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A polêmica das Loot Boxes e a pressão política

Loot Boxes são uma mania que de repente pegou e desenvolvedoras começaram a abusar da coisa, transformando em uma verdadeira fábrica de dinheiro e às vezes fazendo jogos se tornarem impossíveis de avançar se você não investir muita grana nele. No entanto a coisa começou a ficar tão feia que passou a se destacar até mesmo no meio político, que se posicionou para acabar com a baderna.




Loot boxes: a polêmica continua

As loot boxes estão levando a política, de novo, aos videogames. Não bastavam as acusações de que o uso de jogos de violência, como Grand Theft Auto, leva a atos de violência de seus jogadores (você já reparou que só nos Estados Unidos é que adolescentes saem atirando sobre seus colegas nas escolas? Mas GTA é jogado em todo o planeta…).

Agora, vêm as acusações de que alguns dos jogos mais falados do momento estão levando seus usuários a se comportar como jogadores de cassino.

Semelhante a uma “slotmachine”

As loot boxes, tal como apareceram em jogos como Star Wars Battlefront 2, são recompensas que o jogador paga em dinheiro real – as chamadas “microtransações” – mas em que ele não sabe exatamente o que vai receber. Ele não compra uma arma ou uma funcionalidade; ela é sorteada, e ele pode receber uma coisa diferente do que quer, ou nada.

As comparações com as máquinas caça-níquel são evidentes e, para muitos, jogar Star Wars Battlefront 2 ficou parecido com jogar no NetBet Casino ou em uma plataforma semelhante.

Reação política nos Estados Unidos, Europa e Austrália

A polêmica começou a surgir na Europa, em novembro de 2017, quando o Ministro da Justiça da Bélgica lançou um apelo a toda União Europeia para proibir as loot boxes. Quase ao mesmo tempo, um político no Havaí (Estados Unidos) exigia medidas de controle dessa funcionalidade; Chris Lee, se destaca por ter apenas 37 anos e ser ele próprio um “gamer”, e por isso sabe bem do que está falando.

Na Austrália, foi a vez do político Jordon Steele-John, o mais jovem senador de todos os tempo no país (apenas 24 anos), falar contra as loot boxes. Ele falou um ponto essencial: muitos de seus colegas senadores, mais velhos, “ficaram viajando” e não entenderam o fenômeno. É o tipo de coisa que para pessoas de uma outra geração pode soar como bobeira demais para se dar atenção, afinal de contas é só um joguinho, certo?
Poderá estar chegando ao fim?

O conhecido site Kotaku debateu o tema em seu podcast. Sua conclusão é que o problema poderá terminar mais rápido do que se pensa.

O coletivo esclareceu um ponto importante: o Entertainment Software Rating Board (Comitê de Classificação de Softwares de Entretenimento), que deliberou que os jogos passarão a indicar “Compras Dentro do Jogo”), é parte da Entertainment Software Association (Associação de Software de Entretenimento), por sua vez paga pelas companhias de video games. Dessa forma o selo acaba sendo um alerta para os pais, mostrando que são jogos com riscos para seus bolsos.

Porém, a galera do Kotaku lembrou também que o sistema de classificação dos jogos segundo a idade apareceu por iniciativa das companhias desenvolvedoras de games, depois de o governo americano ter ameaçado ele próprio tomar essa tarefa. Se a pressão política continuar (o Comitê agiu em resposta ao pedido de uma senadora dos Estados Unidos), é muito provável que as loot boxes sejam limitadas pela própria indústria, para evitar interferência do governo. E é também muito certo que a pressão política continue.

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