sucesso. Vejamos então o porquê de Goldeneye 007 ter revolucionado o mercado de consoles no gênero – e suas “crias”.
a) Gráficos mais limpos
A grande diferença dos jogos em 3D do Nintendo 64 para o PlayStation da Sony era a fluidez gráfica dos games da empresa de Mario. Enquanto no PSX havia a constante presença de pixels, estes raramente estavam presentes na materialização de coisas e personagens do Nintendo 64. Poderiam não haver muitos detalhes; mas os gráficos eram suaves e contínuos.
Por se tratar de um game baseado num filme (homônimo, de 1995), o game não precisou de muito tratamento quanto ao roteiro (algo que era bastante incomum nos anos 1990, diga-se de passagem). Assim, o roteiro hollywoodiano acabou por facilmente cativar o público (que até hoje lembra de passagens clássicas, como na fase Statue, na qual descobre-se – como no filme – que o vilão Janus na verdade é 006, dado como morto na primeira missão do jogo).
c) A presença de objetivos
Uma das principais diferenças de Goldeneye para os outros jogos de tiro da época era a presença de objetivos nas missões (como um agente secreto de fato teria). Por conseguinte, não bastava chegar ao final da fase: era necessário chegar ao final da fase E cumprir dados objetivos, como tirar fotos, contactar pessoas e etc.
d) Multiplayer
Deixamos o mais importante por último. Quem não se lembra de se juntar com os amigos para uma partida de Goldeneye? E não valia olhar na tela do amigo! Talvez essa tenha sido a gênese do conceito empregado em Counter Strike, Call of Duty e outros “filhos” da década de 2000.
Goldeneye tem muitos anos. Contudo, continua sendo um jogo plenamente divertido nos dias atuais – dada sua complexidade e introdução de conceitos que são explorados a todo vapor hoje em dia. Há a presença de objetivos em Grand Theft Auto, por exemplo – bem como o multiplayer nos jogos de tiro em primeira pessoa citados acima. Como linha mestre, um ancestral em comum que revolucionou e introduziu o FPS nos consoles. E você, chegou a jogar essa maravilha? Compartilhe aí as experiências. =)


