O negócio é o seguinte, comecei escrever o capitulo de hoje de "Eu sou Deus" mas vi que ta muito em cima da hora e só fiz metade e enrolando pra cacete, já vi que hoje não vai rolar não, portanto resolvi compensar deixando aqui um conto que escrevi alguns anos atrás e acho que ele é o mais próximo que já escrevi de "Eu sou Deus" por se passar em 1996("Eu sou Deus" é em 1995) e em Brasília, além do mais tem uma temática parecida, portanto acredito que ou na época que eu escrevi eu estava com a mesma linha de pensamento, ou me baseei levemente nele quando fui escrever "Eu sou Deus". Nem todas as pessoas que leram entenderam direito então se você terminar de ler e ficar meio perdido não se assuste. Também já devo avisar que essa história, embora tenha um clima semelhante, não tem ligação com "Eu sou Deus" então não se enganem.
Asa Sul, Brasília 1996 – 9:43 PM
Cinco jovens garotos com média de 16 anos conversam sentados em uma escada, falam alto e bem animados, sorriem de besteiras, estão todos descontraídos, são jovens e sem grandes preocupações.
É uma noite quente, não há vento, um dos garotos joga seu corpo para trás e deita sobre a calçada observando o escuro céu noturno, ele começa a falar de garotas, logo todos do grupo estão falando sobre o assunto que se desenvolve e evolui para a vida, coisas que passaram, coisas que pretendem fazer, outros garotos se jogam para trás e deitam na calçada olhando o céu, o grupo conversa sonhadores.
Em um prédio ao lado uma mulher os observa admirada, ela lembra de sua juventude quando costumava ter os mesmos assuntos, sentar com as amigas e conversar sobre a vida, fazer planos para o futuro. A observadora sente um aperto no peito, ela percebe o quanto já passou desde aquela época, sente falta disso, esses dias passaram para ela e sabia que para a maioria das pessoas acabava passando também, grupos de amigos que aparentavam ser eternos terminavam por se separar, alguns nunca mais se viam, pessoas seguem seus caminhos, pessoas morrem, é a vida...
A mulher olha para o escuro céu que os garotos estão observando, e então ela decide ir até eles. Veste-se adequadamente e sai do apartamento, vai até onde os garotos estão e os cumprimenta. Todos a observam, é uma linda mulher de uns 25 anos de idade, logo ela senta-se ao lado deles e começa a conversar também, nenhum deles diz nada, mas todos sabem que estão pensando na beleza absurda da mulher, logo ela puxa assunto sobre garotas e eles aproveitam para ir mais à dentro, ela sorri dos garotos tentando impressioná-la.
Após algum tempo de conversa ela os convida para ir ao apartamento e imediatamente eles aceitam, todos sobem, ela serve bebida a eles, todos sentem-se muito à vontade e gostam de imediato do estilo dela, apesar de saber que são menores de idade, serve bebida alcoólica. De repente ela diz:
-Algumas coisas na vida nunca deveriam passar, é tão bom viver, ter amigos, sentir o mundo... Um brinde à vida.
Todos brindam, o grupo conversa sem ver o tempo passar e sem perceber adormecem.
Ao acordarem estão confusos, vêem que está a noite ainda, é madrugada e a mulher sumiu, a porta do apartamento está aberta, logo se assustam ao ver o sangue em seus pescoços, parecem ser mordidas, e então observam escrito no teto:
“Algumas coisas não devem terminar”
Os garotos estão assustados, eles percebem que há algo de diferente em seus corpos, todos podem sentir, sentem que a noite com os amigos irá durar para sempre...
[FIM]
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