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Baki | Apesar de ter muita tosqueira, também tem um charme peculiar

Tá aí um anime que vi com um amigo e consideramos só a bagaceira, por outro lado nos divertimos muito. A sensação foi de estar assistindo um trash proposital, tipo Ash vs Evil Dead ou Banquete no Inferno. Porém sem ser terror, e sem ser proposital, sendo apenas trash mesmo com os mais variados tipos de clichês possíveis. Ainda assim com suas peculiaridades que dão um certo charme bastante próprio, como a aparente obsessão do autor pela anatomia masculina.



A história fala sobre vários condenados à morte que pouco antes de terem seu destino final, fogem e vão para o Japão, sempre deixando uma mensagem "Eu quero conhecer a derrota". O objetivo deles é encontrar um garoto de 17 anos chamado Baki Hanma, que é o homem mais forte que existe. Porém muitos outros lutadores aparecem e a pancadaria rola solta envolvendo um torneio clandestino de artes marciais onde vale tudo.

Como podem ver, a história é só a bagaceira! Reúne tudo quanto é tipo de clichê possível e extrapola no ridículo com o garoto de 17 anos extremamente forte. E tudo só vai ficando ainda mais exagerado com os personagens gigantescos, cada  personagem com o braço mais grosso que o outro e uns diálogos que tentam ser inteligentes, mas acabam fazendo rir.

Uma mania que eu tenho e sempre faço com esse amigo que assistiu comigo, é pegar o Wattpad (Plataforma de publicação de histórias), e ler os contos bizarros que algumas garotinhas apaixonadas publicam. As histórias são muuuuuito, mas muuuuuuito toscas e fazem rir muito, porque sempre tem a rival que é humilhada, o shopping é um cenário essencial, tem alguns furos bizarros de roteiro e falas sem sentidos. E bom... Quando assistimos Baki, não deu outra, imediatamente pensamos "CARACAS! É COMO UM CONTO DO WATTPAD, SÓ QUE NA VERSÃO PRA MACHÃO!". Uahahaha.

Isso porque a trama é muito bobinha, parece que foi só um garoto de 14 anos que queria escrever uma aventura e assim foi tacando tudo que vinha à cabeça. Inclusive é fácil perceber uma mania constante do autor, que é a de cortar cenas ou terminar episódios em momentos inapropriados. Ele não espera o clímax de algo para cortar, ele simplesmente corta no meio da cena mesmo, não importa o momento.

O visual é uma das coisas mais bacanas do anime. Apesar de eu não achar exatamente bonito, me agradou muito por não ser nada preguiçoso. Os personagens são meio tortos e tal, porém o nível de detalhes chega a ser desnecessário. Até os rostos da maioria dos personagens são cheios de marcas faciais. E as linhas dos corpos são super bem definidas.

Originalmente Baki era um mangá de 1991, ganhou um OVA em 1994, um anime em 2001 e um pequeno OVA em 2016, até finalmente chegar à versão de 2018, que a Netflix transformou em global em 2019 com o nome de "Baki: O Campeão", que é essa que estou analisando. Não tive contanto com as adaptações anteriores, mas essa é uma continuação, e dá pra sentir bem que trata-se de um fruto dos anos 90, com sua simplicidade no roteiro.

Apesar de tudo, assumo que mesmo para os anos 90, é bastante bagaceira a forma que a coisa é conduzida. Parece que o autor sofria um brainstorming constante e não conseguia focar em um ponto para passar para o próximo, portanto só ia tacando loucamente. Não é como Yu Yu Hakusho, por exemplo, que se concentra em algo e torna um arco. Em Baki é bem fácil você pensar "Que? Quem é esse cara? O que isso tem a ver com a história?", e tão rápido como surgem, os elementos novos simplesmente somem.


As lutas são absurdamente exageradas e também tem furos que acabam fazendo rir muito. Por um lado, pode ser chocante os ferimentos que os personagens sofrem, especialmente porque o traço é muito detalhado, então dá pra ver o rosto da galera sendo esmagado, os dentes quebrando e saindo, entre outros detalhes. Porém é raro um ferimento ficar, e são ferimentos absurdos. Fica difícil não rir de um personagem perder os dentes, ficar banguela, aquela luta passar, ele aparecer banguelo em outra luta, e depois... Bom... Depois mais pra frente ele ressurgem com os dentes perfeitos e é isso aí.

Enfim, com certeza não é um anime para todos, definitivamente muitos podem achar tediosos. Porém se você apenas quer uma aventura sem ligar muito, pode ser bem agradável. E se você é do tipo que gosta de zoar, esse é um kit completo, desde os longos diálogos "profundos" totalmente desnecessários, até o fato de praticamente 100% das cenas com o protagonista serem dele com a namoradinha falando que a ama e sempre a cena acaba com um fortão atrás deles pra falar alguma coisa sem sentido. É um bagaço louco! Fica a dica!

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