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Vivat Slovakia | Jogo indie mundo aberto na Eslováquia no começo dos anos 90

O submundo do crime sempre nos deixa abismados, mas isso vai a outro nível quando é algo meio exótico, como o povo dos Cultos, ou ambientes culturalmente diferentes, como vimos nas ações da Yakuza em Tóquio Proibida. E no mundo dos jogos, isso é representado constantemente, mas quando a coisa é em mundo aberto, se torna ambiciosa demais. Quem viu a quantidade de polêmicas de GTA, sabe que não é pra qualquer um. Mas o que acontece quando uma empresa indie decide mergulhar em uma tarefa tão árdua? Vivat Eslovakia nos deu uma amostra!

Esse é um jogo que me chamou a atenção de imediato por sua proposta com uma ambientação tão diferenciada. No entanto, assumo que conseguiu me encantar mais do que eu esperava, isso porque a ideia de fazer um jogo em mundo aberto, sendo indie, é naturalmente ousada demais. Mas aqui, temos um jogo que, apesar de suas óbvias limitações, claramente foi feito com carinho e esforço para ser algo especial.
A história acaba sendo naturalmente interessante exatamente porque a desenvolvedora não inventou de fazer outra cidade americana genérica. Ao invés disso, o que temos aqui é algo muito diferente! A Checoslováquia fazia parte da União Soviética, no entanto, com o fim, acabou se tornando um país dividido, que em 1993, se dividiu em dois. República Checa, com sua capital Praga, e a Eslováquia, e sua capital Bratislava, que é onde a coisa é ambientada.

Você assume o papel de um ex agente da URSS, que está recomeçando sua vida na cidade, agindo como agente secreto. Durante as horas vagas, você trabalha como um simples taxistas, no entanto, quando o seu rádio chama, você é enviado para missões das mais variadas. E assim, cada vez mergulha mais fundo no submundo do crime e corrupção.
Bom, pra começar, é preciso saber logo de imediato que esse jogo está muito longe de ter o orçamento de um GTA. Você nota claramente que é um indie mesmo, não é algo que disfarça. Ao começar a jogar, você vai bater os olhos e notar logo as limitações presentes. Por outro lado, não demora também pra se perceber o esforço na coisa.

Apesar do gráfico em si ser meio feinho, com um estilo bem tradicional indie, com modelos genéricos de personagens, a quantidade enorme de elementos o torna bonito. A cidade não é vazia, em todo lugar tá lotado de pequenos objetos, pessoas e carros. E isso se expande também para o interior de apartamentos, que é bem impressionante.
Tem uma gigantesca variedade de carros, e é bem simpático ver esses modelos antigos, com estilos tão próprios. Eles são completamente destrutíveis, arrancando portas, capôs, furando pneus e estourando vidros. De certa forma me lembrou GTA 3, inclusive com alguns bugs bem bizarros que dão, e as atitudes estranhas dos pedestres, como você atropelar um infeliz e a reação dele ser "Oooops, desculpe!".

Mas, se por um lado é incrível ver tantas coisas na tela, por outro, parece que a cidade inteira foi renderizada de uma única vez. Ou seja, é ridiculamente pesado o jogo. A queda de fps é notável porque tem coisas demais e estão todas ali o tempo todo. Até nos locais onde você entra não tem carregamento. Então enquanto você está dentro do seu apartamento, você pode olhar pela janela, e a cidade toda vai tá lá carregada.
As missões me chamaram a atenção por sempre tentarem ser originais. Então se em uma você precisa subir em um prédio e usar uma escuta pra ouvir uma chamada de telefone, em outra você precisa participar de uma escolta de carros, ou um tiroteio em uma locadora, ou mesmo invadir a delegacia de polícia e se manter no escuro.

A dublagem em inglês é uma verdadeira tranqueira. A maioria dos personagens falam de uma forma bem sem vida. Por outro lado, eles têm um sotaque tão forte, que isso acaba dando um certo charme à coisa. Imagino que seria fantástico se tivessem contratado atores profissionais. Por outro lado, sendo um jogo indie, é o tipo de coisa que não dá pra reclamar.
Eu achei a atmosfera do jogo tão gostosinha e aconchegante. Essa ambientação antiga, as músicas das rádios, e ainda mais o fato de que no jogo existe ciclo de dia e noite e uma casa pra você voltar. Sendo assim, você chega em seu pequeno apartamento e tá lá aquele monte de objetos te esperando e bate aquela sensação de que você teve realmente um dia nesse mundo.

Enfim, esse é um jogo que me agradou demais. É bem curtinho e zerei em live. Foi uma experiência divertida. O fato de você ser um taxista e em ser em um mundo aberto meio exótico, me lembrou Mafia: City of Lost Heaven. Se você se atrai por mundo aberto, consegue lidar bem com games indie e entende as limitações técnicas, imagino que vai gostar bastante.

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Sobre Games em Mundo Aberto
 
Os games de mundo aberto sempre chamaram atenção por oferecerem a liberdade de explorar vastos cenários, cada um com características únicas. Esses mundos podem ser montanhosos, urbanos, desertos ou até alienígenas, e é essa diversidade que mantém os jogadores voltando para mais.

Em "The Witcher 3: Wild Hunt", as florestas densas e povoados medievais contrastam com áreas costeiras deslumbrantes, enquanto em "Red Dead Redemption 2" a ambientação no Velho Oeste traz montanhas, desertos e cidades em constante evolução. Cada jogo tem seu próprio estilo de imersão.

"Skyrim" continua sendo referência quando falamos de variedade. De picos nevados a cavernas sombrias, o jogo faz você sentir que está em um universo vivo. Já em "No Man's Sky", os planetas gerados de forma procedural oferecem uma infinidade de biomas, do tropical ao tóxico.

Os ambientes urbanos também têm seu charme. "GTA V" traz Los Santos, uma cidade vibrante cercada por desertos e montanhas. "Cyberpunk 2077", por sua vez, aposta em um mundo cyberpunk com ruas neon, arranha-céus e áreas abandonadas que mostram uma sociedade em colapso.

Se o jogador busca algo mais exótico, "Horizon Zero Dawn" e sua sequência oferecem cenários pós-apocalípticos repletos de ruínas da humanidade e fauna mecânica, enquanto "Assassin’s Creed Odyssey" permite explorar as belezas da Grécia antiga, com mares cristalinos e templos históricos.

Para quem prefere uma pegada mais selvagem, "Far Cry 5" e "Far Cry 6" têm mapas cheios de vida, com florestas densas, rios e vilarejos, mas cada jogo traz seu próprio tom, desde os campos montanhosos de Montana até as paisagens tropicais inspiradas em Cuba.

Mesmo ambientes mais sombrios podem brilhar no gênero. "Elden Ring" mistura paisagens melancólicas e grandiosas com regiões místicas e perigosas, enquanto "Days Gone" transforma o Oregon em um território pós-apocalíptico cheio de detalhes realistas.

Com mundos tão variados, os jogos de mundo aberto provam que o cenário é quase um personagem. Seja explorando cavernas em "Minecraft", pilotando carros em "Forza Horizon 5" ou navegando em "Sea of Thieves", o ambiente pode ser o maior atrativo e um convite para a aventura.

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