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Crisis Core - O jogo prólogo de Final Fantasy 7

É engraçado como de repente um jogo pode deixar de nos surpreender de uma forma para surpreender de uma outra forma. Esse foi bem o caso de Crisis Core, um jogo que eu esperava demais em sua jogabilidade e não esperava tanto da história, mas acabei me decepcionando com o primeiro elemento e me surpreendendo absurdamente com o segundo! Sendo assim por mais que eu tenha achado a jogabilidade meio chatinha, a trama valeu por qualquer outro elemento do jogo. Se você é fã de Final Fantasy, certamente vai amar!



Mas antes de tudo deixa eu falar uma coisa, quando postei no facebook algumas pessoas ficaram iradas com a minha análise de Dirge of Cerberus, porque eu desci o cacete em elementos ruins do jogo, mas pelo amor de deus né? Eu faço análises dos jogos, então assim como falei um monte de coisas legais do jogo, falei que fiquei viciado e como me diverti, eu também tenho que falar as coisas que achei ruim oé... Vão dizer que uma parede invisível em cima de uma caixa é maravilhoso de se ver? E eu faço análises em comparação a jogos da época, sendo assim se você não gosta de ver elementos negativos de seu jogo favorito serem citados, não leia as análises.

E também lembre que minha palavra não é lei, é minha opinião apenas, talvez você adore dar um pulo duplo e ver que não consegue subir em cima de uma caixa porque algo invisível bloqueia. Esse aqui é um blog pessoal, falo aqui como falo em uma conversa com um amigo, portanto uso gírias, emoticons no meio dos textos e nem reviso os textos, não fique puto ou xingue só porque não gostei do que você gostou, é só dizer que não concorda e pronto se parece ruim é bom procurar análises mais formais que talvez seja mais adequado pra você.

Se você chegou a esse parágrafo é porque não vai ligar de ver eu reclamando de algumas coisas kkkk, então vamos lá! Quando eu conheci Crisis Core, me pareceu um jogo extremamente elegante para PSP, gráficos lindos, a jogabilidade parecia um JRPG evoluído com liberdade de andar pela tela e atacar. Sabia que queria jogar um dia, mas queria primeiro zerar Final Fantasy VII, e assim o coloquei em um canto, não vi  muito a fundo, nem sei se cheguei a ver vídeos, mas foi a impressão que sempre tive.

Depois que zerei FF7 finalmente chegou a vez de dar uma olhada em todo o material ao redor dele, assim como passei a entender bem melhor do que se tratava esse jogo. Nele você controla Zack, um personagem que apenas é mencionado em Final Fantasy 7 e aparece a partir de flashbacks, naquele jogo ele é importante pra encaixar as peças, mas ele é apenas isso, não é um personagem jogável nem nada, só uma história.

Aqui você assume o papel dele e é mostrado como foi seu treinamento como soldado da companhia Shinra, e seus esforços para virar um 1ª classe da "Soldier", soldados de elite que são enviados para as missões mais complicadas. Mas tudo começa a ficar ruim quando Genesis, um Soldier de primeira classe deserta e leva alguns com ele. ele investiga com seu mestre Angeal, pois Genesis deve morrer, mas se surpreende quando seu próprio mestre também deserta e ele é que tem que investigar os motivos, localizá-los e exterminá-los.

A história do jogo já começa fantástica assim, tudo começa sete anos antes dos acontecimentos de Final Fantasy VII, sendo assim é meio que um prólogo da história. E se você jogou, vai ver uma quantidade enorme de elementos já apresentados antes, mas aqui são mostradas suas origens, algumas são tão pequenas, mas causa um baita de um calor no coração haha, é muito bom mesmo dever, bem intensa a coisa.

Zack é um personagem que no começo eu o achei muito padrão e não me pareceu interessante, mas no fim do jogo eu senti uma ligação com o personagem que raramente sinto. Conseguiram passar a sensação de uma figura viva, alguém que você conhece. Simplesmente fantástico demais, foi uma experiência que posso chamar de realmente intensa.

