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Far Cry 6 | Um exuberante mundo aberto latino


Se você estiver pensando em comprar Far Cry 6 e antes quer dar uma conferida no que é possível fazer, então seja bem vindo! Vamos falar um pouco sobre essa obra da Ubisoft que deixou tanta gente louca para experimentar algo familiar com a ambientação latina. O jogo gerou uma série de teorias sobre sua ligação com outros títulos da franquia e naturalmente o lançamento foi um estouro.

A história se passa em uma ilha fictícia do Caribe onde tem um país inspirado em Cuba, chamado Yara. Nele rola uma ditadura feita por Anton Castillo, que divide opiniões dos moradores. Algumas pessoas aprovam completamente o estilo adotado, enquanto outras são revoltadas com a brutalidade e matança. Você assume o papel de uma pessoa que tenta fugir, mas que acaba se afiliando a um grupo revolucionário que quer assassinar "El Presidente" e tomar a ilha de volta.
 
Para quem não conhece absolutamente nada sobre Far Cry, esse é mais um jogo da franquia que usa todos os elementos clássicos. Então oferece um mundo aberto e uma experiência de sobrevivência com muito matagal, animais selvagens,armas variadas, modificações, roupas. Possibilidade de dirigir veículos, muitas explosões e etc.

Bom, se você é iniciante no mundo de Far Cry, certamente vai adorar esse jogo se é fã de ação, mundo aberto e jogos em primeira pessoa. No entanto se você já jogou os jogos anteriores, certamente vai sentir algo semelhante demais para ter uma grande emoção, pois a primeira sensação será de que já viu a quilo tudo em Far Cry 4 e Far Cry 5, além de outros jogos da série, tipo New Dawn.
Apesar de tudo, é aquele tipo de jogo que tento olhar com uma visão mais ampla da coisa. Então antes de tudo eu vejo a obra em si sem comparar com os outros. E nesse quesito ele é muito bom, cheio de possibilidades, um belo mundo aberto, tiroteio frequente, missões extras e várias coisinhas pelo cenário para você interagir.

Ainda assim, após jogar um pouco e começar a ver as possibilidades, acredito que logo a pessoa vai estar se sentindo mais confortável, ainda mais por saber que existem coisas como novos animais, armas e pequenas adições que acabam fazendo o jogo não inovar, mas que naturalmente conseguem causar muito entretenimento se a pessoa não exigir que seja uma experiência inovadora.

A nova ambientação é em um país, mas acaba mantendo muito do clima de vegetação e ambiente de mata com estradas e vilas. Mas existe um destaque para a capital Esperanza, que é uma área urbana que chama a atenção por ser maior. Me lembrou bastante o clima de algumas áreas de Dying Light e especialmente a segunda área Dead Island. É bem atmosférico, ainda mais com os carros antigos.

O jogo manteve o sistema de "Parças" que foi introduzido em Far Cry 5. Sendo assim, se você não tiver com quem jogar no cooperativo, ao menos vai poder chamar os NPC's e aqui tem como destaque os animais completamente inusitados, como um jacaré com dente de olho ou um cachorrinho fofíssimo que usa cadeira de rodas na parte de trás.
Os gráficos do jogo infelizmente não são muito impressionantes. Embora o ambiente em si acabe podendo encantar pela beleza dos detalhes. O visual dos personagens é muito batido e é notável que a Ubisoft poderia ter feito modelos mais bonitos para a coisa. Certamente um mundo aberto tão detalhado pesou na hora de escolherem o realismo visual, mas ao menos os personagens principais poderiam ter  ficado melhor.

Os mini jogos presentes estão muito divertidos, tendo destaque para a rinha de galo, que tiveram a ideia fantástica de fazer algo semelhante a jogos de luta como Tekken. Então você pode dar três tipos de ataque, se virar na câmera para a tela girar e ainda usar um ataque especial quando a barra inteira carregar.

Outro mini jogo que acho que já existia em outros jogos bem mais antigos, como Assassin's Creed Brotherhood, são os contratos pra enviar personagens em missões e depois coletar se forem bem sucedidos. A diferença aqui é que adicionaram uma mecânica de dar ordens pra o que eles fazerem, com porcentagem de chance de conseguir ou não, tipo um mini RPG.

As armas continuam horrorosas como em Far Cry 5. Esse sistema é usado para que você possa melhorá-las, sendo assim especialmente no começo, você vai sentir a frustração de dar vários tiros de sniper na cabeça de alguém e a pessoa apenas sobreviver. Dessa maneira a forma mais fácil de se matar personagens é com a faca, que com certeza dá mais dano que armas de fogo.
De inovação em relação a armas, temos o "Supremo", uma mochila lançadora de foguetes que consegue causar um verdadeiro estrago. Existem variações que te permitem usar essa ferramenta de maneiras diferentes indo desde explosões cabulosas que podem destruir tanques até liberação de gás que deixa os inimigos loucos e os faz atacar aliados. É uma habilidade que demora muito carregar, mas quando vem, é indo de se ver.

