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PUBG: BATTLEGROUNDS | Jogo que popularizou Battle Royale, perdeu a coroa, mas ainda brilha

O PUBG: BATTLEGROUNDS nasceu pelas mãos da PUBG Corporation, hoje conhecida como PUBG Studios, subsidiária da Krafton, empresa sul-coreana que também está por trás de projetos como TERA e Elyon. A mente criativa por trás do conceito inicial foi Brendan Greene, que já havia trabalhado em mods de Arma 2 e H1Z1. Essas experiências serviram como laboratório para algo maior, um jogo que não só funcionaria, mas definiria um gênero inteiro e mostraria ao mercado que battle royale não era moda passageira.

Lançado em 2017 para PC, PUBG chegou usando a Unreal Engine 4 e uma proposta direta: cem jogadores, um mapa gigante e apenas um vencedor. Não havia fantasia, poderes ou cores vibrantes. Tudo era mais seco, mais tenso e mais próximo de um simulador militar. Em pouco tempo, o jogo explodiu em popularidade e virou referência. Quem queria fazer battle royale precisava, antes de tudo, olhar para PUBG e entender o que ele tinha feito de certo.

O gênero já existia em experiências menores, mas foi PUBG que mostrou o potencial real dessa ideia. A fórmula simples, aliada à sensação constante de risco, criou partidas cheias de histórias próprias. Cada queda de avião era um novo começo, cada troca de tiros podia ser o fim. Esse impacto abriu espaço para que outros estúdios entrassem no jogo, incluindo a Epic Games, que observou atentamente antes de lançar Fortnite e transformar o gênero em um fenômeno ainda mais amplo.

Enquanto Fortnite apostou em visual cartunesco, eventos constantes e construção como diferencial, PUBG manteve sua identidade focada em realismo, armas autênticas e mapas inspirados em regiões reais, com desertos, florestas e áreas urbanas abandonadas. Essa escolha agradou um público específico, mas também mostrou um limite claro: PUBG ensinou o mundo a jogar battle royale, mas outros aprenderam a jogar o mercado melhor.

Os números alcançados pelo jogo são difíceis de ignorar. Em 2018, PUBG atingiu um pico de mais de 3,26 milhões de jogadores simultâneos na Steam, um valor absurdo que poucos jogos na história conseguiram repetir. Esse domínio fez do título um símbolo da plataforma e um dos maiores sucessos já vistos no PC. Em termos de impacto, PUBG virou sinônimo de battle royale por um bom tempo, ocupando um espaço que parecia intocável.

Mesmo anos depois, o jogo continuou gerando cifras impressionantes. Em 2024, registrou cerca de 666 milhões de euros em receita somando versões de PC e consoles. Além disso, sua adaptação para dispositivos móveis levou a fórmula para mercados gigantes como Índia e Brasil, onde PUBG Mobile virou um fenômeno cultural. Poucos jogos conseguiram essa penetração global em tantas plataformas diferentes.

Na jogabilidade, PUBG sempre apostou em decisões estratégicas. Escolher onde pousar, saber quando evitar confronto, administrar munição e itens de cura faz toda a diferença. A zona segura diminuindo cria uma pressão constante, lembrando a tensão vista em jogos como Escape from Tarkov, mas de forma mais acessível. O sistema de balística, com recuo realista e necessidade de domínio das armas, ajudou a criar uma identidade própria, distante do estilo mais arcade dos concorrentes.

Claro que nem tudo foram acertos. Problemas de otimização marcaram as primeiras versões, especialmente nos consoles, e a presença de cheaters prejudicou a experiência em vários momentos. Enquanto isso, Fortnite investia pesado em atualizações rápidas, marketing agressivo e parcerias que iam além do público tradicional de games. A Epic entendeu que, no mercado, não basta ter um bom jogo, é preciso saber manter o hype vivo.

A virada para o modelo free-to-play em 2022 foi uma resposta clara a esse cenário. A mudança ajudou a renovar a base de jogadores e mostrou que PUBG também sabia se adaptar, mesmo que em um ritmo diferente. Não foi uma recuperação da coroa, mas foi uma lição aprendida: sobreviver no topo exige mais do que pioneirismo.

No fim das contas, PUBG: BATTLEGROUNDS não foi exatamente passado para trás. Ele abriu o caminho, mostrou como o gênero funcionava e pagou o preço de ser o primeiro. Fortnite e outros títulos apenas entenderam melhor como transformar essa ideia em um espetáculo contínuo. PUBG segue firme, disponível no PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Android e iOS, como um lembrete de que, às vezes, vencer o jogo não é o mesmo que vencer o mercado.
 

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