Spencer destacou que a meta da Microsoft é remover as barreiras para que mais pessoas possam jogar seus títulos, citando iniciativas como o Xbox Play Anywhere e o Xbox Game Pass.
"Se houver jogadores que queiram aproveitar nossos jogos no PlayStation 5 ou no Nintendo Switch 2, queremos absolutamente que eles possam jogar nessas plataformas também. Nesse sentido, recebemos um apoio realmente excelente tanto da Sony Interactive Entertainment quanto da Nintendo."
Esta declaração reforça o posicionamento anterior de Spencer, que já havia descrito o Nintendo Switch 2 como "uma parte importante do futuro do Xbox". A estratégia visa ampliar o alcance das franquias da Microsoft, enquanto a Nintendo se beneficia com a adição de títulos de grande orçamento ao seu catálogo.
O movimento já tem resultados concretos. O jogo Indiana Jones e o Grande Círculo (Indiana Jones and the Great Circle), da MachineGames, está confirmado para ser lançado no Nintendo Switch 2 em 2026.
Microsoft herdou rivalidade contra Nintendo, mas não levou adiante
Quando se fala em disputa nos videogames, o papo quase sempre gira entre Microsoft e Sony. Xbox versus PlayStation, Halo versus Uncharted, Game Pass versus PS Plus. Mas tem uma outra gigante que também faz parte dessa história: a Nintendo.
Antes da Microsoft entrar no mundo dos consoles, quem batia de frente com a Nintendo era a SEGA. Sonic e Mario eram rivais, Mega Drive e Super Nintendo disputavam espaço, e os fãs viviam em guerra na console war à moda antiga. Era uma época de revistas como Super GamePower, fliperamas, e muita zoeira.
Com o tempo, a SEGA saiu do mercado de consoles, mas não sumiu. Ela se aproximou da Microsoft, ajudou no desenvolvimento do Xbox original, e até usou o Windows CE no Dreamcast. Vários jogos da SEGA foram lançados no Xbox, como Jet Set Radio, Crazy Taxi, Panzer Dragoon, e Shenmue II. Então ela meio que passou o bastão, uma gigante saiu do mercado de consoles, mas outra entrou no lugar.
Dá pra dizer que a Microsoft herdou parte da rivalidade da SEGA com a Nintendo, já que era a substituta né? Ela entrou com força, trouxe Halo, Fable, Forza, e começou a competir com o GameCube e o PlayStation 2. Mas a Nintendo não quis seguir o mesmo caminho e decidiu inovar de outro jeito.
Com o Wii, a Nintendo apostou em controles de movimento, jogos como Wii Sports, Mario Galaxy, Just Dance, e atraiu um público diferente. Crianças, idosos, famílias, gente que nunca jogou antes. Era uma proposta mais leve, divertida, e fora do padrão. Apesar dos gráficos inferiores, conseguiu fazer rios de dinheiro sem precisar de visuais.
Enquanto isso, a Microsoft focava em gráficos, multiplayer online, conquistas, e serviços como Xbox Live. Vieram o Xbox 360, Xbox One, e depois o Series XS, com jogos como Gears of War, Sea of Thieves, Starfield, e parcerias com estúdios como Bethesda e Mojang. Ela se tornou realmente gigantesca na indústria.
A Nintendo seguiu firme com suas franquias: Zelda, Pokémon, Metroid, Animal Crossing, Donkey Kong, Kirby, e claro, Mario. Com o Switch, ela misturou portátil e console de mesa, e mostrou que seu jeito de jogar era único, diferente do que a Microsoft e a Sony ofereciam. Então meio que não disputava o mesmo público, já que eram propostas próprias.
Apesar de tudo, se inicialmente parecia uma rival, depois passou a não parecer uma disputa, hoje em dia, a Microsoft parece mais aberta do que nunca. Lança jogos no PC, como Sunset Overdrive e Sea of Thieves, libera títulos no PlayStation e até no Switch, como Cuphead, Ori, e Minecraft. A era da exclusividade ficou pra trás, mas deixou muito falatório sobre serem ou não importantes.
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