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Pânico Na Montanha | Horror à moda antiga e um tanto controverso

Atualmente resolvi reassistir o fenomenal série de TV Masters of Horror, em que cada episódio é basicamente um filme, tendo sua trama de forma individual sem conexão com os outros e focado em abordar um aspecto do terror. Sendo assim, dá também para avaliar individualmente a coisa e "Incident On And Off a Mountain Road" é o primeiro da série.
A história é sobre uma mulher chamada Ellen, que viaja por uma montanha, no entanto a aparição repentina de um carro parado faz com que ela acabe se envolvendo em um acidente. Porém isso é a menor de suas preocupações, pois ao acordar e conferir o carro, nota uma absurda quantidade de sangue, até que um enorme homem bizarro surge do meio da floresta...
O mais curioso é que esse é um episódio que assisti do jeito errado. Na primeira vez que vi, pensei de um jeito e agora vejo que não era exatamente o que parecia. O negócio é que o episódio apresenta as coisas de um jeito um tanto sutil e como se trata de uma homenagem ao horror clássico, aqui temos algo que usa sim técnicas de um slasher puro, como Sexta-Feira 13, mas quando se olha com mais calma é que você vê a real mensagem.

Aliás, se por um lado a tradução do título pra português ficou perfeita em relação a como filmes de terror são traduzidos por aqui, por outro ela acaba comendo uma bela de uma dica que o próprio título dá. No caso seria algo como "Incidente dentro e fora de uma estrada da montanha". E acredito que isso faz a diferença, pois já te faz assistir pensando que são dois.
Esse é um dos episódios mais frenéticos e assim que a personagem coloca o pézinho fora do carro, começa a loucura e gritaria. Por outro lado, o desenrolar da coisa é meio simplório e se por um lado é naturalmente medonha a ideia de uma moça sozinha no meio do mato com um assassino gigantesco atrás, o fato de ser algo manjado demais pode acabar não prendendo tanto e a atração talvez sejam mais a atmosfera de algo ao estilo anos 80 que a diversão de algo novo.

Mas sem sombra de dúvidas o que realmente não gostei foram dos frequentes flashbacks em que mostra o seu marido Bruce a treinando para sobreviver. O personagem é mostrado como um fanático por sobrevivência e que faz todo o esforço para que ela esteja pronta para quando algo acontecer e assim ela poderá sobreviver.
E é nesse ponto em que a coisa fica um pouco polêmica sobre a mensagem passada. Talvez em 2005 isso não fosse nada demais, mas me pergunto se em tempos modernos eles fariam a história dessa maneira, pois a reviravolta do final acaba abrindo espaço para interpretação sobre o passado da protagonista e o seu treinamento.

Aliás, essa personagem tem esse diferencial em relação às simples vítimas que saem correndo e gritando, ela é uma sobrevivente. Sendo assim, embora pra mim não tenha sido tão cativante, para outras pessoas pode dar aquele  tempero a mais o fato de que ela usa todas as forças e tudo o que tem ao seu redor pra usar a seu favor, criando armadilhas e mostrando que realmente está disposta a enfrentar o inimigo conhecido como Moonface (Cara de Lua).
A série sempre coloca mestres do terror no cinema para assumirem os episódios, e no caso desse, temos Mick Garris no roteiro, que foi o responsável por dirigir as mini-séries do Stephen King, Dança da Morte e O Iluminado. Já a direção ficou nas mãos de Don Coscarelli, que fez os filmes da saga Fantasma (Phantasm), inclusive o ator Angus Scrimm , que dá vida ao vilão da franquia Phantams, o Tall Manm aparece aqui interpretando um velho louco chamado Buddy. Esse diretor também fez  o esquisitíssimo John Morre no Final.

Enfim, é um passatempo que pode ser interessante. Não me deu a empolgação de outras obras que homenageiam filmes antigos, como Olhos Famintos, mas acredito que consegue entreter, especialmente porque é algo com menos de uma hora e que tem o toque da reviravolta com detalhe controverso.

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