Com a vinda da internet, surgiu a possibilidade de jogos serem lançados quebrados e depois apenas serem atualizados. Chegou a um ponto em que se tornou completamente normal jogos chegarem cheios de bugs e problemas variados, sendo que muitas vezes um único patch fazia toda a diferença. No entanto, com a concorrência e super lotação de opções, as coisas também começaram a mudar. E a Paradox Interactive foi uma das empresas que viram que essa estratégia deixou de ser tão tranquila.
Cities: Skylines é considerado um dos mais épicos jogos de construção, e em 2023 a empresa pensou que seria uma boa ideia lançar a sequência extremamente mau-otimizada. E assim, enquanto o primeiro game tem notas muito positivas na Steam, Cities: Skylines II em seu lançamento teve menos de 30% de aprovação, e ficou com notas negativas. Baseado nisso, Mattias Lilja, CEO da Paradox, notou que lançar jogo zoado não rolava mais, e em uma entrevista ao RockPaperShotgun, comentou que isso:
"Também se baseia no fato de que nós, com toda a transparência, vemos que os fãs agora, com um orçamento apertado para jogos, têm expectativas maiores e estão menos dispostos a esperar que você conserte as coisas ao longo do tempo. Essa é a nossa opinião. O espaço dos jogos sempre foi o tipo de ambiente em que o vencedor leva tudo. Alguns jogos atraem a maioria dos jogadores, e a maioria dos jogos é descartada muito rapidamente, e isso é ainda mais notável agora, [durante] talvez os últimos dois anos.
As pessoas devem ter altas expectativas. É só que, para garantir, devemos ter certeza de que verificamos tudo duas vezes. Alguns dos problemas, eu diria, que tivemos em Cities 2, foram alguns problemas que realmente não tínhamos entendido completamente, e isso é totalmente nossa responsabilidade."
As pessoas devem ter altas expectativas. É só que, para garantir, devemos ter certeza de que verificamos tudo duas vezes. Alguns dos problemas, eu diria, que tivemos em Cities 2, foram alguns problemas que realmente não tínhamos entendido completamente, e isso é totalmente nossa responsabilidade."
"Estávamos cientes de que o desempenho não era ótimo, mas subestimamos como ele seria percebido pelos jogadores - quão séria seria a percepção do jogador. Então, acho que um aprendizado com o Cities 2 é que se pudéssemos ter trazido jogadores para experimentá-lo em uma escala maior, isso teria ajudado. No futuro, precisamos ter essa comunicação com os jogadores, e bem cedo, se possível."
E você? O que acha das empresas usarem a possibilidade de atualização como muleta pra lançarem jogos bugados e arrumarem depois?
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