
- Clotildis, pegua as arma, amo! Nois vai te caçada hoje! – Depois virou para mim e falou “ Mio ocê corre”. Falando isso entrou correndo, fiquei perplexo, até eles dispararem o tiro de aviso, Sai correndo em direção a mata, corri desesperadamente por horas, muitas foram as vezes em que cai no chão e até torci o tornozelo, apesar de eles sempre ficarem na minha cola, consegui manter uma distância segura até anoitecer, quando anoiteceu eu tropecei e cai novamente, porém desta vez minha perna tinha se quebrado. O meu fêmur esquerdo saia pela minha cocha, a dor era lancinante, não demorou muito e os caipiras me alcançaram, praguejei enquanto tentava estancar o sangue em minha perna.
- Essa caçada foi a mio di toda, num foi Clotildis?
- Foi sim Cretus, agora atira nele, tô morrendo di fome!
Era meu fim, pelo menos era o que eu pensava. Houve um clarão, e de dentro do clarão surgiu uma coruja branca com olhos negros como piche, ela soltou um grito e os caipiras começaram a derreter em gritos aterrorizantes, depois de feito ela pousou em uma árvore e virou o rosto para mim.
- Você me salvou. Obrigado.
- Eu não te salvei, só os matei. – disse ela com uma voz tenebrosa – Você nunca sairá da minha montanha.
Agora tento desesperadamente que sair desse inferno, porém essa voz fica ecoando na minha cabeça : VOCÊ NUNCA SAIRÁ DA MONTANHA!
Autor: Felipe Gund
Esse é um dos contos que concorreu no concurso de contos de terror do blog
3 Comentários
Conto bem simples e curto, falta algo, mas não sei o que. ..
ResponderExcluireu moro em zona rural e posso afirmar que isso e normal,sempre acontece comigo!
ResponderExcluirEsperava mais suspense,uma ideia,uma coisa memorável,mas ficou bom porem meio clichê
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