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Pânico 2 | Uma homenagem ao horror, direto dos anos 90!

Eu já tinha comentado na análise do primeiro pânico, sobre como ele é um filme que acaba sendo desvalorizado por hoje em dia ser visto por muitos como apenas mais um filme de terror semelhante a tantos outros. Essa ideia de grupo de adolescentes sendo massacrados é algo antigo e que envelheceu muito mal, se tornando ultra clichê. Porém algo que ele sempre teve, foi a carta de mesmo em 1996 usar os clichês de filme de terror propositalmente, uma sequência acabou tendo tudo a ver.

Após a chacina que rolou entre os conhecidos de Sidney, a garota tentou seguir sua vida, mas na faculdade ainda era perseguida por pessoas passando trote frequentemente e fingindo ser um assassino pronto para atacá-la. Apesar de traumatizada, aprendeu a lidar com isso, até que assassinatos reais passam a acontecer mais uma vez e ela percebe que novamente um psicopata a persegue.
Talvez esse seja o filme da franquia com a introdução mais maravilhosa de todas. Como os personagens de Pânico são fãs de filme de terror, eles mesmos citam os clichês do gênero e foi uma das coisas que se destacou no primeiro filme, como as clássicas regras para sobreviver. E na continuação, decidiram expandir isso, com um filme dentro de um filme. Dessa maneira surgiu "Stab" ("Facada" ou "Apunhalada" dependendo da versão que você assistir), uma adaptação da história de Sidney para os cinemas.

Então no começo do filme, você vê uma introdução mostrando as pessoas loucas enchendo uma sala de cinema e sem ter o mínimo de compaixão com o clássico "Baseado em fatos reais". Além de dar aquela torcida na mente em ver novos personagens assistindo uma adaptação de um filme que você já viu, com as mesmas cenas refilmadas. Sendo assim, aquela homenagem ao gênero horror começa já com força aqui.
Infelizmente, na minha opinião essa parte épica é também o melhor que o filme pode oferecer. Esse é um filme que claramente foi feito às pressas, sendo que o primeiro foi lançado em 18 de dezembro de 1996 e o segundo veio em 12 de dezembro de 1997. Ou seja, os caras não esperaram nem um ano para lançar e parece que a parte melhor produzida realmente foi a introdução em que é algo grandioso.

Existe um desenvolvimento muito grande na parte sobre quem é o assassino, as investigações e o mistério de estar acontecendo de novo, já que é impossível. Isso com certeza é algo  intrigante, no entanto o foco é tão grande nessa parte que tem cara de introdução, que é simplesmente bizarro quando do nada sai dessa parte pro "FIM".
O filme passa muito a sensação de que não teve atos, apenas o mistério inicial e o pulo para o final. O primeiro tem todo um universo, uma cidadezinha com um serial killer à solta, a participação da mídia, a história sobre os acontecimentos anteriores, o livro em desenvolvimento sobre a mãe da protagonista, o ex-namorado que foi pra cadeia. Tudo se liga e gera um mundo que parece vivo e cheio de conexões.

O segundo até tem coisas como a mídia falando da nova sequência de assassinatos e a adaptação "Stab", o ex-namorado da mãe da Sidney Prescott tentando falar com ela e os repórteres. Mas a sensação é de algo muito vaga. Enquanto no primeiro filme você se sente explorando e descobrindo o que significa aquilo, nesse esses extras já são claros e não prendem.
Sendo assim a sensação de "exploração" do universo apresentado fica puramente em saber quem é o assassino. E durante o filme é agradável até, te prende ficar com esse pensamento sobre ser qualquer um e os motivos possíveis para a coisa. Porém ele aprece muito pouco e a coisa fica mais na investigação, daí quando descobrem é aquela coisa de já terminar, resultando em uma sensação de que precisava de mais.
 
A revelação do assassino também não tem o mesmo resultado do primeiro. Enquanto o filme original te passa uma sensação de conexão tão forte, esse até conta com uma conexão, mas simplesmente não parece que o desenvolvimento foi bom o bastante para que a surpresa seja tão gostosa quanto o que tivemos no longa-metragem original.
Mas agora algo que me agradou bastante, foi aquele climão de anos 90, com coisas mais básicas e limitadas em relação à tecnologia e comunicação. Acaba sendo nostálgico também esse padrão estabelecido na época pela própria franquia Pânico, dos jovens que estão sendo caçados e que qualquer um dos personagens pode ser o assassino.
Enfim, sem dúvidas "Scream 2" muito inferior ao primeiro filme. Tem uma introdução monumental, mas o resto é algo que parece que não foi desenvolvido no ritmo certo, dando muito pouca atenção a outros elementos que não sejam o mistério do Ghostface que voltou. É bacana usarem algumas regras do universo, como eles mesmos debaterem sobre sequências serem uma bosta, mas diferente do primeiro, esse não foi uma "paródia" que esteve tão em sintonia com isso. Pode ser um bom passatempo, mas é semelhante demais a qualquer filme genérico.

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