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The Surge 2 | Expandindo o universo Souls Like Cyberpunk

Tenho que assumir que foi uma surpresa ver a sequencia de The Surge, jogo que imaginei que seria uma daquelas obras bacanas que são lançadas e depois desaparecem. Como fui um dos que gostou, acabei me animando para o segundo e certamente para quem gosta de universos cyberpunk com uma certa variada, vai acabar achando interessante o conceito que expande um bocado a coisa.


A história se passa na cidade de Jericho, você é alguém que sobreviveu a uma queda de avião e ficou desacordado por muito tempo. Ao despertar, está sozinho em um ambiente de caos, não sabe de nada sobre o que aconteceu e porque todos estão tão violentos e logo vaga pelas ruas do lugar distópico e precisa fazer conexões.

Eu achei bacana o fato de que aqui colocaram um mundo muito mais vivo. Enquanto o primeiro aproveita bem a ideia do gênero souls-like, com o viajante solitário que vez ou outra encontra alguém. Aqui é usada a mecânica de combate, mas o universo é mais semelhante ao de um RPG tradicional de temática futurística como The Technomancer, e assim você acha grupos de pessoas, conversa, escolhe respostas, negocia, aceita missões, etc.

Mesmo expandindo a ideia, o jogo ainda é um soulslike, sendo assim com certeza consegue agradar os fãs do gênero, especialmente porque usa bastante da mecânica do primeiro, com aquele sistema de desmembramento. Pra ser sincero, acho que a maior evolução mesmo foi a mecânica de defesa, que parece ter sido puxada de For Honor, em que você tem que observar o movimento do adversário e mirar para o mesmo lado, defendendo e podendo atordoá-lo se fizer na hora certa.

Talvez essa baixa evolução do combate irrite algumas pessoas, mas acho que já estava muito bom, então não me incomodou. Acho a mecânica de desmembrar partes que você quer pegar peças bem incrível. Pra quem não conhece, nela você  escolhe a parte do corpo da pessoa que quer atacar, pode ser um lugar desprotegido pra causar mais dano, ou pode ser um local com armadura ou arma pra você pegar pra você ou pegar material pra aperfeiçoar os seus itens daquele tipo.

Ou seja, se um inimigo chega com um porrete que te interessa, você pode focar em atacar o braço que ele está segurando essa arma até aparecer a opção de desmembrar, que gasta uma barra de bateria. Você vai enchendo as barras de bateria enquanto luta e pode usar tanto para fazer finalizações quanto para usar implantes como o de cura.

Existem alguns centros em que você para de vez em quando e faz atualizações com a sucata que coleta. Quanto mais evoluído for o "núcleo" do personagem, mais slots de implantes são destravados para você ir melhorando. Quanto a evoluir atributos tem apenas três, a bateria, a estamina e a vida do personagem. De resto você o melhora fazendo upgrade nas armas e armaduras ou instalando implantes.

A princípio achei o visual parecido com o do primeiro jogo, no entanto ao olhar de novo, vi que rolou um belo upgrade e está mais elegante. Além do mais algo que gostei bastante é que adicionaram uma paleta de cores um pouco mais obscura e diminuiu aquela sensação desagradável que o primeiro dava, onde os personagens pareciam estar fantasiados de brinquedo graças às armaduras tão coloridas.

Aqui ainda tem isso, porém o toque mais obscuro cai melhor, além disso o próprio universo deu uma sensação mais cyberpunk, já que se trata de uma cidade para ser explorada agora e não uma instalação. Mas também tem aquela coisa, a sensação de grandiosidade não é muito maior, pois é o um mundo aberto de verdade, são vários ambientes fechados que você vai destravando novos atalhos.

Não achei o ambiente tão poluído quanto poderia, mas ainda assim dá um toque maior à coisa. Como se trata de um soulslike também dá pra compreender ser uma área mais fechada. É muito gostosa a sensação de passar por um lugar fechado e depois ir até um ponto em que você pode abrir o portão ou liberar um elevador pra chegar rapidamente.

Adicionaram um elemento semelhante a Dark Souls, que é o de jogadores poderem adicionar dicas no cenário. Você coloca sprays e outros podem descobrir áreas secretas, tesouros ou mesmo serem avisados de ciladas e coisas do tipo. É possível votar se a dica foi útil ou apenas alguém tentando te sacanear.

Com a presença mais frequente de outros personagens e um foco maior no mundo, a história acabou ficando mais robusta. Você sente que o ambiente é mais vivo e pode sair para resolver o problema de alguém, negociar, descobrir o que está acontecendo. É uma sensação melhor de viver o dia a dia de uma cidade cyberpunk com imensos prédios, alta tecnologia e caos urbano.

Em relação à punição, continua sendo aquela, se você morre, sua sucata cai no chão e fica lá por dois minutos. Se você mata inimigos, esse tempo aumenta, se o tempo terminar sem você pegá-la ou você morrer de novo, sua sucata é perdida para sempre! Então existe aquela pressãozinha a mais para você se apressar em correr.

Enfim, The Surge 2 é um jogo bacana e um bom passatempo. Apesar de não ser absolutamente inesquecível, achei ele uma obra decente e que pode cair muito bem quando você fala "Gostaria de jogar um soulslike". Recomendo sempre dar uma olhadinha no preço dele na Greenman Gaming antes de comprar na steam, algumas vezes os preços deles estão bem abaixo do normal, e sempre lembre de olhar os cupons de desconto que eles espalham pelo site, que deixa a coisa mais barata ainda, dê uma conferida aqui.

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