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Uma Noite de Crime 3 - Hora da matança entre políticos

Imagine o Bolsonaro e a Maria do Rosário colocados para se matar durante uma noite, tendo apoio de seus seguidores. Bom, meio que essa é a essência de Uma Noite de Crime 3, um filme que achei tosco pra cacete, mas que não dá pra negar que apresenta seus elementos próprios e foi lançado em um momento bem oportuno.



Antes de tudo, eu coloquei o nome errado do filme no título dessa matéria, mas acho que fica mais claro sobre o que se trata, afinal de contas a franquia sempre se chamou "Uma Noite de Crime", aí do nada no terceiro eles vem com "12 Horas Para Sobreviver - O Ano da Eleição", que nada diz sobre ser uma sequencia, já o nome original é "The Purge: Election Year".

A história do filme se passa em um futuro onde uma noite por ano há um evento chamado "Purgação", em que o governo americano dá liberdade para as pessoas se matarem, isso ajuda a eliminar os pobres e descarregar o estresse, tornando a nação bem mais próspera. No entanto surge uma candidata que se opõe a isso, e nesse ano há pela primeira vez a ausência de proteção política.

Bom, esse é um filme que parece carregar exatamente os mesmos defeitos e virtudes dos anteriores, enquanto apresenta uma ideia interessante, parece não conseguir realmente convencer e fica aquele toquezinho de filme trash. Uma obra que você sabe que o grande foco é mesmo deixar adolescentes eufóricos, pois são tão toscos os acontecimentos, que é inevitável não soltar umas gargalhadas.

No primeiro Uma Noite de Crime, era apresentada uma ideia fantástica, mas que você notava bem que era um filme de baixo orçamento e se passava inteiramente na casa da família principal. Foi uma forma inteligente de não gastar muito e mesmo assim passar uma sensação imersiva. Mas era tipo o filme Plus One, aqueles que querem diferenciar mas que parece faltar algo.

Aí veio Uma Noite de Crime Anarquia, que como diferencial apresentava algo que todo mundo queria ver, o lado de fora. Porém mais uma vez era o tipo de filme que parecia faltar algo, uma experiência dispensável e feita para ser exagerada mesmo. O típico filme perfeito para assistir com os amigos, gerando boas gargalhadas do sadismo tosco apresentado.

E por fim veio o terceiro filme, que precisava inovar mais uma vez, e a forma de fazer isso foi bastante inteligente. Como é um filme de 2016, foi lançado bem no momento em que a treta entre Trump e Hillary rolava solta nos Estados Unidos, mas coisas do tipo rolando em praticamente todo país do mundo, incluindo o Brasil.

Apesar de tudo, acho que isso não foi explorado o suficiente, inclusive chegou a um ponto que pensei "Nossa, parece que estou assistindo o segundo filme de novo...". Mas lá pelo fim começam a aparecer de novo elementos que dão maior foco no elemento político e acaba se tornando uma certa metáfora sobre a coisa. Religião influenciando decisões políticas, eleitores querendo se matar, etc.

Enfim, esse filme é digno de fechar a trilogia, pois é tão tosco quanto e carrega a atmosfera de outras obras do gênero, como Battle Royale, Corrida Mortal, e claro, o ultra popular Jogos Vorazes. Se você estiver com um grupo de amigos, com certeza vale a pena, mas se quiser algo realmente profundo, bom... É melhor procurar outra coisa.

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