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No Limite da Realidade | O filme de terror que acabou em morte real e mudou o cinema

Sem sombra de dúvidas, quando se fala de obras antológicas, "Além da Imaginação" é algo que tem um destaque. Se tornou uma das série mais influentes da história, e mesmo décadas depois chamando atenção por abordar temas muito à frente de sua época, como preconceito. No Brasil foi lançado um box com a coleção completa, e nos anos 80 a coisa já era admirada. Foi então que Steven Spielberg decidiu fazer um filme da série e rolou uma das mais polêmicas filmagens do cinema, incluindo uma morte de uns atores real, e muito bizarra, sendo gravada.
 
Ao contrário do que muitos possam pensar, o horror antológico não foi uma moda que começou apenas após a viradas do milênio com obras como "V/H/S" e "Southbound", mas tivemos várias outras obras anteriormente, tendo destaque na década de 1980 para o o clássico "Creepshow" por ter o dedo do Stephen King e George Romero. Isso chamou a atenção por se tratar de dois famosos e esse tipo de filme ser naturalmente de baixo orçamento.
Mas não é o único destaque quando se fala em grande orçamento, e definitivamente temos que citar essa obra que acaba brilhando mais do que o nome do Steven Spielberg porque já tem um nome que é um sucesso e acaba deixando um pouco de lado a presença do diretor de Jurassic Park. Mas que você consegue notar muito bem o seu toque.
 
A série inglesa "Além da Imaginação", começou a ser exibida no final da década de 50 e se expandiu por alguns anos, entrando no começo da década de 60 e fechando com cinco temporadas, que se tornaram algo influente a nível mundial. É só ver as homenagens como a série "Night Springs", que é uma clara versão fictícia feita para o universo de Control e Alan Wake.
Isso sem contar que o próprio conceito de série antológica passou a ser usado com bastante frequência, como é o caso de clones como Night Visions e o fenomenal Masters of Horror. Cada um com suas histórias intrigantes e que acumulou seus próprios fãs em cada geração, mas que reutilizavam essa fórmula que veio tão antes.
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No entanto, no início dos anos 80 a série não estava tão distante quanto hoje em dia. Sendo assim, era algo que era antigo, mas que não tinha recebido remakes, cópias e etc. Ainda assim, já conquistava bastante gente e foi daí que um cara tão famoso quanto o Spielberg, simplesmente fez a coisa se tornar extremamente atraente.
O longa é realmente uma homenagem à série e não algo feito para ser separado dela ou uma "edição especial", e dá pra ver isso com clareza pelo fato de que três dos quatro episódios são remakes usando tecnologia mais atual. Apenas uma das histórias é original e assim acabou sendo tanto uma apresentação para um novo público quanto uma forma de dar um visual mais estiloso a episódios clássicos.

Assumo que não gostei de todos os episódios, no entanto todos me causaram um impacto por sua mensagem ou pela atmosfera. As histórias variam indo desde fantasia até o horror, não tendo um toque de ficção científica, que também era um dos pontos da série. Talvez pela falta de tempo ou talvez na seleção, tenham visto que não se encaixaria tão bem.
Em "Time Out", temos um homem carregado de preconceito que acaba indo parar em pontos como a Alemanha nazista, a perseguição por negros da Ku Klux Klan e a guerra do Vietnã. Mas em todos, ele é um dos perseguidos, não ficando do lado que persegue e é claramente uma história sobre se colocar no lugar do outro.

Já em "Kick the Can" é um episódio que não me atraiu como parte da antologia, mas que a mensagem é fantástica. Apresenta um asilo de velhinhos que ainda sentem a juventude em suas almas. Aliás, tem algo que achei bem ousado de colocarem, que é uma fala no início em que explicam que não é porque se é velho que não se pode ter vida sexual.
Em sequência temos "It's a Good Life", que fala sobre crianças mimadas que a família permite fazer absolutamente qualquer coisa que quiserem. No caso, aqui é representado por uma família atormentada por um garoto com poderes psíquicos, que faz qualquer coisa acontecer diante de seus olhos, apenas desejando que aconteçam.

A quarta história é "Nightmare at 20,000 Feet", e provavelmente é a mais badalada de todos, já que de vez em quando se vê uma imagem rolando pela internet. Ela apresenta um homem surtando em um avião, pois tem medo de voar. No entanto a coisa piora quando ele olha pela janela e vê uma criatura humanoide rasgando o metal das asas.
Os efeitos especiais do filme realmente se destacam e mostram bem que uma bela grana foi usada para que a coisa fosse feita. Você nota bem a diferença entre a série, em que boa parte dos efeitos especiais se abraçam em técnicas de ilusão, não mostrando com clareza as coisas e o visual do filme, em que mostram muito bem tudo e aproveitaram o que a tecnologia, maquiagem e bonecos caros do início dos anos 80 podiam oferecer.

Algo bizarríssimo é que o ator Vic Morrow, que protagoniza a primeira história, tem uma cena em que segura duas crianças vietnamitas e corre com elas. Mas durante as filmagens, fogos de artifício atingiram um helicóptero, que ficou fora de controle e caiu, decapitando o ator e uma das crianças, enquanto a outra conseguiu escapar da hélice, mas foi esmagada pelo helicóptero.
A morte dos três gerou uma polêmica imensa, gerando um processo no diretor e fazendo com que ele tivesse que lidar com muitos problemas. Isso fez também com que o cinema mudasse pra sempre, alterando as leis trabalhistas para crianças fossem revistas em Hollywood. Apesar de tudo, já tinham gravado cenas o bastante para lançar o episódio dele, mas retirando qualquer cena que fizeram em que o helicóptero aparecia.

Enfim, Twilight Zone: The Movie de 1983 é uma ótima obra pra você assistir naquele fim de noite ou madrugada com alguém que gosta ou sozinho. Simplesmente algo que é uma delícia e tem uma bela de uma atmosfera noturna que pode dar um ótimo tempero. Não é assustador na maioria do tempo, mas com certeza consegue criar um ambiente aconchegante no quesito mistério.

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