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Crimson Room Decade - A sequencia do clássico em flash

 
 Acho que todo mundo lembra do primeiro jogo do gênero Escape the Room que jogou, especialmente pessoas de mais ou menos do meio da década de 2000 pra baixo, quando a internet era um lugar bem mais obscuro e sem sal, não era essa purpurina toda de hoje em dia cheia de memes, pessoas se comunicando e redes sociais estourando. A rede que tinha era o orkut e ainda tava dando seus primeiros passos já que só nasceu em 2004 e caiu na boca do povo em 2006.

Enquanto o youtube só saiu em 2005, somado isso às limitações das pessoas que não tinham smartphones e apesar de terem câmeras era muitíssimo frequente ver pessoas que não tinham (tipo eu), acabava fazendo tudo ser muito mais limitado, um lugar sem uma explosão de vídeos, informações, gente tirando selfie e novidades sem parar. Hoje você acha smartphones por menos de 200 reais então é quase impossível alguém que não tenha foto na internet porque não pode ter, quando acontece normalmente é porque a pessoa não quer ter.
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Mas especialmente para quem já mexia bastante em computadores era possível achar algumas coisinhas underground bem viciantes. Quem procurava conseguia achar uns joguinhos super underground e estranhos bem no estilo de //N.P.P.D. RUSH// ou o mais do que empolgante cooperativo Crimsonland porém boa parte das pessoas não queria se arriscar a baixar executáveis e rodar no PC, e assim os jogos em flash pareciam uma opção bem mais atraente que teve um estouro nessa época.

Aliás, coisas em flash em geral foram um estouro. Apesar de hoje nós vermos uma frustração imensa porque a Adobe abandonou o flash e parece que só serve pra dar pau em navegador, naquela época ele pertencia à empresa que o inventou, a Macromedia, e coisas em flash significavam coisas que iriam impressionar as pessoas, vídeos e jogos. Era algo diferente na internet, algo que movimentava ela.
E assim surgiu Crimson Room, que no Brasil ficou muito conhecido na boca do povo como "Jogo da Sala Vermelha" ou "Red Room". Um jogo que se destacava demais por dar aquela movimentada na internet, desafiar os jogadores. As pessoas não estavam acostumadas a algo assim, que era estressante pra caramba mas batia aquela imensa vontade de ir além.

Os anos passaram e aquele joguinho ficou guardado na memória de quem jogou e sentiu aquela emoção. Ele foi lançado na época certa, pois após a explosão de entretenimento na internet as coisas mudaram bastante. Veio aquele problema do entretenimento nos sufocando e muita coisa indie acabou indo parar completamente no universo underground, ficando impossível se popularizar pra valer.

E dez anos após o lançamento do jogo original (a versão da steam só em 2016) veio uma surpresa na steam com Crimson Room Decade, que não é um remake, mas sim uma sequencia do jogo clássico. Dessa vez apresentando novamente a mesma sala, porém de uma forma diferente, colocando tudo em 3D e dando aquele calor nostálgico no coração.

Você assume o papel de Jean-Jacques Gordot, que desperta em uma sala vermelha e não tem ideia de como foi parar ali e muito menos como sair. Mas tem a sensação constante de que já esteve naquele lugar antes. A partir de diversas anotações você vai descobrindo mais e mais sobre o misterioso lugar com uma porta azul e uma janela tão embaçada que não dá pra ver o que tem lá fora.
Esse é um jogo de mistério muito atmosférico, há sempre aqueles sons de tensão e de que há algo de muito sinistro acontecendo ali. Para os jogadores que gostam de descobrir coisas ocultas, esse é um jogo que tem isso em todos os sentidos, tanto em relação à história quanto em relação ao próprio quarto que é cheio de coisas para todos os lados.

Para quem nunca jogou algo do tipo, aqui a coisa se passa completamente em um único ambiente e você tem que se virar com a coisa. Olhando cada brecha, conseguindo objetos novos e os combinando. Tentando ir mais além, isso sem contar que é preciso pensar bastante, existem algumas combinações que fazem sua mente suar.

Por falar nisso, esse é um jogo estressante, par alguns talvez até mesmo claustrofóbico, o quarto é bem pequeno e as coisas são tão minuciosamente posicionadas que você fica perplexo ao perceber que conseguiu mesmo deixar aquilo passar. É bem comum chegar a um ponto em que você pensa que é impossível e não tem mais lugar algum que você possa olhar, mas sempre tem.

Enfim, esse é um jogo bem bacana sem dúvidas e que tem naturalmente um charme próprio. Não digo que é pra todo mundo porque como falei é um jogo estressante, mas se você gosta de ser desafiado, sem dúvidas vai amar! E ele já vem em português! Recomendo sempre dar uma olhadinha no preço dele na GMG antes de comprar na loja direta, algumas vezes os preços deles estão bem abaixo do normal, e comprando keys lá, você acumula XP e vantagens que pode inclusive render outros jogos de forma gratuita, coisas que a Steam não tem, dê uma conferida aqui.

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