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Plus One - Um filme com potencial desperdiçado

Eu acho que passei por uma longa era onde só haviam dois tipos de filmes de terror, os inesquecíveis, realmente muito bons e geniais, e os clichês com imitações descaradas de outras obras, ou usando fórmulas completamente prontas que te faz perceber claramente o que vai acontecer depois. E aqui está um exemplo!

Digo isso porque ultimamente eu tenho me deparado com muitos filmes que percebo bem claramente o potencial que tem e como o universo desenvolvido, ou a história é interessante, mas no final das contas parece que toda aquela maravilha acaba ficando só meio "É... Legal...", e esse é bem o caso de Plus One, um filme que apresenta elementos interessantes pra caramba, mas no fim das contas é só mais um filme entre outros.

A história tem um toque bastante usado em filmes antigos, meio "Que coisa nada a ver", apresentando fantasias que podem parecer um pouco bobinhas demais para um filme de terror, mas nesse caso acabou sendo interessante exatamente pelo o que veio depois do ponto de partida da coisa. Dando uma "desenvolvida inicial" interessante.

Aqui é apresentado alguma coisa que cai do espaço perto da rede elétrica e a "infecta", viram? Como falei, é meio idiota o ponto de partida, porém isso acaba relevando as coisas porque apresenta um efeito diferente. Apagões começam a surgir, e nas áreas afetadas, há uma anomalia, que afeta a realidade, gerando uma cópia de todas as pessoas presentes, porém fazendo a mesma coisa que estavam fazendo quinze minutos no passado.

Quando li sobre o filme, ele estava marcado como filme de terror, mas esqueçam isso, apesar de se passar em uma festa, com jovens, transas, e uma bizarrice gerada por algo que veio do espaço, não é um filme de sustos de maneira alguma. É mais para algo intrigante, porém não creio que seja intrigante o suficiente para ser classificado como suspense também, sendo assim parece um filme meio neutro quanto ao seu gênero.

Apesar da história parecer não dar em nada, foi interessante a forma que usaram os elementos dela, pois há constantes quedas de energia, e quando isso acontece, os "clones" somem, retornando apenas quando a energia volta, só que cada vez mais próximos no tempo, repetindo exatamente o que os personagens fizeram antes.

Isso começa a gerar reações variadas entre os personagens, mas o medo é a coisa predominante, fazendo inclusive com que alguns matem seus clones. Ficou bem legal a forma sobre como abordaram o "E se eles chegarem perto o suficiente no tempo até o momento atual?", então ficou aquele pânico de se perder, de deixar de existir.

Mas também foram aplicadas emoções diferentes, como estar em paz e finalmente se encontrar, transmitiu bem aquela sensação que algumas pessoas tem de não ser compreendidas por ninguém, mas que poderia entender a si, gera aquela questão que muitos tem no subconsciente de "Se eu me encontrasse, será que eu seria meu melhor amigo?". Além também é claro, de apresentar a questão de resolver os erros do passado, poder mudar coisas que não tem mais volta.

Infelizmente, o filme é muito mal conduzido, e apesar de algumas questões filosóficas geniais, ele parece um filme bobo no final das contas, usa muitos elementos tosquinhos de filme adolescente, e acaba não prendendo tanto. No fim das contas eu senti como se tivesse assistindo um ambiente com potencial para Donnie Darko, mas que acabou saindo uma verdadeira desgraça.

O universo apresentado me fez pensar em muitos elementos que eu acharia interessante se abordassem, pois chegam a tocar no assunto múltiplos universos e não clones, apenas o impacto entre duas dimensões, mas isso é colocado de uma maneira bem "Cala a boca sua retardada!". Só que realmente é o que pareceu, e se for o caso, qual dos grupos era o verdadeiro? O que garante que o grupo do futuro é que eram os daquela realidade? Não é tocado nesse assunto no filme.

Mas enfim, eu recomendo, só que apenas para passar o tempo com os amigos mesmo, esse é um filme que poderia ter sido muito melhor, e que tem um dos piores finais que já vi, é tão clichê o negócio, que acabou me surpreendendo, porque eu JAMAIS esperaria que o roteirista tivesse tacado um final tão sem sal enquanto poderia ter aproveitado a história pra por um final magnífico devido as escolhas que os personagens fazem durante o filme. Mas bom, é a vida né?

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