Enquanto Cloud sempre pareceu o tipo de personagem que me atrai mais, bem quieto, fazendo apenas suas missões. Zack é exatamente o oposto, ele quer ser o herói, super agitado, sorridente, sempre fazendo uma piadinha e animado para as animações, além de sempre ter o papo de querer se tornar um herói, é engraçado ver ele sempre sendo rebaixado pelos outros, como ser chamado de cachorrinho ou de só servir pra fazer exercício de agachamentos (Que ele faz direto).

Mas apesar dessa alegria toda, o que vai encantando, é que um dos focos da história é a deterioração, e fica simbólico como a vida de Zack vai tomando esse rumo. Tudo ao seu redor vai desmoronando, é aí que a coisa fica intensa, ele vai conseguindo coisas, tendo alegrias na vida, mas ao mesmo tempo que cresce, tudo desmorona. Aos poucos você vai sentindo isso.

Inclusive é de bater palmas pelo menos na dublagem americana em como as cenas de choro ficaram de partir o coração, com as coisas que acontecem com o personagem elas parecem extremamente sinceras. Além disso dão um enorme contraste com a alegria dele, porque mesmo com diversas coisas ruins acontecendo, ele fica bem firme, mas chega em alguns pontos que ele desaba, é espetacular.

Sem spoilers! Mas o final tem bem uns vinte minutos, só de cena atrás de cena mais incrível, algo que os caras decidiram realmente fechar com estilo e sei que posso considerar um dos melhores finais que eu já vi em minha vida. Especialmente se você jogou Final Fantasy 7 a sua mente vai ficar em chamas vendo a forma que os caras encaixaram tudo e de uma maneira absurdamente tocante. A história desse jogo me emocionou de uma forma que FF7 nem chegou perto.

Agora vamos falar um pouco da jogabilidade! Uma coisa que me chamou a atenção já de primeira foi o fato de você controlar apenas um personagem. Eu jurava que você tinha dois personagens te acompanhando, não foi uma decepção, mas de imediato senti um pouco de vazio porque imaginava mesmo que era um JRPG com outros personagens pra jogar phoenix down nos caídos e etc.

Achei a jogabilidade meio ruim, é algo que dá pra se acostumar, mas me senti meio sufocado, tudo parece ser aleatório demais. Tanto que no começo me senti completamente perdido, o jogo tem um sistema de e-mails pra receber mensagens de outros personagens e no começo ele te manda mensagens de tutorial, só que ENCHE a caixa de e-mail, são tipo uns vinte, eu até desanimei de ler, só fui jogar, mas fiquei tão perdido que resolvi ler todos, algo bem chato e no final, adivinha? Não serviu pra nada...

O negócio é, as mensagens eram de coisas bem básicas e o que era importante mesmo não falava nada, não dava pra entender, aliás... Era exatamente o que era pra entender, os elementos complicados presentes não tem influência sua, são aleatórios, portanto você não precisa aprender as mecânicas, já que não interage com ela.

Estou falando do chamado DMW (Digital Mind Wave), que é como se fosse o sistema de "Limit" desse jogo, ele é uma roleta que cai aleatoriamente personagens e te gera bonus, legal né? O problema é que ele é aleatório! Ele aparece do nada, não tem influência. Eu tive até que ir pesquisar na wikia do Final Fantasy pra conseguir entender que era aleatório, pois parece um sistema que seria tão legal você ter influência, mas que no fim aparece na hora que quiser e a roleta também já chega definida, não importa a hora que você aperta o botão pra parar, se for pra acertar já foi definido na hora que começou a rodar, o botão só serve mesmo pra parar porque o momento que apertou não dá em nada.

