Heróis bonzinhos demais conseguem encher o saco. Alguns são tão ridiculamente bonzinhos, que fazem a história se tornar a coisa mais desinteressante possível. E não é atual, a ideia de protagonistas que são vilões. É só ver a perturbadora vida de Dorian Gray! E alguns autores não se seguraram, como aquela HQ tão polêmica que Hollywood teve medo de adaptar. O próprio público mostra sua curiosidade com isso, que fica claro em obras como o RPG Cultos Inomináveis, onde os jogadores assumem o papel de cultistas macabros.
Heróis que não são tão heróicos e vilões com toques mais humanos é o que fazem universos como O Cavaleiro dos Sete Reinos serem estouros tão fortes, com sua ambientação medieval brutal, assim como é o que tornam naturalmente interessantes obras como O Médico Vampiro, que adiciona um dilema entre vida e morte ao protagonista. E o autor Adler Oliveira, de Ofélia, decidiu abordar exatamente a ideia de visão do vilão em "Oráculo: A Origem".
Todos acreditam que são os heróis de sua própria história. Jonas, um jovem obstinado que viveu toda sua vida no coração de uma misteriosa seita, busca encontrar o equilíbrio entre amor e dever. Abandonado nas escadas da poderosa instituição quando ainda bebê, ele luta com o preconceito de seus pares e de sua sociedade por possuir uma aparência diferente.
Quando recebe a missão mais importante de sua vida, terá que decidir entre seguir seu coração, ou tornar-se o homem que supera sua própria dor e sofrimento para fazer aquilo que precisa ser feito.
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