Polêmica da Ubisoft fez surgir lei nos EUA que obriga lojistas de games a colocarem aviso de que o jogo não pertencerá a seu comprador

Seja pra quem compra um PC Gamer, um Playstation 5 Pro, ou mesmo um Celular pra games, todas essas plataformas podem ser usadas para games sem precisar de mídia física. Apesar de tudo, desde que a Steam começou a crescer, as pessoas começaram a se questionar "O que acontece se a Valve falir?". E bom... Chegou a um ponto em que começamos realmente a ver o que acontece. Mas, órgãos que protegem consumidores começaram a agir no mundo inteiro, e nos EUA, uma lei em especial chamou a atenção do mundo gamer.

Uma lei da Califórnia, chamada AB 2426, mexeu com o mundo gamer, pois é rígido sobre como as lojas digitais apresentam a compra de jogos e outros conteúdos. Quando alguém compra um jogo em plataformas como Microsoft Store, PlayStation Store ou Steam, a impressão é de que o jogo foi adquirido definitivamente, mas, na verdade, o consumidor está apenas licenciando o direito de uso. Isso significa que a empresa pode, em alguns casos, revogar esse acesso, como já aconteceu com títulos mais antigos que foram retirados de circulação.

Essa legislação exige que as empresas que vendem conteúdos digitais, como jogos, filmes e e-books, sejam mais transparentes sobre o que realmente está sendo oferecido. Termos como “comprar” ou “adquirir” só poderão ser usados se a venda for clara sobre o fato de que o consumidor está adquirindo uma licença, e não a propriedade total do produto digital. A mudança não se aplica a serviços de assinatura ou downloads gratuitos, mas visa dar mais clareza aos usuários na hora da compra.

Um exemplo que motivou a criação dessa lei foi o caso do jogo de corrida The Crew, da Ubisoft, que foi removido das lojas digitais e teve servidores desligados, causando a perda de acesso ao jogo, gerando muita frustração e sendo o motivo da deputada Jacqui Irwin apresentar o projeto. Com a nova regra, empresas que não forem claras sobre os termos de licenciamento poderão ser multadas. Isso busca evitar que os consumidores sejam levados a acreditar que têm posse de algo que pode, na verdade, ser revogado sem aviso prévio.

Além de proteger o consumidor, essa questão também toca na preservação digital. Muitos jogos e conteúdos são retirados das lojas, e as pessoas perdem o acesso a algo que pagaram. Com essa nova lei, a ideia é que haja mais conscientização sobre o que é realmente adquirido, oferecendo mais proteção no mundo dos produtos digitais.

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