E nesse sistema também é baseado o nível, você precisa ter um 777 pra subir de nível, tipo... Como assim? E se você não tirar 777 nunca durante o jogo inteiro? Bom, eu fui ler e embora o jogo fale isso, aparentemente você vai tirar uma hora, só que não tem medidor sobre quanto tempo falta pro próximo nível, os inimigos as vezes simplesmente param de aparecer em certas áreas, o negócio é todo confuso.

Não é como em outros jogos da franquia que você vê uma barra de quanto falta e pode sair pra treinar e tentar evoluir mais, é algo que dá a sensação de ser completamente aleatório. Isso piora com o jogo sendo de fases, são 11 no total, é bem curtinho e você não vaga pelo mundo. Sendo assim não é bem um RPG, é mais um jogo de ação com elementos de RPG, bem linear, com alguns extras aqui e ali tipo a sala de treinamentos ou os mini-jogos em um lugar do mundo, mas existe uma sensação de estar preso a coisa.

Fora o sistema DMW você está andando pela área e começa o conflito, a tela não muda, ao invés disso aquela área fica fechada mas sem aparecer uma barreira de limitação, é algo invisível, e você pode correr e atacar. com L e R você pode escolher as ações, sendo elas atacar, usar materias equipadas e usar itens.

Com X você faz os ataques enquanto com Triângulo e Quadrado você defende ou gira para o lado, ações que gastam uma barra de pontos específica, além delas tem também a barra de vida e a barra de mana (se não sabe que diabos é isso, é a barra de usar magias). O círculo serve pra voltar no menu de itens, porque quando você clica no ícone dele abre um segundo menuzinho em que se pode escolher os itens e apertar X pra usar.

Até que é um sistema decente, mas é meio limitada a coisa, meio lenta, como os inimigos estão correndo atrás de você o tempo todo, as vezes pode dar um pouco nervosismo correr e ir selecionando os menus e torcer pra uma bola de fogo não te acertar. Pra quem nunca jogou Kingdom Hearts 358/2 Days pode ser tranquilo, mas pra quem jogou é meio decepcionante um menu tão lento.

E por falar em KH acho que um dos problemas dele é que eu vi muitas mecânicas parecidas só que sem funcionar bem. Por exemplo esse jogo que citei você aperta R (Ou seria L?) e já aparecia um menu com itens equipados e bastava apertar o botão correspondente (Y,X e A no Nintendo DS), algo extremamente mais prático do que ir apertando L ou R até selecionar e aí apertar o botão pra usar o item selecionado.

Outra mecânica que parece não dar muito certo e lembra essa outra franquia é o de Kingdom Hearts Recoded em que tinham os chips que você ia montando uma placa mãe e aperfeiçoando cada chip pro seu personagem ficar tunado, era lindo. Já em Crisis Core temos o sistema de "sintesis", em que você pega duas matérias e combina pra formar outra. Quando vi isso achei fantástico! Até começar a misturar minhas materias e perder uma atrás da outra, frustrante demais, ou você consulta um guia na internet, o que meio que perde a graça da coisa, ou você vai gastando elas...

O negócio é, você pega um Pyro Nivel 1 e combina com outra Pyro Nivel 1, o que acontece? Você gera um... Pyro Nivel 1! Maravilha ein? Aí ok, fui testar uma mistura, algo do tipo Lightning Nivel 1 com Pyro Nivel 1, daí sai algo do tipo Cure Nivel 1. Achei as misturas super limitadas e arriscadas, como falei as vezes simplesmente não aparecem combates então não dá pra ficar coletando o tempo todo. No fim das contas eu mal usei as materias, ficou um monte em meu inventário...

E por fim o outro sistema que achei semelhante foi o de Kingdom Hearts Chain of Memories, que ao mesmo tempo em que você lutava, ia selecionando cartas e fazendo combinações, aquilo era espetacular demais e viciante! No sistema DMW você vai destravando personagens novos a medida em que avança na história e a combinação de 3 do mesmo geram um efeito do tipo cura, ataques críticos constantes ou um baita de um ataque especial, o problema é que como falei, é aleatório, você não influi, não monta aquilo, não faz nada, o jeito é esperar acontecer.

