Ofertas do dia no link de afiliado Amazon!

Pixel Art é uma maravilha que sobreviveu ao tempo

Acredito que boa parte dos visitantes do Blog Nerd Maldito são apaixonados por jogos 2D bem feitos e obviamente eu mesmo tenho minha paixão pela coisa. Tanto é que atualmente não consegui resistir e finalmente comprei um curso de Pixel Art do básico ao avançado, que tem me impressionado e cada vez mais me empolgado com a facilidade de fazer algo tão belo, e claro que eu tinha que fazer um "2 em 1" e passar a falar dele aqui, né? Até pra eu me obrigar a não ficar preguiçoso e continuar a fazer as aulas. Sendo assim, resolvi escreve rum pouco sobre essa maravilha que conseguiu sobreviver ao tempo.

Quando os jogos 3D começaram a se popularizar no meio dos anos 90, aquilo parecia ser o fim do mundo 2D, afinal de contas convenhamos, né? A coisa foi muito surpreendente, com pessoas comuns podendo jogar 3D em casa, sem precisar ir a um fliperama. E por mais feio que fossem, só o fato de ser em 3D era algo surpreendente demais. A coisa era empolgante e o que as pessoas olhavam não eram os gráficos e sim o fato de que o personagem estava se movendo em um ambiente tridimensional. Hoje pode parecer bobo pra alguns, mas naquela época todo mundo era acostumado em só para os lados, cima e baixo. E a imersão de explorar o mundo era sem palavras.
No entanto todas as empresas queriam seus jogos 3D, e obviamente era caro fazer aquilo. De repente não era preciso apenas desenhar os sprites de um personagem, você precisava modelar ele. E muita coisa vagabunda começou a sair, até mesmo de empresas grandes. Ainda mais com o fato de que, diferente de hoje em dia, naquela época não exigiam tantos detalhes, até porque os videogames daquele tempo nem ao menos aguentariam.
 
Ou seja, jogo feio era o que não faltava, um quadrado podia ser a folhagem de uma árvore. E no começo tudo bem... Mas quando a coisa começou a se acumular mais e mais, as pessoas passaram a querer diferenciais. Foram surgindo jogos mais detalhadas. Games como Final Fantasy VIII são verdadeiras obras primas gráficas da era do Playstation 1. Naquela época aquele visual era surreal e a SquareSoft brincava com as técnicas, levando o console ao extremo. Ela criava ilusões, usando cenas CGI como fundos pra parecer mais realistas, ou colocava o jogador pra jogar em cima de vídeos, simulando um gráfico absurdo.
Mas como você deve imaginar, nem todo mundo tinha grana pra fazer um jogo Triplo A, e o que não faltava era jogo do bagaço. Com o surgimento de obras com visuais muito bonitos, as pessoas começaram a exigir que não bastava ser 3D, tinha que ser bonito também. E os 3D genéricos começaram a ser notados e muitas vezes desprezados. Se o jogo não tivesse outro quesito como história ou ótima jogabilidade, era esculhambado.

E foi nesse momento, que jogos 2D começaram a brilhar de novo. Se por um lado a capacidade gráfica dos novos consoles e PC conseguiam fazer gráficos 3D ainda mais detalhados, finalmente permitindo coisas como personagens com dedos ou bocas que abriam e fechavam, por outro, algo inusitado aconteceu, jogos 2D também permitiam gráficos melhores, com níveis de detalhes que antes simplesmente era algo limitado demais, indo desde a paleta de cores até o tamanho dos pixels.
Falando em pixels, esse foi um outro detalhe que se destacou demais. Enquanto muitos jogos 2D foram ficando cada vez mais "lisos", com pixels tão pequenos que simplesmente não podiam ser vistos na tela, gerando imagens maravilhosas, a revalorização dos jogos pixelizados surgiu. Isso porque ao mesmo tempo que dava aquela sensação de nostalgia, também conseguia usar tecnologia atual pra fazer coisas impossíveis como várias camadas com cenários e efeitos acontecendo ao mesmo tempo.
 
A Pixel Art é uma técnica de desenho digital que utiliza pixels para criar imagens. Ela se tornou popular no final dos anos 70 e início dos anos 80, quando os primeiros jogos de arcade surgiram. Na época, a resolução era baixa e as limitações técnicas obrigavam os artistas a serem criativos. Eles usavam a simplicidade dos pixels para criar personagens e cenários icônicos.
Com o tempo, a técnica evoluiu e os artistas começaram a usar mais detalhes e cores, elevando a Pixel Art a um novo patamar de qualidade. Isso ficou evidente nos jogos dos anos 90, como "Super Mario World" e "Chrono Trigger", que são considerados clássicos até hoje e que têm gráficos notáveis. Se você comparar por exemplo a jogos da era do NES, como Super Mario Bros, vê claramente a diferença visual.

Mas a evolução da Pixel Art não parou por aí. Os artistas começaram a experimentar novas técnicas e estilos, criando imagens mais detalhadas e complexas. A técnica continuou a ser usada em jogos de sucesso, após a virada do milênio começamos a ver especialmente uma explosão de jogos indie que se destacaram por sua jogabilidade e com apelo visual à moda antiga como "Shovel Knight". E tem uma quantidade absurda, é só ver aqueles 100 jogos 2D com visuais fenomenais, que dá pra se ter uma pequena noção.
A Pixel Art não é apenas uma técnica de desenho, é uma forma de arte que inspirou muitos artistas e desenvolvedores de jogos. Ela permite a criação de jogos com estilo e personalidade únicos, que se destacam em um mercado lotado de jogos 3D genéricos. A cena indie inclusive se privilegiou demais disso, afinal nem todo mundo tinha um PC tunado, e com tantas opções divertidas, o 2D foi abraçado.

Hoje em dia, a Pixel Art continua a evoluir e impressionar. Ela é usada em jogos indie, aplicativos móveis e até mesmo em obras de arte. Quem nunca vagou pela internet e se sentiu hipnotizado por uma pixel art intensa? A sensação que causa deve ser semelhante ao que admiradores de quadros sentem. A técnica é tão versátil que pode ser usada para criar imagens simples e complexas, desde personagens icônicos até paisagens detalhadas. É só ver que cada uma das imagens desse artigo são de jogos completamente diferentes.
Muita gente usa isso como forma de viver, não apenas criando jogos, mas vendendo artes. Tem diversos artistas que vão postando no Twitter e a coisa se torna um verdadeiro portfólio, passando a serem contratados para fazerem artes específicas, ou meramente fotos de perfis. Isso sem contar com aqueles que são descobertos por desenvolvedoras de jogos. Às vezes até mesmo locais completamente inusitados como o jogo de tabuleiro Boss Monster, que tem visual de pixel art. É uma daquelas coisas que a diversão pode virar renda.

Enfim, a Pixel Art é uma técnica de desenho que evoluiu muito ao longo dos anos, conquistando um público cada vez maior. Ela permite que artistas e desenvolvedores de jogos criem imagens únicas e cheias de personalidade. E embora os gráficos 3D obviamente sempre vão ter seu lugar na indústria de jogos, a Pixel Art provou que ainda tem muito a oferecer. Vou tentar aplica o que eu aprender aqui no blog. E vocês, gostam desse tipo de arte?

Curso Pixel Art do básico ao avançado

Postar um comentário

0 Comentários