Achei a história conduzida de uma forma mais elegante e aparentemente os próprios criadores pensaram na essência de série estilosa, pois conta com uma baita abertura fantástica que tem suas semelhanças com aquelas séries de alto nível voltadas para o público adulto. E aqui, frequentemente aparecem cenas mostrando o dia a dia dos vilões.

Também achei mais legal que a maioria dos Far Cry as situações que acontecem diretamente com o personagem e seus conhecidos. No entanto nessa parte, eu achei uma pena que traições e mortes acontecem muito rapidamente. É chato ver um personagem ser introduzido em uma missão e na outra ele já morrer. Não dá pra criar ligação ou ódio pra ter o impacto que merecia. Algumas ideias são boas, mas aplicadas muito rapidamente.
 
Eu também fiquei feliz com a forma dos inimigos comuns agirem. Aqui eles não parecem um monte de capanguinhas descolados fazendo cosplay de capanga, tipo os do 5, que eram fanáticos religiosos e agiam como adolescentes radicais revoltados. Aqui existe o clima de um país dividido e pessoas que escolheram seu lado em uma guerra civil. Existem os jovens mais descoladinhos, porém é um grupo em especial, mas a diferença é que aqui faz sentido, já que é um grupo revolucionário jovem como realmente existem e existiram vários e da mesma forma existem os velhos cansados que pensam de outra forma.
Sendo assim, se por um lado tem personagens que acreditam plenamente em Anton, tem outros que trabalham pra ele, mas não creem nisso e assim tem os informante. Se você se aproximar deles com a arma abaixada, lhe dão informações. Já os inimigos em combate te chamam de coisas como "traidor", e mostram bem a visão de acreditarem e estarem lutando por uma causa.

Acredito que o problema é que eles tinham tempo limitado para que as coisas acontecessem, já que existem vários estados em Yara e você precisa ir em cada um deles para conseguir aliados e assim fazer a história deles. Por um lado é legal ter múltiplas histórias, mas por outro, se fosse apenas uma grande, certamente daria pra trabalhar melhor a coisa.

O jogo conta com os mais variados tipos de veículos, indo desde aviões para você explorar o ar, até barcos de pescador para vagar pelo mar da ilha. Na terra temos caminhões, quadriciclos, carros e provavelmente o grande destaque é a introdução de cavalos, coisa que até então não tinha na franquia e combinou perfeitamente aqui, permitindo cavalgar e atirar.

Ainda há alguns acessórios para auxiliar na movimentação e que já apareceram antes. Você pode usar o paraquedas para poder rapidamente chegar de locais altos para bases inimigas ou qualquer outro ambiente e também o planador que te permite salvar e com velocidade, seguir reto para um lugar, algo muito útil para evitar passar por uma grande vegetação.
O jogo foi feito com uma base extremamente política dessa vez, o que acabou sendo interessante e lançado em um momento bem contemporâneo, com tantas tretas mundiais escolhendo lados de uma visão. E aqui não é como os outros Far Cry em que todo mundo te ama e quer te abraçar. Nesse tem gente irada te xingando na rua.

Giancarlo Esposito foi uma escolha interessante para o jogo. É claro que o principal motivo foi o marketing em colocar um rosto conhecido, mas o cara realmente manda muito bem como um ditador latino, especialmente porque o papel em que ele mais se destacou foi como Gus em Breaking Bad, e depois disso passou a fazer vilão atrás de vilão e se destacou muito sendo o ditador em Far Cry.
 

O seu personagem voltou a falar. Aqui novamente podemos escolher entre homem ou mulher, mas a Ubisoft notou que foi uma ideia de merda o personagem ser vazio em Far Cry 5 e dessa vez ele não apenas fala como também aparece em terceira pessoa durante as cutscenes, algo que só aconteceu anteriormente em Far Cry 1.
 
Enfim, um jogo cheio de possibilidades que te permite melhorar armas, locais, vagar pelo maior mapa da franquia até então e mais! No entanto ele é mais um Far Cry que usa a mesma fórmula desde Far Cry 3. Divertido é bastante, porém não é nem um pouco inovador. É mais do mesmo, você joga, se diverte, mas se realmente quiser algo diferente, vai se cansar rápido. Já se for o seu primeiro Far Cry, prepare-se pra se apaixonar.

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