E existem alguns problemas do mundo do jogo que eu não entendo o motivo de tal limitação, por exemplo tem lojas no jogo! Mas adivinha só? Os donos só falam "Aqui nós temos os melhores itens!", se você quiser acessar tem que ir ao menu do jogo e ir em loja, pra que diabos fazer isso? Pareceu um baita de um descuido.

Mas! Apesar de tudo, como falei eu joguei muito Kingdom Hearts, então vi mecânicas que a Square já tinha apresentado (Fora as do 358/2 Days que ainda não tinha sido lançado), sendo assim fui um pouco mais rígido no julgamento que tive, pois eu esperava algo bem mais trabalhado pra esse jogo. Não quer dizer que seja ruim, eu tenho certeza que alguém que goste de RPG e não tenha jogado os KH, vai adorar e achar puramente viciante.

É um jogo com foco na ação, então você corre, ataca, desvia, usa magias, não é ruim, não dá a sensação de um RPG mesmo e de liberdade de ir pra onde quiser quando quiser, é linear mas isso não é problema. O estilo dele é basicamente você faz uma missão, volta pra base da Shinra, lá tem algumas coisinhas, você pode ir até a rua, conversar com as pessoas, fazer alguns mini-games e ir para a próxima missão que ao fim terá um chefe e você vai voltar novamente pra base.

As missões variam um bocado até, no começo pensei que eram basicamente matar inimigo até chegar ao chefe, mas depois começa a dar umas boas variadas, incluindo elementos únicos as vezes, por exemplo existe uma missão em que você tem que invadir uma base no modo stealth, existe outra em que você tem que localizar esferas e colocar em um painel pra destravar uma saída, e assim vai.

Os gráficos são absurdamente lindos! É o tipo de jogo que você pensa "Nossa, o PSP era muito potente!", os caras fizeram algo tão detalhado e charmoso, é difícil não ficar encantado, isso sem contar com o padrão de ser estiloso que os caras tanto amam colocar em Final Fantasy, sendo assim existe toda aquela coisa de sobretudos, personagens com asas e ângulos que dão um charme a mais.

Eu sei que o jogo contém spoilers de Final Fantasy VII, portanto a recomendação normal é jogar FF7 primeiro pra depois sentir os arrepios que a origem de certos elementos dão. No entanto eu também acho que é um baita de um jogo perfeito pra ser jogado por aqueles que querem jogar FF7 mas que sentem preguiça ao ver aqueles gráficos e jogabilidade. Falo isso porque quando você zerar Crisis Core e ver a cena pós-créditos, estará tão eufórico que vai despertar uma baita vontade de jogar, será um enorme empurrão. Talvez a experiência seja até mais intensa pois quando você começa a jogar FF7 não conhece aqueles personagens, então tanto faz, mas começando sabendo a história de CC, você já sabe tudo, conhece o universo, odeia a Shinra, sabe tudo o que aconteceu pra chegar a aquele ponto do trem, bem fantástico!

Enfim, fica essa recomendação de jogo maravilhoso, tem uma mecânica que poderia sim ser melhor, mas não é algo horrível, sendo que alguns nem ao menos vão sentir incômodo algum. Engraçado que apesar de ter achado anime Last Order dispensável, assim que terminei de zerar Crisis Core, bateu uma enorme vontade de assistir de novo, pois ele tem muito a ver com esse jogo, sendo assim para quem só zerou FF7 é dispensável, mas pra quem jogou Crisis Core, tudo fica bem mais claro e vale a pena dar uma olhadinha no anime. Bom, é isso, são só 11 fases, é rapidinho, fica a dica!

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2 Comentários

  1. É aí Sky blz? Eu estou jogo o crise core e estou gostando, bem o modo história eu achei bem fácil, desafiante mesmo são as missões secundárias.

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  2. Que bom que está gostando, a história é muito maneira. =D

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