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A morte do PC como conhecemos

Tem alguns tipos de acontecimentos que me fazem notar o quão delicado o ego do público de PC Gamer é. Simplesmente é muito fácil abalar jogadores de PC com coisa boba e uma delas que já citei diversas vezes aqui foi o mercado diminuindo graças à evolução. Um bom exemplo é quando saiu uma pesquisa dizendo que 2016 foi o primeiro ano em que o número de computadores em cada lar diminuiu no Brasil, isso deixou um povo em fúria.

Eu publiquei aqui no blog a minha jornada para ter um PC Gamer, e realmente foi maravilhoso demais, porém meu penúltimo PC sobreviveu por uma quantidade recorde de anos, mesmo não sendo algo que planejei e escolhi peças com carinho. Mas joguei até o fim com ele, me abrindo os olhos sobre a potência real de um computador e como ele pode durar se você não for alguém que liga pra gráficos sempre no máximo.

Então dias depois que comprei, fui conversar com um amigo meu e falei sobre a série 1100 da Nvidia já ter sido anunciada, ou seja não dá pra você ficar com um PC tendo as últimas peças lançadas por muito tempo, pois é uma geração atrás da outra. Ele brincou "Pois é, não dá pra ser feliz se você não for rico!". E nessa conversa acabei falando que era meio chato sim ver suas não serem mais as últimas lançadas em um piscar de olhos, porém não importava tanto já que eu tinha a impressão de que aquele seria meu último PC.

O negócio é, se o penúltimo demorou tanto pra morrer mesmo com eu preso a 4gb DDR2 e em poder atualizar, imagina um com liberdade imensa de atualização? O PC começa a pesar, é só dar um upgrade e pronto. Agora some isso ao fato de que a evolução está absurda em outros aparelhos, fica difícil imaginar um computador tradicional durar muito mais.

Se você tiver um PC e um Smartphone, coloca um do lado do outro e me diz, essas coisas parecem ser do mesmo universo? O PC é um verdadeiro trabuco, um negócio desse tamanho parece ter paralisado no tempo.

Por mais que eu ache meu gabinete gamer bonito com todas essas frescuras brilhantes, no fim das contas parece uma coisa bonita-retro, daquelas que jovens no futuro vão olhar, notar que o design é legal, mas pensar "Olha o tamanho do bagulho que ficava na estante do povo!". Não é algo que tenha os traços delicados de outras coisas como um monitor de LCD por exemplo, toda essa finura que a evolução adotou.

E por isso comprei já pensando sobre como era improvável que quando eu finalmente trocasse esse PC a evolução não tivesse seguido outro rumo. Olha a potência absurda que os smartphones estão, olha aquele PC Gamer de 1998 e como as coisas mudaram tão rapidamente. Sempre pense em como era a tecnologia dez anos antes e compare com o ano em que você estiver (as vezes é difícil visualizar, mas pense em uma tecnologia e faça uma busca rápida aí, qual era o melhor celular? O melhor PC?), some isso ao fato de que a antes a tecnologia evoluía lentamente e agora dá pulos cada vez mais largos. Então imagina como serão as coisas daqui dez anos?

Eu tinha comentado na matéria sobre a contribuição do Switch para os consoles, sobre como os consoles estavam morrendo graças à mudança na tecnologia, porém um trabuco feito o PC também é algo antigo demais e que me parece ter o mesmo destino que os consoles, com a vantagem apenas de conseguir respirar um pouco mais.

E é nesse ponto que PC Gamers surtam, pois acham que quando aparecem dados como "Smartphones estão vendendo mais que PC" ou "O PC vai acabar!", agem como se alguém fosse fazer eles pararem de jogar no PC. É normal ver em sites de jogos comentários como "Eu quero ver quem é que me obriga a parar de jogar no PC", sendo que nada tem a ver com isso... São apenas fatos e obviamente enquanto tiver público em algo, terá empresa investindo.

Ou seja, enquanto tiver gente que gosta de jogar com mouse, teclado ou controle, vão ter empresas lançando produtos para isso, seja em um PC e Console ou em um quadrado da grossura de uma folha de papel que pode ser conectado a um mouse, teclado e controle. Mas a mudança é inevitável, cada dia mais as pessoas querem menos tranqueira em casa, lembram dos CD's? Todo mundo queria ter centenas de capinhas em casa, hoje em dia o povo só quer ouvir música em um aparelhinho, e livros? Por que acham que Kindle vende tanto? Filmes então, é mais fácil achar alguém com uma coleção de DVD ou com Netflix?

E desde que os PC's começaram a se popularizar no Brasil nos anos 90, o número só crescia, cada vez era mais e mais. O ápice da coisa foi na segunda metade da década de 2000, quando explodiu a internet e todo mundo queria ter, e celulares cada vez mais começaram a ganhar também espaço, fazendo as pessoas comprarem pra valer.

Porém com a vinda dos smartphones, as compras de PC só foram caindo cada vez mais. A maioria das pessoas que tinha computador em casa era pra uso casual, ver fotos toscas na internet, conversar com os amigos, ouvir música, assistir vídeos e com um smartphone passaram a ter tudo isso de forma simples, sem precisar ligar o PC. Se tornou algo cômodo, mas ainda assim continuaram tendo computadores antigos, mesmo com as vendas diminuindo.

Só que em 2016 pela primeira vez o número de PC's diminuiu, os dados vieram da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pelo jeito as pessoas finalmente começaram a se desfazer da tranqueira. Provavelmente notaram que não ligavam há anos...

Mas isso não aconteceu no Brasil inteiro, três lugares não diminuíram o número de PC's, sendo eles Distrito Federal, Santa Catarina e Rio Grande do Norte. Meio bizarro né? Não existe um padrão, dois locais nos cantos do país e um no meio. Também é preciso levar em conta que isso é em relação ao público em geral, as vendas de PC Gamers foram para um rumo contrário, ficando mais fortes do que nunca estiveram, isso graças ao forte investimento de empresas no mercado e preços atraente fornecido por plataformas como a steam.


Obs: Ele disse que foi tirar foto com uma webcam e o PC pegou fogo? '-'

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