Entre os destaques está o modo história Braking Point 3, que dá sequência aos eventos anteriores e mostra a equipe fictícia Konnersport tentando conquistar o título da Fórmula 1 enquanto enfrenta uma crise interna. Esse modo mistura drama e rivalidades com as corridas em si, oferecendo uma experiência narrativa incomum dentro dos simuladores de corrida.
O realismo das pistas recebeu grande atenção. Foram usados escaneamentos por tecnologia LIDAR para capturar detalhes minuciosos de circuitos como Miami, Suzuka, Sakhir e Melbourne. Isso inclui relevo, arquibancadas e até áreas de escape. Além disso, o jogo usa path tracing no PC, uma técnica gráfica mais avançada que o ray tracing, responsável por reflexos e iluminação ainda mais próximos do que se vê na vida real. E o jogo ainda conta com dublagem em português pra deixar tudo mais atmosférico.
A parte visual reflete também na identidade das edições especiais. A Iconic Edition traz Lewis Hamilton usando o uniforme vermelho da Ferrari na capa, enquanto a edição padrão conta com Oscar Piastri, Carlos Sainz Jr. e Oliver Bearman. Esses elementos reforçam a conexão do jogo com o universo real da Fórmula 1, consolidando F1 25 como uma das representações mais fiéis do esporte no mundo dos videogames.
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Sobre games de corrida
A história dos jogos de Fórmula 1 começou quando os videogames ainda engatinhavam e tudo era feito de blocos coloridos tentando imitar velocidade. Lá nos anos 70 e 80, enquanto arcades ganhavam força, surgiram títulos como Pole Position (1982), que virou marco por colocar o jogador atrás do volante de um carro inspirado na F1. Era simples, mas mostrava que a ideia de sentir a adrenalina das pistas tinha chegado para ficar.
Com o tempo, consoles como NES e Master System começaram a receber jogos que tentavam reproduzir a emoção dos grandes prêmios, sempre usando nomes familiares como turbo, pit-stop, qualify e curvas perigosas. Na virada para os anos 90, o avanço dos gráficos permitiu que séries como F-1 Race e Ferrari Grand Prix Challenge marcassem presença, trazendo pistas reconhecíveis e carros com visual mais próximo dos monopostos reais, ainda que tudo fosse limitado pela tecnologia da época.
A grande virada aconteceu quando o 16-bit entrou em cena. O Mega Drive trouxe Ayrton Senna’s Super Monaco GP II (1992), um dos jogos mais marcantes do gênero, com o próprio Senna envolvido na produção. Esse título mostrou como um game podia ser mais técnico, trazer sensação de competição e criar um clima que lembrava os treinos classificatórios e corridas intensas. A presença do tricampeão elevou a credibilidade, e muita gente guarda até hoje memórias ligadas a esse jogo.
Nos PCs, o salto foi ainda mais impressionante. A MicroProse lançou Grand Prix em 1991, seguido por Grand Prix 2 em 1996, que revolucionou o gênero com física, câmeras ajustáveis, simulação de desgaste de pneus e gráficos em 3D que estavam muito à frente de seu tempo. Esses jogos mostravam que os fãs queriam algo mais que velocidade arcade; eles buscavam experiências que imitassem telemetria, estratégias de pit-stop e sensação de cockpit.
Quando o 3D se consolidou nos consoles de quinta e sexta geração, apareceram jogos como F1 2000 e F1 2002 da EA Sports, trazendo pilotos reais, equipes oficiais e circuitos como Monza, Suzuka, Interlagos e Silverstone com detalhes mais elaborados. Esse período firmou a ideia de temporadas completas, com clima variável, bandeira amarela, safety car e toda a atmosfera do campeonato mundial da FIA, aproximando o jogador da experiência televisiva.
A partir de 2009, a Codemasters assumiu a licença oficial e lançou F1 2010, colocando de vez os simuladores modernos no centro das atenções. Foi aí que o gênero atingiu um novo nível, com modos carreira longos, conferências de imprensa, desenvolvimento de carro, sistema de ERS, DRS, chuva dinâmica, trilha sonora marcante e uma imersão capaz de prender até quem não acompanha o esporte. O estúdio seguiu ano após ano refinando o que um jogo de Fórmula 1 deveria ser.
Com a chegada de consoles mais poderosos, os games passaram a incluir detalhes minuciosos, como desgaste térmico dos pneus, comportamento realista da suspensão e gráficos tão precisos que permitiam reconhecer patrocinadores no capacete do piloto. F1 2021, F1 22 e F1 23 trouxeram modos narrativos, campeonatos online, F2 integrada e ferramentas para quem gosta de pilotar com volante, câmbio manual e setups personalizados.
Mesmo com o avanço dos simuladores modernos, o gênero nunca abandonou suas raízes. Jogos que misturam arcade com F1 continuam aparecendo, como F1 Race Stars, provando que ainda há espaço para diversão mais leve, enquanto outros como Automobilista 2, rFactor 2 e Assetto Corsa Competizione mostram como a busca por física realista influencia até quem não tem a licença oficial, mas quer recriar a sensação de estar em um cockpit de verdade.
A trajetória desses games mostra que o interesse por velocidade atravessa gerações e plataformas. Dos arcades aos consoles, dos 8-bit aos gráficos fotorrealistas com ray tracing, a Fórmula 1 continua sendo um dos temas mais fortes para quem gosta de sentir o motor rugindo, ajustar asas, brigar por pole position e disputar cada curva como se valesse um título mundial. A evolução nunca parou, e cada época marcou seu lugar nessa estrada enorme que mistura nostalgia, tecnologia e paixão.
