Quando eu penso em jogos da Double Fine, já me vem duas coisas a mente, a primeira é de um jogo feito com um baita de um carinho especial e que com certeza irei sentir o tempo todo, aquele tipo de jogo que você nota sem parar que os criadores realmente estavam afim de fazer algo porque estavam realmente afim de fazer aquilo. A segunda é a de um jogo carismático com uma jogabilidade realmente gostosa, e um toque de fofura no visual que a empresa tanto ama colocar. Então na hora que vi imagens de Costume Quest, eu já sabia muito bem o que estava por vir. E assim chegou a hora de eu fazer a análise dessa simpática obra.
A história te coloca no papel de um dos dois personagens, um casal de irmãos que você escolhe no início do jogo. É noite de dia das bruxas e você deve sair pela vizinhança para coletar doces, no entanto um dos irmãos é sequestrado por um estranho em uma casa, e de quebra a sua fantasia também acaba sendo levada, sendo assim você precisa dar um jeito nos dois problemas, conseguir uma fantasia nova e trazer de volta o seu irmão (ou irmã).
Quando eu vi esse jogo, eu jurava que era mais algo a ver com aventura, um jogo de plataforma talvez, algo assim, o visual dele acaba fazendo parecer usar uma mecânica desse tipo, e quando saí para coletar doces, logo fiquei na expectativa sobre onde estaria a ação da coisa. Então foi uma baita de uma surpresa quando entrei no primeiro combate e percebi que usava a mecânica de JRPG! É isso aí, esse jogo tem combate em turnos!
Então em geral, você tem todo aquele sisteminha de andar por aí, fazer missões, conseguir aliados, e ainda pode pegar roupas novas, tendo que achar os materiais e então montar. Cada roupa dá uma habilidade nova ao personagem que estiver usando, e fora do combate você também recebe uma vantagem com ela, por exemplo se você usar a roupa de robô, você pode sair deslizando rapidamente pela cidade.
O combate é muito gostoso, apesar de ser em turno, é bem movimentado, com câmera que vai mudando de ângulo e mostrando apresentação dos ataques, e botões que precisam ser apertados na hora certa para dar um bônus ao personagem, isso serve tanto no ataque quanto na defesa, por isso quando os personagens vão te atacar, você pode apertar o botão na hora certa e ganhar uma vantagem, diminuindo o dano.
Um RPG urbano assim e com crianças interpretando papéis acaba fazendo ser inevitável não lembrar de South Park The Stick of Truth, no entanto aqui as coisas são muito mais puras, existem piadinhas, mas elas são engraçadas sem toda aquela malícia do outro jogo, sendo assim acaba sendo uma alternativa fantástica para quem quer mais é curtir uma história que faça retornar a infância e rir muito com a forma pura de se pensar quanto a certas coisas, além de que os criadores aproveitaram bem para colocar cenas com ângulos de visão variados e que dão um baita ênfase na coisa, como no início do jogo em que você faz uma corrida com um outro personagem, e no final você pula uma rampa e sai voando bem alto, e assim a câmera mostra a coisa em câmera lenta, você olhando pra baixo e todos os personagens observando com cara de "Uow! Ele é demais!" hahaha.
O gráfico é completamente adequado ao jogo, realmente a coisa é uma verdadeira fofura que combina muito bem com o estilo que a Double Fine tanto adora usar, além do nível de detalhes super alto que causa um verdadeiro prazer em poder explorar as ruas do jogo e ir vendo as coisas acontecerem.
Enfim, fica aí essa dica de um maravilhoso RPG que com certeza muita gente irá amar demais, um jogo carismático com jogabilidade gostosa e rápida mesmo tendo combates em turnos, e que foi uma bela surpresa. Quem se interessar pode dar uma conferida no site oficial da desenvolvedora.
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